setembro 2011 - Blog ContabilidadeMQ

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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A disciplina de Finanças divide-se, basicamente, no estudo das decisões que consideram investimentos, financiamentos e dividendos. Esse post tem o objetivo de trazer uma breve revisão de conceitos seminais sobre essa disciplina tão importante para a área de negócios.

O post está baseado, principalmente, em um estudo feito por Miller (1999). Com dito anteriormente, são apenas conceitos iniciais para estimular a curiosidade dos leitores de pesquisar sobre os assuntos que mais lhe interessem.


Miller diz que nos últimos 40 anos, as finanças foram divididas em dois grandes grupos, e isso não quer dizer os tão conhecidos, principalmente por nós de Contabilidade, segmento dos que se preocupam com a  “precificação de ativos” ou  daqueles que estudam e se importam mais com as “finanças corporativas”. Esses dois grupos são, na verdade, duas formas de abordagem das finanças: abordagem da escola de administração e abordagem do departamento de economia. Essa distinção é puramente teórica, porém, o autor mostra diferenças significativas durante o seu estudo.


A escola de administração trabalha de forma “mircro normativa”, ensinando como tomar melhores decisões. Já a escola de economia, atua de forma “macro normativa”, utilizando diversos “otimizadores” micro para entender como, na verdade, eles estão envolvidos ou como funcionam. A escola de administração é divulgada e pesquisada para ser algo mais específico, com casos bem pontuais, enquanto que a escola econômica é algo amplo e procura entender o funcionamento do mercado como um todo. Por exemplo, enquanto que a escola de administração se preocuparia com a precificação de ativos de um determinado setor ou empresa (mineração, por exemplo), a escola dos economistas preocupar-se-ia com a forma de precificação de um mercado como um todo, não considerando variáveis específicas de cada setor.

Durante o trabalho, o autor traz alguns conceitos importante, no âmbito das finanças. Os iniciais serão tratados aqui nesse post. Os conceitos analisados foram: (1) a Teoria da Seleção de Carteiras; (2) CAPM; (3) Hipótese de Mercado Eficiente; (4) Proposição de Modgliani-Miller; e (5) o caso das Opções.


Teoria da Seleção de Carteiras

O autor cita que a tensão entre a abordagem micro e macro teve início com o início das modernas finanças, em 1952, com o artigo de Markowitz. Nesse artigo, o autor definiu o, até então, vago conceito de “risco e retorno”. Rendimento/retorno foi definido como sendo o valor esperado ou a probabilidade ponderada da média dos possíveis resultados; e o risco associado a esse retorno é a variância dos resultados em torno da média. O modelo de média-variância de Markowitz é dito como um bom exemplo, por Miller, da aplicação da escola de administração.

 CAPM

O CAPM implica que a distribuição das taxas de retorno esperada de todos os ativos de risco são uma função linear de uma única variável, ou seja, a sensibilidade de cada ativo ou a covariância com a carteira de mercado, o famoso beta, que se torna a medida natural de risco de um título.

Opções

Porém, Miller, no final do artigo diz que, se fosse começar seus estudos e especializar-se em algo, especializar-se-ia em Opções. Apesar de o artigo ter sido divulgado em 1999, ainda hoje carecemos de pesquisa nessa área que é tão importante e "nebulosa". Inclusive, há pesquisas que mostram que existe forte relação entre o mercado de opções e o mercado principal, de ações. Com isso, estudando-se as opções, podemos ter uma ideia maior do comportamento do preço das ações, no mercado principal.

Para quem se interessar em ler o artigo citado, esta é a referência: MILLER, M. The history of finance. The journal of portfolio management, 1999.



domingo, 25 de setembro de 2011

Recentemente, postamos aqui no blog um artigo sobre a possibilidade de distância entre o ensino e a prática da contabilidade. Citamos que seria publicado um artigo de um renomado autor da área, em uma revista da Paraíba.

A revista Balanço Contábil (@BContabil) já publicou o artigo e nós agora divulgamos aqui.


A universidade tem sido criticada ao longo do tempo por não ensinar conteúdos que são importantes para a prática do profissional. Alguns profissionais consideram que isto é um sinal que o ensino de contabilidade deveria sofrer uma ampla revisão. Mesmo os melhores cursos estão sujeitos a este tipo de crítica. Neste artigo, tentarei mostrar que talvez esta crítica não seja verdadeira.

Existem várias razões para que esta distância exista, mas considero que são quatro os principais fatores.
Em primeiro lugar, existem as exigências legais. Apesar do número de horas de um curso de contabilidade ser bastante razoável, acima de três mil horas, as normas obrigam que certos conteúdos sejam ministrados. Assim, parte do currículo é dedicada, por exemplo, ao ensino da língua portuguesa. A rigor o aluno já deveria dominar a língua portuguesa, pois a estudou durante anos. Estas amarras legais impedem que o projeto do curso possa estar voltado para o que realmente interessa: ensinar contabilidade.

Outra razão para acharmos que a universidade fracassa ao ensinar a contabilidade diz respeito ao tipo de conhecimento enfatizado. Já escutei muitos profissionais dizendo que alguns alunos sequer sabiam como preencher uma folha de pagamento. Mas mais importante do que apreender uma atividade mecânica, como é o caso, as boas universidades procuram ensinar como usar o conhecimento adquirido para resolver problemas mais complexos. Dedicamos horas a estudar a teoria contábil, que será útil quando estivermos diante de um problema de reconhecimento de uma receita pouco usual. Assim, é um elogio saber que a universidade não perdeu tempo ensinando preenchimento de uma declaração de imposto de renda. 

A terceira razão decorre da mudança no ambiente externo. Em muitos casos, o que o aluno aprende hoje talvez já não seja verdadeiro para quando estiver formado. Veja o caso da adoção das normas internacionais. Todos os profissionais formados antes de 2008 não tiveram nos cursos de graduação, nenhum conteúdo sobre a mudança na contabilidade que ocorreu em razão da convergência internacional. O dinamismo da prática é muito grande para ser rapidamente absorvido pela universidade. 

Talvez a principal razão refere-se ao amplo campo que é a contabilidade. Para aprender tudo de contabilidade, o número de horas é insuficiente. Um curso típico deve ter cerca de 150 horas para o ensino de auditoria; sem dúvida nenhuma, é difícil imaginar que alguém será um bom auditor com este número de horas de estudo. Isto ocorre em todas as outras áreas da contabilidade. E a cada dia o conjunto de conhecimentos da contabilidade aumenta, embora a carga horária continue a mesma. E isto é muito bom, pois indica que a área é dinâmica e está evoluindo no tempo.

Pela dificuldade da tarefa, talvez a universidade até que tem se saído bem. Entretanto, devemos reconhecer que algumas coisas poderiam ser feitas para reduzir esta distância entre o que o mercado de trabalho espera do profissional e o que os novos aprendizes estão apreendendo no curso de contabilidade. 

Autor: César Augusto Tibúrcio Silva

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

 Não sou muito ligado em datas comemorativas, mas tenho que concordar com uma coisa: elas são importantes para a mobilização de pessoas que têm um mesmo objetivo. 



 



No nosso caso, dos Contadores brasileiros, esse dia é importante para que divulguemos nossa profissão, mostrando nossa relevância para o processo decisório. Não somos nós as pessoas que têm como principal função apurar impostos, declarar imposto de renda de pessoa física ou, muito menos, elaborar folha de pagamento. Nós temos que mostrar a nossa função principal que fornecer informações úteis. Façamos nossa parte, divulgando, inicialmente, nosso dia. Após isso, mostremos aos nossos usuários o que nós podemos fazer, de fato.





Parabéns a todos os Contadores e participem dos eventos realizados pelo CRC do seu estado e demais órgãos de classe.



 



 



Mensagem Dia do Contador

Comunicação CFC
 
Neste Dia do Contador - 22 de setembro -, o Conselho Federal (CFC) e os 27 Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) se orgulham de possuir registros ativos de quase 300 mil contadores no País. Uma das maiores categorias profissionais brasileiras, há hoje 161.075 homens e 129.647 mulheres que abraçaram esta profissão de crescente prestígio no Brasil e no mundo.
Ao lado dos técnicos em contabilidade, os contadores somam atualmente quase meio milhão de contabilistas (489.794), designação que engloba os profissionais de nível técnico e os de nível superior.
Recordando aspectos históricos, a data comemorativa ao Dia do Contador faz alusão à assinatura do Decreto-Lei nº 7.988, de 22 de setembro de 1945, que instituiu o ensino de Contabilidade em nível superior no território nacional. Poucos meses depois da criação do curso de Bacharel em Ciências Contábeis, foi publicado o Decreto-Lei nº 9.295, em 27 de maio de 1946, criando o Conselho Federal de Contabilidade e definindo as atribuições do Contador e do Guarda-livros - os quais posteriormente passaram a ser designados Técnicos em Contabilidade.
Decorridos 65 anos da regulamentação da profissão, os contadores hoje atuam em mercado de trabalho bastante sofisticado, com atribuições cada vez mais complexas, exigindo domínio de conteúdos multidisciplinares e a incorporação de conhecimentos há alguns anos inexistentes na realidade da profissão, como o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), o Extensible Business Reporting Language (XBRL), o International Financial Reporting Standards (IFRS) e outros.
Além desses motivos a comemorar, o Brasil mereceu, recentemente, o reconhecimento dos normatizadores da área contábil da América Latina e do Caribe, que incumbiram o CFC de presidir o Grupo Latinoamericano de Emisores de Normas de Información Financiera (Glenif), entidade criada oficialmente um junho deste ano.
Os contadores brasileiros, que no seu dia-a-dia tanto se dedicam a prestar relevantes serviços profissionais, contribuindo, decisivamente, para o crescimento sócio-econômico do País, para a crescente valorização da profissão contábil e para o prestígio político da Classe, são credores de muitos méritos a serem comemorados.
Parabéns, Contadores brasileiros!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Segue o banner com os palestrantes confirmados.

Esse é o evento que entrará para a História!

Oportunidade imperdível para os pesquisadores da Paraíba. Segue o convite da palestra que será gratuita:


 23 / 09 /2011
Sexta feira, às 15h00min
Sala 217 – Bloco Novo do CCSA


ENTRADA GRATUITA


O prof. Mathew Tsamenyi é líder na área de pesquisa relacionada ao estudo da contabilidade em países emergentes com uma ampla publicação nesse assunto. Ele é editor da revista acadêmica dedicada ao estudo da contabilidade em países emergentes      (The journal of accounting in Emerging Economies).

sábado, 17 de setembro de 2011

Imperdível a reportagem publicada na Exame.com de 14/09/2011 tratando das 10 trapaças para inflar o preço das ações ilustrando até que ponto uma companhia (casoEnron) pode chegar para tapear seus acionistas em interesse próprio.

A reportagem esclarece que os escândalos como o da Enron estão mais para exceção do que para regra no mercado de capitais. O caso, na verdade, levou a uma completa revisão das leis que regem a atuação dos participantes do mercado americano. Os principais executivos da companhia tiveram punições exemplares: Ken Lay morreu antes de cumprir pena, mas Jeff Skilling foi condenado a 24 anos de prisão e permanece trancafiado até hoje.

Casos como do banco PanAmericano no Brasil e dos fundos de Bernard Madoff nos EUA comprovam, entretanto, que as brechas para novos escândalos no mercado nunca serão totalmente tapadas.

A seguir, EXAME.com descreve as trapaças utilizadas pela Enron para enganar os próprios acionistas (as informações foram retiradas do documentário “Enron – Os Mais Espertos da Sala”).

Para um investidor precavido, vale a pena conhecê-las.

1 – Artifícios contábeis

2 – Cooptação do auditor

3 – Pressão sobre os analistas

4 – Promessas sem fim

5 – Dribles na fiscalização

6 – Furos nos jornalistas

7 – Manipulação de preços

8 – Uso de informação privilegiada

9 – Esforços para aparecer na crista da onda

10 – Negócios distantes

Para conhecer o inteiro teor da reportagem acesse o link a seguir:

Dez trapaças para inflar o preço das ações

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Os representantes dos órgãos normativos de diversos países que usam as IFRS emitidas pelo IASB estão divididos sobre quais normas devem ser aprimoradas.

Em reunião na última quinta-feira, dia 15/09, os representantes dos órgãos de diversos países (inclusive do Brasil) não chegaram a um acordo sobre que foco o IASB deveria dar no sentindo de emissão ou aperfeiçoamento de normas.

O professor Gelbcke acredita que a norma que trata de inflação deveria ser melhorada, já os suecos acreditam que Outros Resultados Abrangentes deveriam ser enfatizados.

O professor Nelson Carvalho liderou um painel de discussão e corroborou com os suecos, quanto aos Outros Resultados Abrangentes, porém também externou a necessidade de normatização quanto ao setor de agricultura.

Diversos outros problemas foram levantados. O que ficou de "certo" é que as atividades de extração e exploração de recursos minerias e atividades reguladas que são problemas comuns à maioria dos países que convergiram serão enfatizadas.


Fonte: Global Financial Estrategies News

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O evento, em comemoração ao Dia do Contador, acontecerá sábado, dia 18 de setembro, às 7h00.

O local de concentração é em frente à Pizzaria Sapore D'Itália.

O evento fornecerá os seguintes serviços aos participantes:
:
=> Verificação da pressão Arterial;
=> Teste de Glicemia;
=> Cálculo de IMC.

Contadores e estudantes, participem e convidem seus amigos. Além de ser um ótimo evento para melhorar nossa qualidade de vida, podemos encontrar velhos amigos de profissão, trocar experiências e formar ou ampliar o net work.

terça-feira, 13 de setembro de 2011


Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) de Campinas (SP) em parceria com a KPMG e a Policamp mostra que as empresas ainda estão patinando para se adequar às novas regras contábeis. 

A pesquisa refere-se ao exercício de 2010, primeiro ano em que a entrega das demonstrações financeiras no padrão IFRS passou a ser obrigatória. Foram avaliadas 61 empresas de grande porte e 39 empresas de pequeno e médio porte (PMEs) da região - principal polo industrial e de tecnologia do Estado de São Paulo-, que, juntas, somam ativos de R$ 119 bilhões e geraram um caixa de R$ 12 bilhões em 2010. 

Como era de se esperar, existe um grande vale entre os padrões de divulgação das empresas de grande porte - com ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual acima de R$ 300 milhões - e das PMEs. Em 2010, 87% das grandes empresas da amostra divulgaram suas demonstrações financeiras de forma completa - em 2009, esse porcentual foi de 81%. Já no universo das PMEs, apenas 59% entregaram todas as peças contábeis em relação ao exercício do ano passado. É o primeiro ano em que esse tipo de empresa integra a pesquisa. 

A checagem das demonstrações financeiras por auditores independentes foi observada em 85% das grandes empresas da amostra em 2010, mesma fatia verificada no ano anterior. O parecer de auditores registrados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma exigência para as companhias de capital aberto, instituições financeiras e empresas de grande porte. Entre as pequenas empresas, para as quais a obrigatoriedade não se aplica, apenas a metade teve seus balanços auditados. 

O número de ressalvas por parte dos auditores, que ocorrem quando há itens que não atendem às especificações previstas pelo IFRS, também aumentou, refletindo o fim do processo de convergência para o novo padrão. 

Dentre as grandes empresas cujas demonstrações foram auditadas, apenas 38% não apresentaram nenhuma ressalva em 2010, uma redução significativa frente ao exercício anterior (85%). 

Os desvios constatados pelos auditores concentraram-se no cumprimento da resolução que diz respeito aos ativos imobilizados, que determina que se atendam a critérios como a revisão da vida útil dos ativos em vez de taxas de depreciação fiscais.
 
Fonte: Valor Econômico in Informação Contábil

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

 O Valor Econômico publicou em seu site o artigo intitulado "o intangível está de volta ao debate", mostrando alguns fatos relacionados à não divulgação ou registro desse tipo de ativo nos balanços das empresas. Diversas pesquisas estão sendo realizadas para avaliar o impacto disso para o mercado e a relação entre a contabilidade e a percepção dos usuários quantoa esse tipo de informação. Os autores desse blog, inclusive, estão com uma pesquisa nessa linha que está para ser enviada a um evento. Espero, em breve, poder divulgar nossos resultados também aqui no blog, logo após a aprovação no evento.

Abaixo segue o início do artigo do Valor. Quem quiser lê-lo na íntegra, basta clicar aqui.

Se ativos intangíveis - patentes, por exemplo - dominam grande parte da economia moderna, por que continuam, em grande parte, fora dos balanços das maiores companhias americanas?
Algumas vendas de patentes alçadas às manchetes reacenderam o interesse pela questão. Entre elas: o leilão, com arremate por US$ 4,5 bilhões, de patentes de tecnologia sem fio da Nortel, em 1º de julho, e os US$ 12,5 bilhões pagos pelo Google em 15 de agosto pela Motorola Mobility Holdings e suas 24,5 mil patentes e pedidos de patentes pendentes, além de outros ativos.

Algumas vendas de patentes alçadas às manchetes reacenderam o interesse pela questão. Entre elas: o leilão, com arremate por US$ 4,5 bilhões, de patentes de tecnologia sem fio da Nortel, em 1º de julho, e os US$ 12,5 bilhões pagos pelo Google em 15 de agosto pela Motorola Mobility Holdings e suas 24,5 mil patentes e pedidos de patentes pendentes, além de outros ativos.

Nós sempre vemos naqueles filmes norte-americanos a atuação dos insiders trading e nunca imaginamos a sua atuação na "vida real", muito menos próximos da nossa realidade.

Recentemente uma dissertação de mestrado em economia evidenciou que essa realidade é um pouco mais próxima do que imaginávamos da nossa realidade. As evidências do estudo apontaram que uma em cada cinco negociações de ações nos EUA é realizada por um investidor "bem informado", enquanto que na América Latina (e isso inclui o Brasil) a relação passa de um em cada quatro negociações.

Para entender um pouco melhor a atuação dos insiders, indico a leitura do post "Poder e a Cobiça fora da ficção: Condenação por uso de Informação Privilegiada - Insider tradind".

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Recentemente eu li um texto de um renomado professor (que será publicado em breve) onde ele defende que o ensino (no texto ele trata do tema específico da Contabilidade) não está distante da prática, do que vive e exige o mercado. Na disciplina de Teoria dos Ajustamentos Contábeis do Lucro, o professor Dionísio também defendia isso: o que é a teoria e o ensino da contabilidade se não a prática e a pesquisa das necessidades do mercado?

Eu, assim como eles, também acredito que o ensino da contabilidade também não esteja tão longe da prática, isso se estiver distante. A diferença é que no nosso contexto (aqui na Paraíba) a prática contábil é preenchimento de documentos fiscais, declaração de imposto de renda e coisas do tipo. Conhecimentos como esses não são enfatizandos na graduação (e não deveriam mesmo!!). A graduação deve ensinar os alunos a pensar para poder solucionar os problemas da prática.

Porém e nesse sentido, mas em um contexto diferente do nosso, um artigo de Richardson, Tuna e Wysocki (2010) mostrou algo um pouco diferente do que eu e os professores citados pensamos. Eles evidenciaram uma certa distância entre o ensino e a prática, na análise das demonstrações contábeis. (análise fundamentalista).

Os autores entrevistaram professores/pesquisadores e analistas de investimentos, sobre algumas questões relacionadas à sua área de atuação, obtendo respostas divergentes para as mesmas questões. Por exemplo, quando questionados Which risk model is most appropriate for risk calibration of an equity trading strategy?, enquanto 55% dos professores/pesquisadores recomendavam variações do modelo de Fama-French, apenas 29% dos analistas o recomendaram. A maior parte dos analistas (35%) recomendou o modelo CAPM, porém os acadêmicos não estão muito de acordo com essa ideia, chegando ao montante de 7% dos que o recomendam.

Depois dessa leitura, comecei a ter a mesma dúvida que tinha durante a graduação? será o ensino ou a pesquisa muito distante do que é a prática?

Artigo citado: Accounting anomalies and fundamental analysis: A review of recent research advances. doi:10.1016/j.jacceco.2010.09.008


TÍTULO:
GESTÃO ESTRATÉGICA BASEADA NA QUALIDADE E NOS CUSTOS DA QUALIDADE: Um estudo no setor de construção civil da cidade de Campina Grande – PB..

Aluna: JANAYNA RODRIGUES DE MORAIS LUZ

Data: 09 DE SETEMBRO DE 2011.

Hora: 09h00min
Local: SALA 08 – PRÉDIO DA PÓS- GRADUAÇÃO-CCSA

Comissão Examinadora:
Prof. Dr. Paulo Roberto Nóbrega Cavalcante (orientador)
Profa. Dra. Márcia Reis Machado (membro interno)
Prof. Dr. Antonio Robles Júnior (membro externo - USP)
Prof. Dr. Edilson Paulo (suplente)

domingo, 4 de setembro de 2011



Autor: Vinícius Gomes Martins
UMA REFLEXÃO
Introdução
Um domínio adequado dos conceitos e procedimentos básicos da contabilidade bem como das suas características são fundamentais para o desenvolvimento da teoria contábil. De igual forma, o desenvolvimento das técnicas de identificação e mensuração dos itens dos relatórios contábeis contribui para o aperfeiçoamento do seu uso e para a melhoria da qualidade das informações emanadas pela contabilidade.
Neste sentido, a propriedade das definições e procedimentos contábeis de reconhecimento e mensuração das receitas e despesas, bem como dos ganhos e perdas são de extrema importância para a contabilidade, pois a realidade econômica dos resultados auferidos por uma entidade dependerá de tais definições e procedimentos. No mesmo sentido, o patrimônio líquido de uma empresa pode ser afetado por práticas utilizadas tanto na mensuração das receitas e despesas como nas dos ganhos e perdas. Haja vista a relevância da mensuração dos resultados e da avaliação do patrimônio líquido para os usuários das informações contábeis, esta reflexão busca, discute os procedimentos de reconhecimento e mensuração das receitas e despesas bem como dos ganhos e perdas e, mais especificamente, analisar o patrimônio líquido relacionando-o, sempre que cabível, com os procedimentos contábeis utilizados para o tratamento das receitas e despesas e dos ganhos e perdas.
Receitas e Ganhos
Na literatura contábil são vastas as definições de receitas. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, assim como o IASB (International Accounting Standards Board), define receita como “ingresso bruto de benefícios econômicos durante o período proveniente das atividades ordinárias da entidade que resultam no aumento do seu patrimônio líquido, exceto as contribuições dos proprietários”.
Diante da definição, observa-se inicialmente, que a mesma é ampla e não permite distinguir receitas, propriamente ditas, de ganhos. Diante disso, a definição de receitas, apresentada anteriormente, pode induzir a uma reflexão de que diferenciar receitas de ganhos não seja relevante, uma vez que a mesma não permite segregá-los. Porém, do ponto de vista dos usuários das demonstrações contábeis, esta distinção pode ser extremamente importante, pois, permite ao mesmo identificar se a entidade está obtendo resultado favorável (ou desfavorável) por meio de sua atividade (ou atividades) principal.
Ganhos por sua vez, segundo Kam (1990), “são aumentos em ativos líquidos, provenientes de operações periféricas ou incidentais, e de outros eventos que podem estar em grande parte além do controle da firma”. A diferença principal entre receitas e ganhos, portanto, é que a receita surge no curso normal das atividades principais de uma entidade e são representadas, tradicionalmente, por uma variedade de nomenclatura, quais sejam: vendas, honorários, juros, dividendos, royalities, aluguéis, etc.
De acordo com o IASB, a receita é reconhecida quando pode ser medida em base confiável. Na mesma linha, a estrutura conceitual do CPC afirma que a receita é reconhecida na demonstração do resultado quando resulta em um aumento, que possa ser determinado em bases confiáveis, nos benefícios econômicos futuros provenientes do aumento de um ativo ou da diminuição de um passivo. Isso significa, de fato, que o reconhecimento da receita ocorre simultaneamente com o reconhecimento de aumento de ativo ou de diminuição de passivo. No entanto, não significa que todo aumento de ativo ou redução de passivo corresponda a uma receita.
O momento do reconhecimento da receita é fundamental para a entidade, pois, a antecipação ou postergação do mesmo pode impactar no resultado e, consequentemente, no patrimônio líquido da entidade. O reconhecimento da receita (bem como dos ganhos) deve acontecer no momento da ocorrência do fato gerador, independente do recebimento, como preza o princípio da competência. Isso ocorre, geralmente, quando todos os riscos e incertezas inerentes a sua realização são amenizados. Porém, existem os casos particulares, como, por exemplo, as receitas referentes à construção civil, onde estas podem ser apuradas de duas formas: cronograma financeiro, onde as receitas são reconhecidas na proporção das despesas totais; ou pelo físico, onde as receitas são reconhecidas em função da realização física.
De acordo com o IASB, o reconhecimento da receita no ato da venda deve ser a regra quando: (i) os riscos e os prêmios associados ao produto foram transferidos para o comprador; (ii) a entidade já não possui o efetivo controle do produto vendido; (iii) o valor da receita pode ser mensurado de forma adequada; (iv) os prováveis benefícios econômicos da transação irão fluir para a entidade; e (v) os custos da transação podem ser adequadamente mensurados. No entanto, além do momento da venda, existem outras situações pelas quais a receita pode ser reconhecida. Niyama e Silva (2008) descrevem mais três instantes: (1) na compra da matéria-prima; (2) na fabricação; e (4) no recebimento.
Uma vez verificado o momento em que geralmente as receitas devem ser reconhecidas, o próximo passo a ser dado é a sua mensuração. Para Iudícibus (2009), uma boa mensuração da receita exige que se determine o valor de troca do produto ou serviço prestado pela empresa. Esse valor de troca representa o valor atual do fluxo de caixa de dinheiro a ser recebido.
De acordo com o IAS 18, a mensuração básica de uma receita é realizada pelo valor justo do direito gerado pela transação de troca. Quanto à mensuração, Hendriksen e Van Breda (1999) mencionam que “grande parte das mensurações contábeis [...] baseiam-se em fluxos de caixa passados, presentes ou futuros. As receitas são geralmente medidas em termos do valor líquido do numerário que se espera receber em função da venda de bens e serviços”.
Dentre as dificuldades na mensuração de receitas, Schmidt et. al. citam:
a) a falta de clareza dos objetivos estabelecidos e os obstáculos encontrados para determinar uma taxa eficiente para o cálculo do valor presente líquido das futuras entradas de caixa; e
b) a determinação do período exato em que deve ser relatado o reconhecimento das receitas.
É inquestionável que o correto domínio da definição, reconhecimento e mensuração das receitas e ganhos são importantes para as entidades, haja vista, os efeitos que estes podem trazer na apuração dos lucros (ou prejuízos) das organizações e, consequentemente, no patrimônio líquido das mesmas. No entanto, não é apenas o tratamento das receitas e ganhos que pode impactar no resultado, dependendo do critério adotado na mensuração e reconhecimento das despesas e perdas, o resultado líquido de determinada entidade poderá apresenta-se diferente, afetando com isso, acionistas, fisco e sociedade.
Despesas e Perdas
Assim com as definições de recitas e ganhos, as definições das despesas e perdas são relevantes para a identificação das mesmas. A estrutura conceitual do CPC, bem como do IASB, define despesa como os decréscimos nos benefícios econômicos durante o período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou incrementos em passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido e que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade.
Com base na definição, pode-se assegurar que despesa é a concretização do esforço, em termos monetários, para a geração da receita. Reduz o patrimônio da empresa, o que é justificado pela promessa de geração futura ou imediata de receita que deve, a luz da teoria, suplantar as despesas e assim gerar a parcela do lucro. Porém, observa-se que, assim como na definição de receitas, a definição acima descrita não permite distinguir despesas e perdas. Vale salientar, que esta segregação é importante uma vez que perda não está atrelada a geração de receita por parte da atividade normal da entidade, onde, dependendo da materialidade, esta distinção pode ser uma informação relevante para os usuários das demonstrações contábeis.
Dessa forma, o FASB conceitua perdas como sendo “decréscimos pela participação de transações periféricas ou incidentais de uma entidade, e em outras transações ou outros eventos e circunstâncias, afetando a entidade durante um período, exceto aqueles que resultam de despesas ou distribuição para proprietários”. Com base na definição, as perdas podem ser entendidas como eventos líquidos desfavoráveis, que nascem de atividades não geradoras de receitas normais da entidade.
O IASB considera que o reconhecimento da despesa, a exemplo do que ocorre com a receita, deve ser realizado em bases confiáveis. Além disso, a estrutura conceitual do CPC, afirma que as despesas são reconhecidas na demonstração do resultado quando surge um decréscimo [...] nos futuros benefícios econômicos provenientes da diminuição de um ativo ou do aumento de um passivo.
Isso significa, de fato, que o reconhecimento da despesa ocorre simultaneamente com o reconhecimento do aumento do passivo ou da diminuição do ativo e que a mesma deve acontecer simultaneamente com o reconhecimento da receita, como preza o princípio da competência. Este último ponto difere das perdas, pois o reconhecimento destas não está atrelado com o reconhecimento de receitas, mas, devem ser reconhecidas no momento em que se tenham bases confiáveis. Apesar de a teoria demonstrar as circunstâncias em que se devem reconhecer as despesas, existe ocasiões em que é complexa a associação direta da mesma com a respectiva receita. Seria o caso de um automóvel que contribui para a geração de benefícios futuros durante um determinado período, onde sua despesa com depreciação deve ser reconhecida nos respectivos períodos em que os benefícios provindos do bem são originados.
Quanto à mensuração das despesas, de acordo com Filho e Bruni (2010), os métodos mais conhecidos são o valor histórico e o valor de reposição. Quanto à mensuração das perdas, entende-se que estas devem ser avaliadas pelo seu valor histórico.
Segundo Niyama e Silva 2008, três aspectos são relevantes na mensuração da despesa: (1) a questão da despesa a prazo; (2) o conservadorismo; e (3) impacto do sistema de custeio.
Este primeiro aspecto, diz que a mensuração das despesas, que serão pagas a prazo, deverá levar em consideração o valor do dinheiro no tempo, ou seja, em situações em que haja instabilidade na economia, quanto maior o prazo maior a probabilidade de ganhos financeiros. O segundo aspecto, diz respeito às práticas conservadoras de reconhecimento, onde, em situações de dúvidas deve-se antecipar o reconhecimento das despesas, podendo assim, em um cenário futuro, existir um resultado supervalorizado em detrimento de tal prática no passado. O terceiro e último aspecto, portanto, refere-se ao sistema de custos adotado. Onde a adoção de determinado critério de avaliação de estoque (peps, ueps ou média ponderada) ou de custeio (absorção ou variável) para os produtos, podem gerar resultados distintos.
Diante disso, é notória a relevância dos procedimentos de reconhecimento e mensuração, tanto das receitas e ganhos como das despesas e perdas, uma vez que a confrontação das mesmas resultará em uma das informações mais importantes para os usuários das demonstrações, o resultado do exercício. O resultado, por conseguinte, poderá afetar o patrimônio líquido e, consequentemente, a situação patrimonial da entidade.
Patrimônio Líquido
A estrutura conceitual do CPC, assim como a do IASB, define patrimônio líquido como sendo “o interesse residual nos ativos da entidade depois de deduzir todos os seus passivos”. Por meio dessa definição, o patrimônio líquido pode ser descrito, genericamente, como sendo a diferença entre o ativo e o passivo.
A importância de se estudar o patrimônio líquido, se dar pelo fato de que os conceitos e procedimentos contábeis adotados para os ativos, passivos, receitas e ganhos, despesas e perdas, são refletidos diretamente no patrimônio da entidade. Diante disso, e das limitações dos procedimentos de reconhecimento e mensuração dos ativos, passivos, receitas e despesas, Schmidt et. al. (2007) afirmam que o patrimônio líquido não representa o valor justo da empresa, tampouco corresponde ao valor de mercado das ações da empresa ou à soma que poderia ser levantada pela venda dos ativos na base de item-por-item ou da empresa como um todo, numa base de continuidade operacional.
Visto que o patrimônio líquido é a diferença entre os ativos e passivos, a questão do seu reconhecimento e mensuração está também atrelada à mensuração do ativo e passivo bem como das receitas e despesas e, a forma como esta diferença é vista, pode depender do conceito de capital e sua manutenção. Entretanto, a questão da manutenção do capital é um aspecto relevante na discussão sobre o patrimônio líquido. De acordo com a estrutura conceitual do CPC, existem dois conceitos de capital que podem ser adotados por uma entidade: (a) o capital financeiro; e (b) capital físico.
O capital financeiro se refere ao recurso monetário que foi investido na entidade, já o capital físico está relacionado à capacidade produtiva da entidade. Dessa forma, a escolha de um dos conceitos de manutenção de capital tem influência na mensuração do resultado, ou seja, se entidade adota o conceito de manutenção de capital financeiro, a entidade somente terá lucro se o montante financeiro de ativos líquidos no final do período for maior que o do início do período, depois de excluídos os aportes de capital e as distribuições aos proprietários. Mas, se adotar o conceito de manutenção do capital físico, a entidade só terá lucro se a capacidade produtiva da entidade no final do período exceder a do início do período, também depois de excluídos as distribuições e aportes de capital.
Outros pontos relevantes no que se refere ao patrimônio líquido são suas teorias. De acordo com Niyama e Silva (2008), as teorias do patrimônio líquido influenciam os procedimentos contábeis, sendo uma referência para a apresentação das demonstrações financeiras. As mais referenciadas pelos autores são: teoria do proprietário, teoria da entidade, teoria do acionista ordinário e teoria do fundo.
De acordo com a teoria do proprietário, o patrimônio pertence aos proprietários da entidade. Nela as receitas e os ganhos são considerados aumentos de propriedade e as despesas e perdas são consideradas reduções, isto é, os resultados da entidade pertencem ao proprietário. Na teoria da entidade o patrimônio líquido pertence à entidade. Nesta teoria, o resultado das operações é da entidade até que ocorra a distribuição de dividendos. Na teoria do acionista ordinário, todos os investidores, exceto os acionistas ordinários, são condicionados como terceiros, ou seja, os acionistas detentores de ações preferenciais são considerados como credores da entidade, consequentemente, os pagamentos realizados a eles são considerados como despesas. Por fim, na teoria do fundo, os ativos representam serviços para o fundo ou unidade operacional por ele constituída e os passivos representam restrições contra ativos específicos ou gerais do fundo. No entanto, existem outras teorias do patrimônio líquido que também são importantes, a exemplo de: teoria do comandante, teoria do empreendimento e teoria residual.
Considerações Finais
O objetivo do presente trabalho foi analisar os procedimentos de reconhecimento e mensuração das receitas e despesas bem como dos ganhos e perdas e, mais especificamente, analisar as conseqüências de tais procedimentos no patrimônio líquido.
Rematou-se que os procedimentos de reconhecimento e mensuração das receitas e ganhos e das despesas e perdas são de grande valia para a contabilidade bem como para as informações emanadas pela mesma. Pois, dependendo do critério adotado na mensuração e reconhecimento das receitas e despesas (ganhos e perdas), o resultado líquido obtido e, consequentemente, o patrimônio líquido das entidades, poderão apresentar-se diferentes, afetando acionistas, fisco, sociedade e demais usuários.
Diante disso, é possível concluir que as variações, bem como a fiel representatividade do patrimônio líquido são susceptíveis aos bons procedimentos de critérios de reconhecimento e mensuração das receitas e ganhos e das despesas e perdas, ou seja, dependendo do procedimento utilizado podem-se ter resultados diferentes e, consequentemente, realidade patrimonial divergente.
Referências
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC. Pronunciamento Conceitual Básico – Estrutura Conceitual. Agosto, 2008.
FILHO, R. Nonato Lima; BRUNI, Adriano Leal. Conceitos Relevantes de Ativo, Passivo, Goodwill, Receitas, Despesas, Ganhos e Perdas: Uma Análise do Ensino da Teoria da Contabilidade. VIII SemeAd de Administração, setembro, 2010.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 9ª Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
KAM, Vernon. Accounting theory. New York, John Wiley & Sons, 1990.
NIYAMA, Jorge Katsumi; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Teoria da Contabilidade. Atlas: São Paulo, 2008.
SCHMIDT, Paulo. et. al. Teoria da Contabilidade (Introdutória, intermediária e avançada), Ed. Atlas, 2007.
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