Meu comentário completo, com base nos dados da Economatica está na matéria do Metrópoles.
Com Bolsonaro tínhamos sempre a sombra do risco de intervenção na política de preços.
Com Lula voltaremos a ter o temor da alocação de recursos no mínimo equivocada e a possível alteração na política de dividendos da Petrobras.
Relembre eventos recentes que derrubaram as ações da Petrobras na bolsa
Intervenção de bolsonaro faz Petrobras cair mais de 8%
"Após intervenção do presidente Jair Bolsonaro na política de preços de combustíveis da Petrobras, as ações da companhia despencaram mais de 8% nesta sexta-feira, 12, na bolsa de valores brasileira".
Com interferência de Bolsonaro, Petrobras tem perda histórica de valor de mercado
"A Petrobras perdeu mais de R$ 100 bilhões em valor de mercado desde a última quinta-feira (18/2), em meio à crise gerada pela decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de trocar o comando da empresa para conter a alta de preço dos combustíveis."
Ações da Petrobras caem mais de 7%, após Bolsonaro criticar política de preços da empresa
"O presidente disse que a paridade internacional é resultado de uma legislação errada feita no passado e que ela não pode continuar, no mesmo dia em que o preço do petróleo atingiu um pico no mercado externo".
Ações da Petrobras caem após Bolsonaro decidir trocar presidente da estatal
"Bolsonaro decidiu trocar Joaquim da Silva e Luna e o efeito imediato foi sentido na Bolsa de Valores, com as ações da estatal sendo negociadas em baixa".
Petrobras perde bilhões em valor de mercado após a eleição de Lula
Agora após o caos na transição de governo, com a eleição de Lula, a Petrobras voltou a perder bastante valor de mercado, conforme reportei no texto abaixo:
Após bagunça com a transição do governo, dólar e juros sobem, com queda da bolsa brasileira, mesmo com principais bolsas no mundo valorizando. Só a Petrobras perdeu mais de R$ 70 bilhões de valor de mercado. Só o governo brasileiro perdeu cerca de R$ 30 bilhões com a desvalorização das principais estatais listadas na bolsa.
Esse estudo usando dados dos indicadores proprietários de incerteza na Economia, produzidos pela Economatica, gerou uma publicação no Metrópoles:
No mês anterior ao 2º turno da eleição brasileira, a incerteza na economia medida pelos Índices TC de Incerteza nas expectativas dos agentes da economia, Incerteza Geral, Incerteza no Varejo e Incerteza na Indústria caiu respectivamente 12%, 19%, 12% e 16%, respectivamente (média de 14,68% de queda na incerteza da economia).
Todavia, considerando todo este tumulto com a transição do governo, após o domingo do 2º turno, foi possível observar um crescimento de 27%, 15%, 26% e 27%, respectivamente, na incerteza na economia medida pelos Índices TC de Incerteza nas expectativas dos agentes da economia, Incerteza Geral, Incerteza no Varejo e Incerteza na Indústria.
Fonte dos dados: Economatica
Dólar e juros para cima, bolsa para baixo
Com toda essa incerteza aumentando, tivemos o dólar subindo, a bolsa brasileira caindo e, especialmente, as estatais caindo muito fortemente.
A título de comparação, no gráfico abaixo é possível identificar o Ibovespa, Banco do Brasil, Eletrobras, Petrobras, DAX-Alemanha e UKX-FTSE-Reino Unido.
Neste período, pós-2º turno, o dólar valorizou 1,73% e o Ibov desvalorizou 4,99%. Se olharmos especificamente para algumas das maiores estatais brasileiras, o Banco do Brasil desvalorizou 7,13%, a Petrobras desvalorizou 10,43% e a Eletrobras chegou a desvalorizar 11,62%.
Em termos monetários, a Petrobras sofreu uma desvalorização de R$ 73 bilhões desde o fechamento da sexta-feira antes da eleição. Banco do Brasil perdeu R$ 13 bilhões e Eletrobras R$ 10 bilhões. Tudo isso ao mesmo tempo em que as principais bolsas globais subiram.
Fontes dos dados: Economatica
Os juros futuros chegaram a subir 9%, o que aumenta o custo do endividamento das empresas e do próprio governo brasileiro.
Espero, como brasileiro, que as coisas se resolvam rápido.