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Introdução
Imagine uma companhia de seguros onde não apenas os acionistas, mas também os clientes e empregados confiam plenamente em sua administração.
Eles acreditam que a empresa é administrada de forma ética, transparente e eficiente. Esta é a promessa da boa governança corporativa.
A
relação entre governança corporativa e gestão atuarial não é apenas teórica,
mas altamente prática e relevante, especialmente quando se trata de gestão de
risco e prestação de contas.
Governança Corporativa: Definição, Objetivos e Importância
- Definição: Governança corporativa refere-se ao sistema pelo qual as corporações são dirigidas e controladas.
 - Objetivos: Alinhar os interesses de todos os stakeholders.
 - Importância: A governança eficaz pode evitar escândalos financeiros, proteger os direitos dos acionistas e garantir uma tomada de decisão eficaz.
 
Princípios de Governança Corporativa
- Transparência: Obrigatoriedade de revelar todas as informações pertinentes.
 - Prestação de Contas: Responsabilidade dos administradores perante os acionistas.
 - Equidade: Tratamento justo para todos os stakeholders.
 - Responsabilidade Corporativa: A empresa tem uma responsabilidade ética perante a sociedade.
 
Estrutura de Governança Corporativa
- Conselho de Administração: Supervisiona a gestão executiva e representa os interesses dos acionistas.
 - Diretoria Executiva: Responsável pela operação diária.
 - Comitês de Governança: Grupos especializados, como o Comitê de Auditoria, que focam em aspectos específicos.
 
Governança Corporativa e Gestão Atuarial
- Transparência e Prestação de Contas: Imperativo de clareza na modelagem atuarial e nos resultados.
 - Gestão de Risco: Alinhamento com a estratégia de governança para evitar exposições perigosas.
 
Gestão de Risco e Governança Corporativa
- Práticas de Gestão de Risco: Métodos para identificar, avaliar e controlar riscos.
 - Alinhamento Estratégico: Como a gestão de risco se encaixa na estratégia mais ampla da organização.
 
Papel dos Atuários na Governança Corporativa
- Avaliação de Riscos Atuariais: Análise profunda para determinar exposições.
 - Comunicação: Transmitir informações de forma eficaz aos gestores e conselheiros.
 
Boas Práticas de Governança na Gestão Atuarial
- Políticas de Gestão de Risco: Diretrizes claras e práticas.
 - Métricas de Desempenho: Indicadores-chave para avaliar a eficácia.
 - Transparência: Divulgação clara e completa de todas as práticas, políticas e resultados.
 
O que a boa governança pode ajudar a evitar?
Casos como esses citados abaixo poderiam ter sido evitados com uma melhor governança corporativa:
Caso Postalis
O Postalis é o fundo de pensão dos funcionários dos
Correios. Em 2017, quatro pessoas foram presas por má gestão e fraudes que
causaram um déficit bilionário no fundo. A falta de governança foi evidente,
com investimentos em ativos arriscados e falta de transparência na gestão dos
recursos.
Caso Previ
Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do
Brasil, também enfrentou desafios relacionados à governança. Em 2011, vários
executivos foram investigados por gestão fraudulenta e temerária do fundo de
pensão. Embora não tenham sido condenados, o caso levantou questões sobre a
eficácia da estrutura de governança.
Caso BVA
O Banco BVA, um banco de médio porte, foi liquidado pelo
Banco Central em 2013. Investigações mostraram que o banco emprestou grandes
quantias a empresas ligadas a seus próprios diretores, um claro caso de
conflito de interesses e falta de governança.
Esses casos ilustram a importância crucial de boas práticas
de governança, não apenas para cumprir com as regulamentações, mas para
garantir a sustentabilidade a longo prazo de fundos de pensão e outras
instituições financeiras. A má governança pode resultar em enormes prejuízos
financeiros e sociais, minando a confiança dos investidores e beneficiários.
Conclusão
O alinhamento entre governança corporativa e gestão atuarial
não é uma opção, mas uma necessidade no mundo empresarial contemporâneo. Uma
sólida estrutura de governança potencializa a eficácia da gestão atuarial e
vice-versa, criando um ciclo virtuoso que beneficia todos os stakeholders.

Muito bom! Ainda se tem muito o que pesquisar nessa relação.
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