janeiro 2016 - Blog ContabilidadeMQ

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sábado, 23 de janeiro de 2016

Ontem eu postei aqui que tive um problema com meus dados, porque esqueci de criar os códigos das minhas empresas no painel, então pensei em uma solução rápida para isso, porém também imaginei que no Stata devesse haver uma solução daquela que eu apliquei no Excel e compartilhei com meus amigos do Facebook.

Pausa pedagógica: hoje é o aniversário de 5 anos do blog. Parabéns para nós!

Voltando, algumas pessoas comentaram lá no post do Facebook, a quem agradeço pela ajuda: Lúcio Tozetti (Professor da UnB), Marco Aurélio dos Santos (doutorando da USP), Jorge Scarpin (Professor da UFPR) e Kléber Formiga (doutorando da UFPB).

No final das contas, chegamos ao seguinte script, que faz o que eu fiz no Excel, porém já dentro do Stata (é bem mais eficiente):

** CONFIGURANDO O PAINEL
** Criando a identificação das empresas (id) com base no seu ticker:
encode código, gen (id2)
** Configurando o painel de dados:
xtset id2 ano, yearly


Definições:

"Código" é o ticker das minhas empresas, seu nome de guerra, a exemplo da BBSE3 (BB Seguridade), RADL3 (RaiaDrogasil), ou CIEL3 (Cielo).

"id2" é o nome da "nova" variável que eu criei, para identificar as empresas por um código. Coloquei 2 porque eu já tinha uma "id".

"ano" é a coluna que contém os anos de cada observação minha, 2008, 2009 etc.

"yearly" é porque eu defini meus dados como sendo anuais.

"encode" é o comando para transformar a variável, no meu caso, "código" que é string em uma variável "id", que é "numérica".

"gen" é para gerar a nova variável (também usado como "generate", ou apenas "g").

"xtset" é o comando para especificar seu painel.

Abaixo está o antes e o depois:

Antes
Depois


sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Não sei vocês, mas eu não sou dos pesquisadores mais organizados, então quando esqueço de fazer alguma coisa no início do tratamento dos meus dados... quando eu preciso daquela coisa que esqueci, tenho o maior trabalho para ajeitar.

Estou agora analisando os dados da minha tese no Stata. O Stata só identifica os indivíduos (id) no painel, se o código for numérico. Ele não identifica strings

Eu esqueci de fazer isso e mexi na minha base de dados toda. O painel é desbalanceado. Quem já trabalhou com dados em painel deve estar entendendo o trabalho que eu terei para ajustar isso, criando códigos numéricos para cada empresa.

Sendo assim, eu pensei em usar alguma solução não braçal no Excel para resolver meu problema. Encontrei algo que me deu uma ideia, ajustei e cheguei à solução abaixo. Para eu não esquecer disso, bem como poder ajudar alguém que tenha o mesmo problema, resolvi compartilhar por aqui.

Provavelmente deve existir uma forma mais fácil e até deve ser possível fazer isso no próprio Stata. Quem tiver outras ideias, peço que compartilhe conosco!

O script é o seguinte (veja como usar, em um exemplo, no link que coloquei acima):

'Substituir os tickers das empresas por um código numérico quando eu esquecer de fazer isso antes de empilhar os dados
Public Sub ConvertStringGrau()
Dim cell As Range
    
    'Itera pelo range
    For Each cell In Selection
        
        'Remove os espaços vazios
        cell.Value = Replace(cell.Value, " ", "")
        
        'Substituir as letras por números
        cell.Value = Replace(cell.Value, "A", "1")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "B", "2")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "C", "3")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "D", "4")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "E", "5")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "F", "6")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "G", "7")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "H", "8")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "I", "9")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "J", "10")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "K", "11")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "L", "12")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "M", "13")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "N", "14")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "O", "15")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "P", "16")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "Q", "17")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "R", "18")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "S", "19")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "T", "20")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "U", "21")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "V", "22")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "W", "23")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "X", "24")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "Y", "25")
        cell.Value = Replace(cell.Value, "Z", "26")
        
        
    Next cell
            
        
End Sub

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Hoje uma das matérias do Valor trouxe o seguinte texto, que causou algum susto para algumas pessoas:

Não há mais como adiar. Depois de mais de dez anos de discussões intermináveis, o órgão que edita as normas contábeis internacionais IFRS, adotadas no Brasil, publica hoje um pronunciamento que vai obrigar que as empresas registrem como dívida em seus balanços US$ 2,18 trilhões em contratos de leasing operacional que hoje são divulgados apenas em notas explicativas.

Como a matéria vem informando, isso não deveria causar muito espanto, uma vez que o assunto já vem sendo discutido há muito tempo. Na verdade pode causar algum espanto mesmo, porém por um outro motivo, pois eu acreditava que isso nunca fosse acontecer. Aconteceu!

Nós daqui do Blog, inclusive, temos alguns artigos publicados tratando sobre isso.

Em 2013 publicamos uma simulação para avaliar o impacto da capitalização do leasing operacional em alguns indicadores de estrutura das empresas de transportes (que possuem muitos milhões de R$ off balance sheet - em 2011 eram R$ 3,8 bilhões). A diferença foi muito significativa estatisticamente, para a maioria dos indicadores. Para a Gol, por exemplo, a alteração no tratamento do leasing operacional representava 65% do seu capital próprio e 33% do capital de terceiros. O artigo em que fizemos essa análise é intitulado Reflexos da Capitalização do Leasing Operacional nos Indicadores de Estrutura de Empresas do Subsetor de Transportes Listadas na Bovespa.

Em um outro artigo, denominado de "Value Relevance das informações de Leasing Operacional: um estudo em empresas brasileiras", foi encontrado que os valores do leasing operacional (individualmente) são relevantes para a determinação do valor de mercado das ações das empresas brasileiras, porém eles não melhoraram significativamente o poder explicativo dos ativos e passivos já existentes dentro dos balanços das empresas, uma vez que os investidores já devem conhecer esses valores, mesmo estando eles fora dos balanços (hipótese do mercado eficiente).

Outro post (de 2011) sobre esse tema aqui no blog, que eu recomendo a leitura: Projeto Conjunto do IASB e FASB Prometem Mudanças Significativas no Tratamento Contábil dos Contratos de Leasing.

Para entender melhor a situação do leasing operacional, recomendo que vejam a imagem abaixo, retirada da matéria publicada hoje no Valor:


segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Peço aos colegas Professores que, caso possam, respondam ao questionário da pesquisa abaixo.

Partidas dobradas! Precisamos de ajuda em nossas pesquisas, então vamos ajudar também.


Prezado (a) Professor (a)
Venho por meio deste solicitar a colaboração nesse estudo. Ao responder o mesmo, contribuirá com o levantamento de informações relacionadas ao ensino da conformidade das informações contábeis.
Esse estudo é orientado pelo prof. Dr. Adolfo Alberto Vanti e está sendo desenvolvido pelos doutorandos: Letícia Medeiros da Silva; Silvio de Paula Ribeiro e Viviane da Costa Freitag como requisito parcial para avaliação da disciplina de Gestão da Informação Estratégica do Doutorado em Ciências Contábeis da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS.
A questão de pesquisa que direciona esse trabalho é: como a conformidade de informações contábeis é contemplada no curso de Ciências Contábeis?
As respostas serão analisadas de forma agrupada e nenhum resultado será divulgado individualmente, os respondentes serão mantidos em sigilo.

Agradecemos pela colaboração.
Este é um convite para preencher o formulário A conformidade das informações contábeis: aspectos educacionais. Para preenchê-lo, visite: https://docs.google.com/forms/d/13zo-FqMgL3RDSLMglBvz3O--P4uMnoHChqD7AXUIG10/viewform?c=0&w=1&usp=mail_form_link

Todo mundo sabe (ou deveria saber) que existem diversas alternativas aos bancos e seus produtos. A minha alternativa é utilizar cooperativas de crédito (aqui na Paraíba existem várias em que você pode se tornar cooperado, a exemplo da Creduni) e corretoras "independentes" dos bancos múltiplos famosos.

Porém, apesar das pessoas saberem das alternativas, eu não entendo bem o porquê de ainda usarem bancos na maioria dos casos. Todavia, parece que a Geração Y já está atenta a isso:

A geração Y está fugindo cada vez mais dos grandes bancos e colocando seu dinheiro em instituições locais.

Os chamados bancos comunitários ganharam clientes jovens no ano passado, alcançando um incremento de 5 por cento em clientes com contas da faixa etária entre 18 e 34 anos, enquanto as cooperativas de crédito registraram um ganho de 3 por cento, segundo dados compilados pela Accenture Plc. Como comparação, os grandes bancos nacionais e regionais tiveram dificuldades para manter os clientes da geração Y -- tendo perdido 16 por cento deles no mesmo período.
Uma das razões é que os bancos maiores tendem a cobrar mais pelos serviços de varejo. Houve um aumento nas tarifas de manutenção de contas, de cheque especial, de saques no caixa eletrônico e de outros serviços em grandes instituições financeiras.

Essa pesquisa foi realizada nos EUA, mas já tenho percebido interesse das pessoas aqui do Brasil em coisas fora dos grandes bancos famosos. E você, vai continuar perdendo dinheiro?