julho 2019 - Blog ContabilidadeMQ

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segunda-feira, 15 de julho de 2019

Essa é uma resenha diferente da maioria das resenhas publicadas aqui no blog, porque não sou eu (Felipe) o autor. 

Anualmente eu premio os meus alunos de Finanças 1 com a maior nota. O prêmio é um livro. Só que desta vez, além de dar o livro, eu convidei os alunos a escreverem uma resenha sobre o livro que ganharam de presente. 

Essa é a segunda e última deste prêmio. A primeira delas foi escrita por Lucas Costa Santos (aluno de Economia da UFPB) (@lucascostsantos) e esta resenha foi escrita por Wuisley de Oliveira (aluno de Ciências Atuariais da UFPB) (@wuisley).

O livro traz uma abordagem um pouco diferente da média, com relação ao dinheiro... até porque o autor é Dan Ariely.

Boa leitura!



Sobre o autor: Dan Ariely é professor de psicologia e economia comportamental na Duke University e Jeff Kreisler é editor geral da PeopleScience.com, também trabalha com finanças comportamentais e é um cara engraçado.

Caso queiram comprar o livro, aqui está o link:




Vamos à resenha de fato:



A primeira impressão que eu tive, pelo título do livro, foi que o conteúdo iria conter algo mais técnico, mas eu estava errado! 

O livro possui uma linguagem de fácil entendimento para qualquer leitor, isso facilita muito para que o público alvo seja uma categoria muito ampla.

O livro conta com algumas histórias de pessoas comuns que erram, às vezes inocentemente, outras dolosamente, em seus atos de administrar suas finanças pessoais. Uma das vantagens é que ele apura sua visão de suas finanças de uma maneira bem simples e direta, apenas mostrando uma história do cotidiano de uma pessoa que facilmente o leitor consegue se colocar no lugar.

Com o decorrer da leitura observei também certos trechos com um tom de humorNa minha visão, percebi que isso faz com que o livro não se torne muito monótono. Isso se dá pelo fato de que um dos autores do livro é um comediante. 

Foi aí que percebi uma coisa que Felipe Pontes falou em sala de aula: às vezes um cara que tem um bom conhecimento se torna muito isolado pelo fato de ficar muito tempo estudando. isso faz com que ele tenha dificuldade de se comunicar com pessoas "comuns" e na parte da escrita tem dificuldade em fazer um livro com um vocabulário mais simples, por isso que essas pessoas chamam um jornalista ou nesse caso um humorista para facilitar a linguagem.

No livro é dito que ele não tem a intenção de educar financeiramente o leitor, mas nele é muito examinado os erros que mais cometemos como uma tentativa de que posteriormente em uma decisão financeira futura o leitor venha a fazer a melhor escolha.

Também é abordado o dinheiro em si. Atualmente o dinheiro tem grande poder no mundo, mas um trecho que me chamou atenção foi que o dinheiro em si não tem valor, mesmo que represente valor.


Outra coisa que me chamou atenção foi que o livro demonstrou que o valor é relativo, onde para cada pessoa ele possui mais valor ou menos valor, deixando uma característica de ser muito subjetivo. 

Para deixar mais claro, veja esse exemplo: o valor do imposto de renda que um professor de universidade paga todo ano, para um mero estudante que ainda está em sua graduação que não possui renda própria (como quem fez essa resenha) é um valor significante, já para um atuário em seu auge de carreira (que é o que a mesma pessoa citada anteriormente pensa em ser) é um valor não muito significante.

Eu, como já tenho um pouco de noção do que pode ser dito, estava esperando o tão famoso “custo de oportunidade”, que é nada mais do que o que você poderia fazer se não tivesse tomado tal ação.

Para exemplificar veja essa situação bem simples e que me foi apresentada no primeiro período da graduação em ciências atuariais, mas me serve até hoje:

Digamos que você está indo à padaria, chegando lá você decide se vai comprar pão ou biscoito, caso você decida comprar o pão, seu custo de oportunidade seria ter comprado o biscoito, caso você queria abrir mais seu leque de opções poderia ser qualquer outra coisa que você pudesse fazer com esse seu dinheiro, inclusive poupar.

Veja que se aumentarmos muito as opções do que fazer, fica difícil de decidir. É notável que escolhas que envolvam algum valor se tornam complicadas. Essa ideia não é muito perceptível, mas quando estamos ficando com pouco dinheiro isso se torna mais nítido.

O custo de oportunidade está presente em toda a sua vida, desde decidir o que comprar na padaria, como citado no exemplo anterior, até decidir se quer comprar um carro importado ou uma nova casa espaçosa para sua família ou fazer outra coisa com esse valor.

Diante dessa dificuldade de decisão, uma solução citada no livro é a “contabilidade mental”, que é um conjunto de decisões usadas por pessoas para organizar suas atividades financeiras.

A vantagem dessa técnica é por ser prática para a uma pessoa que tem sua vida muito agitada, no sentido de sempre tem algo para fazer e não tem muito tempo para pensar sobre determinado assunto de que se tal escolha é de fato a melhor.

A desvantagem seria que essa técnica não consegue representar bem as finanças dessa pessoa, pelo fato de que o custo de oportunidade seja tratado de uma maneira muito rudimentar.

Outro problema que também deve ser considerado seria a facilidade de “burlar” as regras facilmente. 

Por exemplo, suponha que você poupa uma certa quantia todo mês para ter uma reserva de emergência em um banco. Neste mês, no lugar de efetuar o depósito, você utiliza o dinheiro que já tinha uma finalidade para ir em uma festa com seus amigos. Essa característica de não ter alguém para lhe cobrar faz com que você “esqueça acidentalmente” do que tal ação possa trazer consequências futuras.

O livro cita um trecho interessante sobre esse assunto abordado anteriormente:

Nosso departamento contábil mental é controlado somente por auditores preguiçosos que não querem pensar demais...

É de se entender que ao burlarmos nossas próprias regras estamos assumindo o risco associado a tal ato.

Outro assunto citado no livro é a “contabilidade emocional” que é tipo uma lavagem de dinheiro (mas não a primeira que veio em sua mente). 

Ela é nada mais que um dinheiro que veio de algo que causa malefícios à sociedade e quem tem a propriedade desse valor tem a intenção de compensar fazendo algo que beneficie a sociedade. 

Vamos a um exemplo, mais uma vez, para esclarecer. 

Pense em uma empresa que produz cigarro e vê que sua receita está boa. Para facilitar, pense que apenas uma única pessoa faz a gestão dessa fábrica. Imagine o que se passa pela mente dessa pessoa onde para ela esse capital gerado vem associado às consequências negativas na sociedade. 


Para se livrar desse peso na consciência ele doa um valor à uma ONG que combate o desmatamento e faz o plantio de mudas. Veja que ele fez uma ação benéfica, visando tentar compensar a ação maléfica.

Em suma, o livro apresenta uma visão que eu mesmo não tinha sobre até onde pode ir as finanças na vida das pessoas. Após a leitura eu percebo que ela vai além de uma simples cadeira de um curso de graduação, ela serve a vida de qualquer ser racional presente na terra!

Caso queiram comprar o livro, aqui está o link:



Outros livros dos autores:


sexta-feira, 12 de julho de 2019

A Expert XP é um dos maiores eventos sobre investimentos do mundo - segundo informado pela organização, é o maior. Em 2019 foi a segunda vez que eu participei da feira e resolvi agora apresentar uma overview para aqueles que não foram e para aqueles que pensam em ir nos próximos anos.

O evento é bem diferente daqueles que eu costumo frequentar (congressos científicos) e o clima é bem amigável. As discussões nos congressos científicos são muito mais "acaloradas". Na verdade, na Expert não há muito espaço para interação com os palestrantes. É mais para você sentar e ouvir.

Por outro lado, fora das palestras há muito espaço para networking e troca de ideias com colegas que você conhece pelo Twitter, analistas, gestores e demais pessoas que trabalham nos fundos de investimento em que você pretende investir.



Abaixo eu apresentarei algumas passagens que me chamaram a atenção e alguns pontos que podem ser melhorados nos próximos eventos, de modo a ajudar o leitor a decidir se vale à pena ou não ir ao evento.

Eu acredito que vale à pena ir, mas apresentarei algumas evidências para que você possa tomar a sua decisão de ir ou não ir.

Dividi o texto da seguinte forma:
  1. O EVENTO;
  2. PREÇO (OU VALOR?) DO INGRESSO;
  3. O QUE PODE SER MELHORADO NAS PRÓXIMAS EDIÇÕES; e
  4. LINKS PARA ALGUNS VÍDEOS.

Boa leitura!


O EVENTO

O primeiro dia do evento é fechado para agentes autônomos de investimentos ligados à XP Investimentos. Pelo que andei conversando com alguns deles, não teve nada de mais... exceto pelo fato de que o Ministro da Economia Paulo Guedes fez a sua apresentação neste dia.

Eu criei muita expectativa para ver Paulo Guedes na Expert de 2018, mas, pela estratégia da campanha de Jair Bolsonaro, ele não compareceu ao debate dos economistas das campanhas. O debate, mesmo assim, foi muito bom e os economistas do PSDB e MDB deram show. Se Guedes estivesse lá, talvez o evento pudesse ter sido melhor.

Dito isto, criei uma expectativa muito grande para ver uma apresentação dele ao vivo em 2019, mas fui frustrado. 

De qualquer forma, a apresentação está no Youtube (links abaixo).

No segundo dia, sexta-feira, o evento é aberto para todos os inscritos e com uma abertura bem empolgante do evento. A primeira palestra grande foi do Ministro Sérgio Moro

Mais uma vez, muita expectativa, porém também saí um pouco frustrado. Não teve muita novidade, apesar de a apresentação ter sido muito boa. Ele fala muito bem e condução das perguntas também foi legal. Mas eu esperava mais: esse é o problema de criar expectativas. 

O ponto mais alto da apresentação de Moro, talvez, foi ele ter deixado no ar que tem interesse de sair candidato a presidente do Brasil. Veremos nos próximos episódios (em alguns anos, talvez).

Após a palestra de Moro, começaram as palestras menores (pop-ups e learning-sessions). As pop-ups são sessões bem pequenas e curtas (duração de 30 minutos), enquanto que as learning sessions ocorrem no auditório da plenária (com duração de 1 hora), todavia com 4 palestras simultâneas (você escuta pelo fone de ouvido).

Em geral, as pop-ups não foram legais. No ano passado eu saí com a mesma impressão, porém esse ano foi melhor do que no ano passado. Acho que as pop-ups são liberadas para os fundos, gestoras e patrocinadores do evento fazerem propagandas dos seus produtos. Não sei se é isso de fato, mas essa é a impressão que eu fiquei. Metade das que eu assisti eu saí com essa impressão.

A pop-up que eu mais gostei foi sobre a "Revolução Energética no Brasil". Eu tinha uma expectativa muito grande com relação a outras duas pop-ups (quants e discussão de investimentos em ações), mas fiquei meio frustrado também. A frustração não foi pela falta de qualidade ou por propaganda, nesses casos, mas porque eu já acompanho esse assunto mais de perto, então não teve muita coisa nova. Mas acredito que tenha sido útil para muita gente.

Este ano teve uma novidade, pelo menos para mim. Eu resolvi explorar melhor a feira em si e não apenas as palestras (cabeça de acadêmico é assim, mas estou mudando um pouco kkk), então pude conversar com um monte de gente e ver mini eventos paralelos, como o que foi organizado por James da NCH Capital: mesa redonda com Bredda e Luiz Alves (Alaska), João (XP), Rogério (SPX) e Dato (Eleven). Muito legal e espero ver mais disso e com nomes menos badalados da indústria de fundos (como César Paiva do Real Investor, que estava lá no evento).

Sobre as learning sessions, em geral foram legais, porém a que mais gostei, de longe, foi a que teve a participação de João Braga (XP). Essa foi a que eu fiz mais anotações.

Vou destacar alguns pontos interessantes que eu anotei:
  • Não é novidade, mas ele destacou, mais uma vez, a ideia de que o Brasil é um avião vazio e com uma leve recuperação da economia podemos ter impactos mais fortes nos lucros das empresas (alavancagem operacional);
  • João acredita que muitos fundos de pensão aumentarão a exposição em bolsa, para atingir as metas. Acabou a moleza de 1% ao mês com renda fixa, tranquilamente. O investidor e o gestor terá que tomar mais risco para tentar obter melhores retornos. Eu penso da mesma forma que ele, só não tenho muita convicção de que a nossa bolsa tem capacidade de receber assim, do jeito que estamos, US$ 2 bi só de fundos de pensão, sem contar com a possibilidade da entrada de investidores estrangeiros, caso passemos confiança, e ainda outros locais saindo da poupança e da renda fixa. Espero que tenhamos bons IPOs, de modo que esse dinheiro entre e fique!
  • Mas minha grande surpresa foi que ele informou que Via Varejo (VVAR3) é a maior posição nos fundos da XP. Se não me engano falou em 10% do fundo.

No último dia do evento, sábado, tivemos um painel interessante com Jakurski (JGP), Rogério Xavier (SPX) e Marcio Appel (Adam). Os dois primeiros parecem estar muito otimistas com bolsa, enquanto que o terceiro está mais cauteloso. Porém eu gostaria de destacar uma questão relacionada à relação entre preço e valor.

Jakurski:
No mercado, o valor se dá analisando o retorno sobre o capital, custo do dinheiro e crescimento.

Appel:
Achamos que a bolsa vai subir, mas a questão é se você vai querer comprar um ativo por 105 mil pontos, com potencial de ir a 115 mil pontos, mas com todo o risco embutido.

Destaco isso porque existe um grupo de pessoas que, por motivos diversos, disseminam a ideia de que é uma boa ideia comprar ações a qualquer preço. E isso é muito perigoso, principalmente para os mais iniciantes que só viveram esse período de subida da bolsa.

Eu falo mais sobre isso no meu Twitter e Instagram:




Por fim, gostaria de comentar também sobre a sessão entre Jorge Paulo Lehman e Guilherme Benchimol. Inicialmente eu pensei em não ir. Achei que seria algo mais motivacional e eu não sou muito fan dessas coisas, mas resolvi assistir. Não me arrependi!

Eu particularmente não conhecia a história de Benchimol e achei muito legal não só a história, mas a humildade dele. O cara aparentemente começou o negócio da XP do zero e basicamente captando recursos dando aula sobre como investir na bolsa de valores.

O evento teve muito mais coisas que vocês podem ver nos links que coloquei no final desse texto.


O PREÇO (OU VALOR?!) DO INGRESSO

O evento é relativamente caro. Na versão de 2019 os ingressos variavam de R$ 1.000,00 a R$ 3.400,00 - clientes XP têm 50% de desconto.

O ingresso de R$ 2.100,00 dá acesso a tudo na feira, inclusive o auditório principal, comidas e bebidas, enquanto que o ingresso de R$ 1.000,00 dá direito a tudo o que de R$ 2.100,00 dá direito, porém você não pode entrar no auditório principal (mas dá para assistir à transmissão pela feira).

O ingresso mais caro, de R$ 3.400,00 (VIP), dá direito a tudo que os anteriores dão, adicionando ainda: a) VIP lounge na feira, b) Welcome Box Exclusivo, c) Fast Check-in e d) área reservada na frente do auditório principal.

Das regalias VIP, eu realmente dou valor ao fast check-in. Nos dois anos que eu fui, eu peguei o ingresso VIP. Em 2018 a fila era gigante para entrar, então isso me fez comprar o VIP de novo em 2019.

Se você quer aproveitar as demais regalias do VIP, só vale à pena se você estiver sozinho, ou se seu grupo todo estiver de VIP.

Em 2018 estávamos em 3 pessoas e uma delas não estava de VIP, então não usamos nada - exceto algumas cervejas artesanais da área VIP. Em 2019 estávamos em 3 pessoas de novo, porém só eu de VIP e eu nem sequer vi onde era a área do lounge VIP (comento sobre isso na próxima seção).



O QUE PODE SER MELHORADO PARA AS PRÓXIMAS EDIÇÕES


Tem muita coisa boa no evento, mas, como tudo na vida, não dá para agradar a todos e eu tenho algumas sugestões de coisas que podem ser melhoradas.


  1. O ingresso VIP poderia dar direito a pegar e entregar os fones mais rapidamente. A fila dos fones é bem grande e na hora de ir embora já estamos cansados e ainda temos que enfrentar aquela fila gigante não é nada legal;
  2. O kit VIP exclusivo não tem nada de muito exclusivo. Ano passado pelo menos ganhamos um carregador (muito útil até) que carrega uma bateria quase inteira do meu celular. Em 2019 nem o carregador ganhamos;
  3. Muita fila para tudo e como o evento cresceu muito, as filas estavam muito, muito grandes. Eu nem arrisquei participar de nenhum sorteio ou jogo, porque tinha muita fila e eu perderia as palestras - no último dia eu cheguei bem cedo para ver se conseguiria, mas estava quase tudo fechado logo cedo;
  4. No último dia também teve um jantar e festa, mas só para os assessores, até onde eu pude saber. A empresa depende dos clientes também... achei que isso pegou mal, principalmente para quem pagou caro por um ingresso VIP; 
  5. A sinalização do evento não é das melhores. Seria legal que tivéssemos placas "flutuantes" para tentar encontrar mais facilmente os locais. Isso foi uma coisa que eu senti falta no evento do ano passado e achei que fossem melhor para esse ano. Por exemplo, eu não encontrei o lounge VIP - também não fiquei procurando muito, mas deveria estar bem sinalizado;
  6. Seria legal que tivéssemos discussões técnicas e aprofundadas (talvez no espaço das pop-ups que foram bem usados para "propaganda"). Algumas pop-ups eram bem legais, mas não havia tempo suficiente para aprofundar;
  7. Mais discussões antagônicas, ao estilo Betting on Zero;
  8. Apresentações de casos de investimento, com alguém para destruir a tese de investimento e gerar um debate mais interessante. Isso é algo que sou acostumado a ver em discussões de congressos científicos (o pau come, como dizemos aqui no Nordeste);
  9. Gostaria de ver gestores mais novos e menores em alguma sessões também. O evento fica muito concentrado nos grandes (e mesmos) nomes;
  10. Uma área ou sessão para novos gestores de clubes de investimento que têm interesse de um dia transformar em fundos (seria a iniciação científica dos congressos acadêmicos); e
  11. O evento cresceu muito em número de pessoas (de 20 para 30 mil, se não me engano), mas não percebi aumento proporcional no espaço físico. A feira estava bem apertada.



LINKS DAS PALESTRAS NO YOUTUBE

Conversa com gestores no stand da NCH Capital:



Palestra de Paulo Guedes:



Clicando aqui você acessa playlist da Expert 2019 no canal da XP.

Clicando aqui você encontra alguns vídeos no canal da B3.