julho 2011 - Blog ContabilidadeMQ

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quinta-feira, 28 de julho de 2011


O programa multi-institucional envolve também a Universidade de Brasília e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte



Profissionais graduados em Ciências Contábeis e áreas afins poderão concorrer a uma vaga nos cursos de Mestrado e Doutorado oferecidos pelo Programa Multi-Institucional e Inter-Regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis das Universidades: de Brasília (UNB), Federal da Paraíba (UFPB) e Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). As inscrições serão realizadas de 1º a 31 de agosto e podem ser feitas na Secretaria da Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Campus de João Pessoa.
Serão oferecidas 10 vagas para o Doutorado com a seguinte distribuição: quatro vagas para a Universidade de Brasília (UNB); três para a Universidade Federal da Paraíba (UFPB); e outras três para a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Já para o Mestrado Acadêmico do Programa de Pós-Graduação Multi-institucional e Inter-Regional serão ofertadas 30 vagas: com 10 para a UNB, 10 para UFPB, e 10 para UFRN.
A seleção será feita em três fases: teste realizado pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Anpad); prova escrita com duração de quatro horas; avaliação do pré-projeto; avaliação de Histórico Escolar e Currículo, e prova oral com duração de 30 minutos.
Poderão se inscrever candidatos em fase de conclusão do curso de graduação, desde que possam concluir o seu curso até o primeiro dia do período letivo de ingresso no curso pretendido. As provas serão aplicadas de acordo com a instituição que o candidato se inscreveu. Os resultados finais para Mestrado e Doutorado serão divulgados no dia 4 de novembro.
Para conferir todos os documentos necessários da inscrição, os interessados devem acessar o endereço eletrônico www.cca.unb.br, através do Edital nº 1.
Outras informações e esclarecimentos no Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), Campus I, ou pelo telefone (83) 3216-7285.

Esse pergunta que faço aqui é estimulada pela decisão da cidade Nova York de suspender o pagamento de bônus para os professores, baseado no desempenho da escola. É um grande pretexto para quem é contra a premiação por mérito na educação atacar medidas semelhantes implantadas no Brasil. Bobagem.

Não acredito que nenhuma instituição funcione sem um sistema de premiação do esforço. Do contrário, a preguiça e a mediocridade são recompensadas. Como lembrou Antônio Gois, esse extraordinário repórter de educação, a realidade americana tem especificidades. É um lugar em que há duras punições para escolas ruins (são fechadas) e estímulos para escolas públicas independentes e comunitárias. Mas o sistema de bônus tem mostrado bons resultados em países mais próximos do Brasil como Índia e Chile. Além da Inglaterra. O bônus é a solução? Não, claro.

O problema é extremamente complexo. Todos vão dizer que o essencial é atrair bons professores e treiná-los melhor. Óbvio. Mas bons professores, em muitos casos, também não funcionam.

Isso porque uma boa parte da aprendizagem depende de fatores fora de sala de aula: a família e a comunidade, por exemplo. Como um estudante com problema de saúde, tão comum entre as famílias mais pobres, vai aprender? A pobreza, como sabemos, é um dos grandes fatores que atrasam a aprendizagem. Ser professor em lugares pobres é lidar ainda mais com a violência.

Também sabemos que, pelas pesquisas, aumentar salários igualmente também não funciona. Mas se não houver melhores salários, como atrair talentos?

Sou dos que acham que um projeto educação sustentável tem de atrair talentos (isso significa melhores salários e treinamento continuado), precisa envolver a família e a comunidade, aumentar os espaços educativos na cidade, combinar várias políticas públicas em torno da escola (a começar pela saúde) e formar bons diretores.

Um desses estímulos é pagar mais a quem se esforça mais. É um jeito de combater a mediocridade.

Fonte: Gilberto Dimenstein

A convergência para os padrões contábeis internacionais têm se tornado tema relevante, com agenda definida para sua adesão em muitos países ao redor do mundo. No Brasil, coube ao Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) a responsabilidade de emitir pronunciamentos contábeis de acordo com o International Financial Reporting Standard (IFRS), conforme a Lei nº 6.404/76 (alterada pelas Leis 11.638/07 e 11.941/09). Cada documento emitido pelo CPC corresponde a uma norma internacional de contabilidade emitida pelo International Accounting Standards Board (IASB). Este trabalho tem como objetivo comparar os pronunciamentos do CPC com as normas do IASB e verificar a existência de diferenças entreos mesmos. Para tanto, realizou-se uma pesquisa documental aos pronunciamentos técnicos do CPC e às normas do IASB. Utilizou-se a técnica da análise de conteúdo, tendo o tema como unidade de significação. O universo de análise compreendeu os pronunciamentos técnicos que foram utilizados nas demonstrações contábeis das companhias brasileiras em 2010, emitidos pelo CPC nos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010. Os resultados apontaram para a existência de diferenças entre os pronunciamentos emitidos pelo CPC e as normas emitidas pelo IASB, as quais foram agrupadas em quatro categorias de análise. Após análise, concluiu-se que as diferenças apontadas não prejudicam a declaração de que as demonstrações contábeis consolidadas brasileiras preparadas de acordo com os CPCs estão de acordo com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB.

A aderência dos Pronunciamentos Contábeis do CPC às Normas Internacionais de Contabilidade. Jorge Andrade Costa; Marina Mitiyo Yamamoto; Carlos Renato Theóphilo. 11º Congresso USP de Controladoria e Contabilidade, São Paulo, 2011.

Fonte: contabilidade financeira

Talvez os defensores do IFRS argumentem que esse padrão tem uma maior qualidade que o nosso (fato que ainda não se tem como comprovar), porém... essas distorções e publicações em dois padrões pode, de fato, causar muita confusão entre os investidores. Isso faz aumentar ainda mais a importância da divulgação de cursos e trabalhos científicos em IFRS - tendência por um bom tempo para frente ainda.




Um lucro líquido de R$ 811 milhões ou de R$ 2 bilhões? Ontem, os acionistas do Santander podiam escolher o tamanho do resultado do banco que preferiam adotar, situação que causou um certo desconforto entre investidores e analistas.

Se optassem pelos números feitos pelas normas internacionais de contabilidade, o IFRS, os investidores teriam um lucro maior e com 18% de crescimento na comparação com o mesmo período de 2010. Já pelas regras brasileiras, a última linha do balanço seria menos reluzente e teria encolhido 19%.

Qual dos números está correto? A resposta, que pode mais confundir do que ajudar, é: os dois. Isso porque pelas regras do Banco Central as instituições financeiras devem apresentar seus números pelo padrão brasileiro de contabilidade. Só no balanço anual precisam apresentar uma versão também em IFRS.

Porém, desde o início deste ano, a Comissão de Valores Mobiliários exige que as demais companhias de capital aberto mostrem seus balanços pelo padrão internacional, deixando de lado a contabilidade local. Por isso, se os bancos quiserem, podem entregar o balanço na norma internacional também, o que é autorizado pelo BC. É o que o Santander fez. Por ser um banco europeu, já divulga o resultado em IFRS na Espanha.

Ontem, os relatórios dos analistas deixaram claro que se tornou bastante difícil observar o desempenho dos bancos. “A diferença entre os diversos padrões contábeis e ajustes poderiam levar a diferentes interpretações”, afirmaram os analistas do Goldman Sachs. No Barclays Capital, o entendimento foi no mesmo caminho. “Achamos difícil avaliar qual era o consenso [de mercado] esperado.”

O encolhimento do lucro no padrão contábil brasileiro se deve, principalmente, à forma como os dois modelos tratam as provisões para crédito e para processos judiciais, que podem ser muito mais conservadoras no modelo brasileiro. Só esse ponto gerou uma diferença de R$ 500 milhões entre os dois resultados.


Outro item que recebe tratamento diferenciado é a amortização do ágio, que não existe no IFRS. Por causa da aquisição do Real, isso é relevante para o Santander, o que faz seu lucro encolher no padrão brasileiro
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Fonte: Valor Econômico

O evento acontecerá em João Pessoa, entre os dias 20 e 22 de novembro. Ocorrerão diversos tipos de programação: apresentações tradicionais e interativas, fóruns de ensino e pesquisa, entre outros.

Para os que querem submeter trabalhos científicos, o prazo é até o dia 10/08/2011.

Os artigos com melhores avaliações receberão fast track para publicação em periódicos com qualis maior ou igual a B2.

Fonte: ANPAD

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Os juros das dívidas com cartão de crédito estão entre os mais altos do mercado. Uma alternativa é tomar dinheiro emprestado com juros mais baixos para pagar todo o cartão. O empréstimo pessoal, por exemplo, tem juros menores.

Para ajudar a fazer essa conta, o UOL Economia desenvolveu uma calculadora, com consultoria de Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Anefac (associação dos executivos de finanças).

Confira a calculadora e comece a planejar suassuas dívidas.

Link: http://economia.uol.com.br/financas/ultimas-noticias/2011/07/25/calculadora-ajuda-a-sair-das-dividas-no-cartao-de-credito.jhtm

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Muito boa a iniciativa do IBRACON, incentivando a pesquisa em sua área. Espero que outros órgãos tenham iniciativas como esta - como vemos alguns de administração pública.


O Ibracon – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil lançou do Prêmio Transparência Universitário, destinado a estudantes de graduação em Ciências Contábeis. O objetivo do prêmio é reconhecer alunos que, por meio de suas pesquisas, melhor se preparam para o exercício da profissão e, também, incentivar os estudantes a produzirem trabalhos sobre questões relacionadas às áreas de Contabilidade e Auditoria independente, sob a supervisão de Professores Orientadores e apoio das Instituições de Ensino Superior (IESs) a que pertencem.

Nessa primeira edição do prêmio, o tema escolhido para o trabalho é: “A Convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade às Normas Internacionais de Contabilidade”. O Prêmio Transparência Universitário premiará o estudante autor do trabalho e seu professor orientador com uma viagem a Nova York, nos Estados Unidos, para uma visita ao Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA) e a uma universidade norte-americana que mantenha cursos de Ciências Contábeis.
Além do aluno autor e do professor orientador serem premiados, a Instituição de Ensino Superior em que o autor está matriculado, receberá exemplares do livro Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), versão mais atual disponível para sua biblioteca. Já a IES que apresentar o maior número de trabalhos inscritos receberá menção honrosa do Prêmio Transparência Universitário e exemplares do livro IFRS, versão mais atual disponível para sua biblioteca.

Como pode perceber, o Ibracon teve a preocupação de envolver todos os níveis das IESs, por entender a importância da formação dos futuros profissionais e dos responsáveis por essa missão. Gostaríamos de destacar que este Prêmio tem um significado especial para o Ibracon, pois faz parte da comemoração dos 40 anos do Instituto, que se estenderá por todo o ano de 2011.

Diante do exposto, gostaria de propor uma parceria com sua Instituição, no sentido de incentivar que professores e alunos desenvolvam trabalhos e se inscrevam no prêmio. É uma excelente oportunidade para alunos e professores, que terão em seu currículo não só o prêmio e a viagem, mas a experiência acumulada nessas importantes visitas programadas. Para conhecer mais sobre o prêmio, convidamos para que acesse o site www.ibracon.com.br/premiouniversitário


Foi divulgado o edital premiliniar do programa Multiinstitucional e Interregional em Contabilidade UnB/UFPB/UFRN.

As aulas acontecem na Paraíba e Rio Grande do Norte, para a turma do Nordeste do mestrado; em Brasília para a turma de Brasília do mestrado; e nas três cidades para o doutorado.

Acesse o edital por meio desse link e conheça o site para obter informações sobre o programa e processo seletivo.

O edital está com mais novidades, em relação ao ano passado. Confiram e boa sorte aos candidatos.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pesquisa na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP detectou práticas como coautoria e bibliografia falsa
Pesquisa desenvolvida na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP atribui a pressão por publicações feita pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) sobre os pesquisadores condutas antiéticas. “Quem não publica muito pode ser responsável pela redução da nota do curso e, por consequência, pode ser retirado do programa”, afirma Jesusmar Ximenes de Andrade, autor do estudo, defendido como tese de doutorado em abril, sob orientação do professor Gilberto de Andrade Martins.


Andrade levantou por meio de um survey — uma pesquisa quantitativa —, a opinião de 85 pesquisadores presentes no Congresso USP de Controladoria e Contabilidade de 2009, ocorrido na FEA. No questionário do levantamento foram apresentados 18 comportamentos antiéticos e os entrevistados deveriam dizer a frequência com que haviam tomado conhecimento de alguma daquelas práticas e a frequência com que acreditavam que os mesmos comportamentos ocorriam. Por fim, foram questionados quais seriam os fatores que levariam à prática de tais comportamentos. Após a aplicação do questionário, Andrade entrevistou oito pesquisadores experientes para analisar as respostas e indicar outras possíveis interpretações aos dados.

Um dos fatores indicados como incentivadores de más condutas foi a grande necessidade por publicações. “É algo que merece reflexão da própria Capes e de toda a comunidade científica. É melhor ter quantidade ou qualidade? Publicações com qualidade exigem tempo para serem produzidas”, afirma. Andrade ressalta que o questionamento não é ao papel da Capes. “Associado aos mecanismos atuais outros deviam ser pensados para equilibrar quantidade e qualidade. Isso na contabilidade é particularmente importante, já que não temos uma boa qualidade de revisores”.

De acordo com os resultados do questionário, a má conduta existe, mas não com muita frequência. Porém, segundo Andrade, “só o fato de existir já é um alerta. Ainda que ocorra pouco, é preciso buscar que não aconteça nunca”.

Coautoria e bibliografia
Entre as condutas mais citadas nas respostas está o fato de pesquisadores creditarem outros como coautores sem que estes tenham contribuído para o trabalho. Isso com o intuito de que, em outra pesquisa, haja a retribuição do favor. “Pesquisadores que fazem isso podem ter vantagem em concursos públicos ou em indicações para projetos de pesquisas pois teriam mais publicações que outros”, explica Andrade. Outra prática bastante recorrente é a citação de obras que não foram lidas na bibliografia para fazer parecer que o trabalho tem um maior embasamento teórico.

Ainda segundo ele, o que mais chamou a atenção foi que os entrevistados acreditavam que a frequencia de má conduta era maior do que eles diziam ter conhecimento. “Ou eles conhecem pouco porque de fato há pouca má conduta ou  ao falar das suas crenças, eles se incluíam na análise, o que indicaria que eles pudessem ter cometido alguma prática antiética”, diz.

Segundo Andrade, a importância do trabalho se deve ao fato de a pesquisa brasileira em contabilidade ser muito recente. “Se a ética não for pensada agora que o conhecimento na área está apenas começando a ser produzido, podem surgir vícios difíceis de eliminar no futuro”, afirma.

Sobre a discussão da ética em outras áreas, o pesquisador diz que a saúde tem a discussão bem consolidada, com estudos antigos sobre o assunto. Porém, o fato de a discussão ainda estar presente o faz crer que ainda exista problemas éticos na área. “Inclusive, algo que me fez pensar foi: se na área da saúde, em que uma atitude antiética pode ter graves consequências, elas ainda existem, imagine na contabilidade, cujas consequências não seriam tão impactantes?”, questiona.

Fonte: Café das quatro

segunda-feira, 18 de julho de 2011


A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério de Educação comemora, este ano, 60 anos de sua criação. Desde a sua criação tem tido um papel importante e estratégico no desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no nosso país.

O domínio do conhecimento e da pesquisa em diferentes áreas como: novos materiais, fármacos, nanotecnologia, biomassa, biotecnologia, entre outras, passa necessariamente pela boa formação dos nossos profissionais que atuam nas universidades, centros de pesquisa e indústrias.

Em 2010, dentro de uma política de capacitação de nossos profissionais, a Capes concedeu 63 mil bolsas de pós-graduação. Sendo, 58 mil bolsas de estudos no Brasil e cinco mil no exterior, nas diferentes áreas de pesquisa. Dessas bolsas de estudos a maioria tem sido distribuída com os estados da região sul e sudeste, totalizando para essas regiões, 39.407 bolsas.

Apesar de o número de bolsas de pós-graduação ter aumentado nos últimos anos, se faz necessário um esforço maior do governo no sentido de ampliar o programa de bolsas, para que um número maior de brasileiros e brasileiras de todo o país tenham as mesmas oportunidades de acesso aos cursos de pós-graduação no país e no exterior. Os desafios para que o Brasil se consolide internacionalmente como um país desenvolvido econômico e socialmente, passa necessariamente pela formação e qualificação do seu povo.

A Capes além de investir na formação de mestres e doutores, está investindo também na formação de professores da educação básica. Em 2010, segundo informações da própria Capes, foram concedidas 53 mil bolsas para a formação de professores desse ciclo.

Como disse o Ministro da Educação, Fernando Haddad: ”A Capes comemora 60 anos com o resgate do ideal do educador Anísio Teixeira, que criou esta agência para a formação de quadros de nível superior para a educação no seu conjunto e não apenas para a educação superior”. Acrescenta ainda o Ministro: “É o momento de resgatar a qualidade da educação pública no Brasil e a partir da base promover mudanças positivas na pós-graduação e nos extratos superiores da educação.”

O baixo nível da grande maioria das escolas públicas, do ensino fundamental e médio, termina de certa forma influenciando nos cursos de graduação das universidades e consequetemente repercutindo também nos cursos de pós-graduações no nosso país.

É preciso que todo sistema de educação, do fundamental ao universitário, tenha qualidade para que possamos ter, cada vez mais, programas de pós-graduação consolidados e qualificados. Formando, assim, pesquisadores e cientistas brasileiros capazes de contribuir para o desenvolvimento do país.

Fonte: Prof. Luiz Renato

quarta-feira, 13 de julho de 2011




As normas internacionais de contabilidade adotadas integralmente no país neste ano ainda têm o "cheiro" brasileiro, aponta um estudo sobre a aplicação do novo modelo depois de três décadas de vigência da regras previstas na Lei das Sociedades Anônimas.

Segundo levantamento feito pela Ernst & Young Terco e a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), "as demonstrações de uma empresa de varejo brasileira são mais parecidas com as demonstrações financeiras de uma mineradora brasileira do que de uma empresa de varejo britânica".

Essa "forte identidade brasileira" está ligada à postura conservadora das empresas, que preferiram manter, por exemplo, os ativos pelo custo histórico. Elas poderiam ter optado pelo chamado "custo atribuído", o que traria o valor desses ativos para mais perto da realidade econômica.

"A prática tradicional brasileira de seguir as taxas de depreciação admitidas pela legislação fiscal faz com que seja muito difícil a adoção generalizada de taxas com base numa avaliação gerencial adequada da vida útil para a empresa dos [ativos] imobilizados", diz o estudo, que analisa as divulgações de 56 empresas não financeiras com relevância na bolsa.

Uma das vantagens das chamadas normas internacionais - adotadas por mais de cem países - seria ultrapassar as barreiras locais e criar uma língua universal dos balanços.

As diferenças constatadas pelo estudo, apesar de esperadas neste momento inicial de adoção, levantam "possíveis questionamentos acerca da consistência e comparabilidade prometidas por um padrão contábil global único".

As empresas brasileiras começaram o processo de convergência ao padrão internacional (IFRS, na sigla em inglês) em 2008, com a adoção paulatina das normas emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis Os balanços de 2010, divulgados neste ano, são os primeiros a vir no que seria o IFRS "completo".
Paul Sutcliffe, sócio da Ernst & Young Terco, diz que essas discrepâncias estão longe de invalidar o trabalho das empresas nesse processo, que "foi muito bem feito".

Segundo ele, "ninguém começou com uma folha em branco", e por isso seria normal carregar alguns vícios do passado. "Isso também aconteceu na Europa", diz. Essa questão cultural, afirma, não tem impacto sobre os resultados das empresas.

Os países da União Europeia usam o IFRS desde 2005. Ao contrário do que foi feito no Brasil, as empresas europeias só adotaram o IFRS para os balanços consolidados. As demonstrações individuais continuam a seguir os padrões locais.

Apesar de ressaltar que as empresas ainda estão num processo de aprendizagem, Sutcliffe diz que é preciso melhorar a qualidade da informação.

O estudo constatou que muitas vezes as empresas simplesmente citavam de maneira literal uma norma, "mas sem efetivamente prover informações relevantes aos usuários".
 
Fonte: Valor Econômicoin Fenacom

Temos o novo Chairman do IASB, de fato! Será mesmo o início de uma nova Era no board? Vamos esperar para ver os resultados.

Segue, abaixo, um post do blog do professor César Tibúrcio.

Hoje começa uma nova era no Iasb. Oficialmente a entidade passa a ter um novo presidente, o holandês Hans Hoogervorst.

Aqui
 um texto sobre o legado do ex-chefe. Quando foi escolhido, em outubro de 2010, este blog publicou uma série de artigos sobre o processo (aqui um exemplo). Hoogervorst é historiador e aparece nesta foto:

O novo chefe é holandês, mas seu vice é um britânico. Ele fez carreira na burocracia estatal do seu país, enquanto o vice é originário das empresas de auditoria. No momento da sua escolha afirmamos que o eurocentrismo e o mercado financeiro eram os grandes ganhadores. Os países não europeus e a profissão contábil seriam os perdedores.

Aqui o discurso de boas vindas do novo presidente.