março 2012 - Blog ContabilidadeMQ

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quinta-feira, 29 de março de 2012

Segue o sumário da apostila de revisão, com conteúdo de Teoria da Contabilidade, voltado para o Exame de Suficiência do CFC
PARTE I

1.Arcabouço Conceitual no Brasil
1.1.Princípios Contábeis – CFC
1.2.Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relato Contábil Financeiro – CPC 00 (R1)
PARTE II
2.Elementos das Demonstrações Contábeis
2.1.Ativo
2.2.Passivo
2.3.Patrimônio Líquido
2.4.Receitas e Despesas
2.5.Questões

Segue o link para acessar o material completo: CLIQUE AQUI

domingo, 25 de março de 2012

Há tempos não tinha tempo para ler coisas fora da minha área de pesquisa e um dos sites que eu gosto de ler é o Baixaki. Cumprindo minha meta de estudo para esse domingo, resolvi ler essas coisas "off accounting sheet". Então eis que surge um post, lá no site, muito interessante e que bate com uma das minhas ideias para artigo, que tenho anotadas aqui na minha gaveta: uma "crítica" contábil ao papel - mas isso não vem ao caso, porque ainda nem comecei a escrever sobre (aguardem).

Segue o texto que fala sobre o "fim" do dinheiro de papel na Suécia. Só falta agora as vendas ficarem vinculadas ao sistema contábil utilizado pela empresa, sendo contabilizado automaticamente. Que modernidade, hein?!

Os contadores de débito e crédito iriam pirar!


Suécia está abolindo as cédulas de dinheiro

Conforme matéria da Associated Press, reproduzida no site Yahoo! News, a Suécia está abolindo aos poucos o uso de cédulas de dinheiro. De acordo com a publicação, o país foi a primeira nação europeia a introduzir notas como moeda corrente em 1661. Agora, os suecos querem ser pioneiros também na adoção de métodos de pagamentos online.

Na maioria das cidades suecas, os transportes públicos não aceitam mais dinheiro. As passagens são pré-pagas ou adquiridas por meio de mensagens de textos enviadas pelo celular. Uma pequena parcela das empresas, que está em crescimento acelerado, só aceita pagamentos efetuados com cartões de débito e crédito.

Além disso, até mesmo algumas agências bancárias pararam de lidar com notas, focando seus serviços apenas em transações eletrônicas. Qual o resultado desse “boicote” às cédulas? O número de assaltos aos bancos da Suécia caiu de 110 em 2008 para 16 durante o ano de 2011. Os roubos aos serviços de transportes de valores também apresentaram uma redução considerável.

Retirado do Baixaki.

 

quinta-feira, 22 de março de 2012

Vídeo (palestra) muito interessante e com legendas.

http://www.veduca.com.br/play?c=198&a=1

Seguem os artigos dos autoresdo blog que foram aceitos para o Congresso Anpcont. Quando estiverem disponíveis no site, nós divulgaremos os artigos aqui.

ANÁLISE DA ADITIVIDADE DE VALUE RELEVANCE DA DFC E DA DVA AO CONJUNTO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: EVIDÊNCIAS DE EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO - Vinícius Gomes Martins, Márcio André Veras Machado e Aldo Leonardo Cunha Callado.

O PROCESSO DE CONVERGÊNCIA ÀS IFRS E A CAPACIDADE DO LUCRO E DO FLUXO DE CAIXA EM PREVER OS FLUXOS DE CAIXA FUTUROS: EVIDÊNCIAS NO MERCADO BRASILEIRO - Augusto Cezar Cunha e Silva Filho, Márcio André Veras Machado e Aldo Leonardo Cunha Callado.

A PRODUÇÃO CIÊNTIFICA SOBRE ASSIMETRIA INFORMACIONAL EM PERIÓDICOS INTERNACIONAIS DE CONTABILIDADE - Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão e Márcia Reis Machado.

ANÁLISE DO VALUE RELEVANCE DOS ATIVOS INTANGÍVEIS E GOODWILL NAS COMPANHIAS ABERTAS BRASILEIRASVinícius Gomes Martins, Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão, Edilson Paulo e Aldo Leonardo Cunha Callado.
 

A Thomson-Reuters está entrando pesado no mercado. Agora foi a vez da aquisição da FiscoSfot. Confiram:

Mantendo a onda de aquisições iniciada em 2011 no Brasil, a Thomson Reuters comprou a consultoria paulista da área tributária FiscoSoft.

Os termos da aquisição ainda não foram revelados.

Dentro da estratégia de fusões no Brasil, a anglo-canadense já adquiriu a gaúcha Tedesco, especializada em TI para departamentos jurídicos corporativos e escritórios de advocacia, em novembro de 2011.

Em outubro, a consultoria comprou a área de software da paulista Alliance, especializada em soluções para a área fiscal, além da joinvilense Conceito W e da Mastersaf. Todas em 2011.

Fonte: Jornal Contábil

Na época, a própria adquirida já estava envolvida em um processo de consolidação de mercado com as compras de ativos da gaúcha Lamur Informática e da Lumen IT.

Oferta reforçada
“Integrada a outras linhas de produto já existentes, a empresa fornecerá aos profissionais brasileiros soluções totalmente abrangentes,” comemora Gonzalo Lissarrague, diretor presidente da Thomson Reuters América Latina.

Segundo Lissarrague, a Thomson também investirá no desenvolvimento de novas soluções voltadas para o cumprimento de obrigações fiscais indiretas inovadoras com a Systax, gerenciada pelos antigos donos da FiscoSoft.

Com a compra, a Thomson Reuters também agrega ao portfólio notícias, recursos de pesquisa, cursos à distância e presenciais sobre legislação fiscal e trabalhista, já ministrados pela FiscoSoft.

A FiscoSoft tem 20 mil clientes ativos e 500 mil usuários que recebem semanalmente boletins informativos sobre o ambiente fiscal e tributário.

Com taxas anuais de crescimento em torno de 30%, a companhia tem mais de 180 colaboradores, entre eles advogados e contadores, que atendem a cerca de 20 mil clientes.

A lista de atendidos abrange desde grandes corporações até empresas de consultoria e escritórios de advocacia e contabilidade.

Já a Reuters soma 55 mil empregados no mundo e faturamento de US$ 13,8 bilhões em 2011.

segunda-feira, 19 de março de 2012

O Conselho Regional de Contabilidade da Paraíba (CRC-PB) realiza dia 31 de março, mês da mulher, o IV Encontro Paraibano da Mulher Contabilista, que acontece no Verdegreen Hotel, localizado na praia de Tambaú, em João Pessoa.

O evento tem como tema “A Evolução da Mulher Contabilista – Ocupando Seus Espaços”, e objetiva realizar um amplo debate sobre o papel da profissional contábil na sociedade.

Pela manhã haverá apresentação de uma atração cultural e do ‘Programa de Voluntariado do Conselho Federal de Contabilidade (CFC)’. À tarde será oferecido um coffe-break e serão ministradas duas palestras. Na primeira, a psicóloga Socorro Formiga deve abordar o tema: “Universo Feminino: A arte de superar desafios” e na segunda, a contadora Clair Leitão, abordará o tema: “O Novo Perfil da Mulher Contabilista”.

Na oportunidade, também será apresentada a Comissão Estadual da Mulher Contabilista na Paraíba. A jornalista Beth Menezes, a empresária contábil Hayley Misael, a médica Joana D’Arc Frade, a advogada Carmem Isabel e a contadora e também vereadora Elisa Virgínia devem prestigiar o evento como debatedoras.As inscrições serão realizadas apenas no CRC-PB que fica localizado na Rua Rodrigues de Aquino, 208 – centro, das 8h às 12h, e das 13h às 17h e custam R$ 40,00 para profissional e R$ 20,00 para estudante.

Fonte e informações:
Assessoria de Comunicação do CRCPB
Email: ascom@crcpb.org.br
Siga o CRCPB no Twitter: @crcparaiba
Visite o nosso site: http://www.crcpb.org.br/portal/

domingo, 18 de março de 2012

De forma bem didática (e até divertida) Ross, Westerfield e Jaffe (2002) explicam o conceito de mercado eficiente:

Um estudante estava andando pelo corredor com seu professor de finanças quando ambos viram uma nota de $ 20,00 no chão. O estudante curvou-se para apanhá-la, mas o professor balançou a cabeça lentamente e, com uma expressão de desapontamento em seu rosto, disse pacientemente ao estudante: não se incomode. Se estivesse realmente aí, alguém já a teria apanhado.





Lembrando que ganhar dinheiro não é uma tarefa fácil, principalmente em um mercado de capitais eficiente, vou explicar melhor o porquê dessa "estorinha".

Algumas pessoas, na ânsia por melhorar seu padrão de vida, buscam alternativas duvidosas para alcançar tal meta. Essa semana foi divulgado um fato que me fez lembrar dessa passagem do livro de Ross, Westerfield e Jaffe.

Um analista de sistemas mudou sua residência para um condomínio residencial de alto nível, para passar a ideia de que estava muito "bem de vida" para os seus ex-colegas de trabalho e outras pessoas. Com isso (pessoas com alto padrão de vida são sempre confiáveis né?) ele conseguiu oferecer seus serviços de gerenciamento de fundos de ações para aproximadamente 400 pessoas, promentendo rentabilidade mensal de 10%.

Ora, 10% ao mês é uma ótima rentabilidade. Eu deixaria de trabalhar um pouco só para gerenciar meu dinheiro com essa rentabilidade! Então por que não confiar meu suado dinheiro a um colega disposto a nos ajudar?

Pelo simples fato de que se ganhar dinheiro fosse fácil, tudo mundo ganharia. Se descobrir padrões em um mercado eficiente fosse fácil (desconfio da possibilidade disso, inclusive... pela HME) todo mundo descobriria. Mas levando pelo lado dos padrões, se isso fosse possível e alguém descobrisse, muito provavelmente deixaria de ser uma novidade, pois a notícia se espalharia de forma que não seria mais uma novidade, impossibilitando os investidores de a usarem para obter retorno anormal.

Para finalizar, lembro de uma coisa que um professor meu, de finanças, sempre diz: se essas pesquisas ou modelos funcionassem, de fato, nós não publicaríamos. No dia que alguém descobrir algo que funcione, ele não irá publicar até ter ganhado muito dinheiro com isso.

Não acreditem em ótimas ofertadas de rentabilidade, principalmente na renda variável.

Quem não conhece o caso pode ler mais clicando aqui.






ATUALIZANDO - 08/10/2013

Mais um caso desse tipo, agora no RS.

Por favor, caros leitores!! Isso é muito batido. Ganhar dinheiro não é fácil.

sábado, 17 de março de 2012

Divulgando mais uma pesquisa:

Meu nome é Polyanna de Arruda Torres, sou aluna do Programa de Pós-Graduação em Administração-PPGA da Universidade Federal da Paraíba-UFPB e, juntamente com a minha orientadora, a Profa. Dra. Rita de Cássia Faria Pereira, estou desenvolvendo um estudo sobre tipos de consumo e felicidade. Pedimos que você responda a esse questionário, ressaltando que você não será identificado de forma alguma, assim como os resultados não serão utilizados de modo individual. Logo, apresentaremos uma série de afirmações sobre consumo para que você as avalie. O questionário está dividido em três partes, portanto, será necessário que você pressione o botão "continuar" no final da página para prosseguir. Desde já, agradecemos a sua colaboração! Caso tenha alguma dúvida sobre a pesquisa, favor contatar as pesquisadoras: polyannatorres@hotmail.com e rita.pereira@pq.cnpq.br

Para acessar o questionário, clique aqui.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Esse texto foi escrito por Rodrigo Leone, filho do professor Guerra Leone, que fala sobre aquilo que os Professores (será?) não cansam (ver mais aqui) de dizer aos seus alunos: fornecer informação de qualidade é essencial para que os tomadores de decisão possam manter sua entidade em continuidade.

Quando eu discuto isso com meus alunos, sejam eles de contabilidade internacional ou gerencial, sempre utilizam o mesmo argumento (principalmente aqueles que trabalham em empresas contábeis "tradicionais"): Felipe, o problema é que os usuários, donos ou gestores das empresas, não querem saber de contabilidade, querem saber apenas o montante de tributos e a folha de pagamento.

Por experiência própria, eu refuto esse argumento. O usuário não sabe, em sua essência, o poder que a Contabilidade (não contabilidade), por meio da informação contábil-gerencial, tem para auxiliar na tomada de decisão.

Quando você mostra ao usuário as informações que você pode fornecer, você percebe que, de fato, seu trabalho não era valorizado porque sua informação não era útil. Não servia para o tomador de decisão tomar decisões. Não servia para ele ter uma maior lucrativade. Ou seja, não servia para nada.

Alguns economistas e psicólogos dizem que as pessoas são movidas por suas motivações (ver, por exemplo, o Freakonomics). E o que motiva mais um empreendedor, especulador, empresário ou outro usuário da informação do que a vantagem que ele terá obtendo maior lucro?

 Se o usuário da sua informação não valoriza o seu trabalho, motive-o. Forneça informação útil e de qualidade. Aí você perceberá a diferença.

Abaixo está o texto comentado no início do post.

É impossível gerenciar aquilo que você não mede

O título desse texto é um velho adágio da administração e o que ele diz parece óbvio.

Entretanto, nem todos põem essa obviedade em prática e administram suas empresas na base da intuição, sem indicadores e sem parâmetros para, no mínimo, orientar suas decisões.

Não quero dizer aqui que a intuição não é importante. Claro que é. Mas chega um momento em que planejamento e controles são imprescindíveis.

Precisamos de planejamento para nos levar de onde estamos até nossos objetivos. Precisamos de controles para avaliar os avanços e nos manter próximos ao que foi planejado.

Precisamos de medições para planejar e controlar. Não é possível planejar, se você não tem um diagnóstico da sua situação atual, nem a medida exata daquilo que você quer atingir. Não é possível controlar, se você não estabelece indicadores de medição de desempenho e base de comparação.

Mas é claro que as medições devem fazer sentido e precisam se apoiar em dados confiáveis e coletados corretamente.

No tocante às pequenas e médias empresas, acreditamos que é possível gerenciar satisfatoriamente as finanças com um método que implemente e leve em conta: acompanhamento do fluxo de caixa, demonstrativo do resultado mensal do exercício, balanço patrimonial trimestral, orçamentos mensal e anual e formação de preços.

Fonte: Portal do Franchising

quarta-feira, 14 de março de 2012

           CONVITE



O Mestrado em Ciências Contábeis, da UFPE, estará recebendo, na próxima semana, o Professor Christopher William Anderson, da University of Kansas.

Ele participarÁ de atividades acadêmicas junto ao nosso Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis.

Ele proferirá duas palestras.

PALESTRAS DO PROFESSOR CHRISTOPHER WILLIAM ANDERSON
Data
Dia da Semana
Sala/ Auditório
Atividade
20/3/2012
Terça-feira
Anfiteatro do CCSA

19:00 – Palestra sobre a importância da informação contábil para o desenvolvimento do mercado de capitais (voltada para alunos de graduação do CCSA).
22/3/2012
Quinta-feira
Auditório do CCSA
19:00 – Palestra sobre oportunidades de intercâmbio para pesquisa e ensino em Contabilidade e Finanças, nos Estados Unidos (voltada para alunos de pós-graduação e alunos de graduação).
OBS: As palestras serão em Português, uma vez que o Prof. Anderson já morou no Brasil e tem razoável domínio da língua portuguesa.



O Professor Anderson desenvolve pesquisas e realiza consultorias nas áreas de finanças corporativas, finanças internacionais e investimentos do mercado imobiliário.

Ele tem publicado em vários periódicos acadêmicos de prestígio, como o Journal of Finance, Journal of Real Estate Finance & Economics e o Journal of Finance Economics. Ele fala português e espanhol e trabalhou como analista financeiro no Rio de Janeiro, além de ter atuado como profissional e acadêmico no Chile e no Equador.

segunda-feira, 12 de março de 2012




EFFICIENT CAPITAL MARKETS: II

Fama nesse trabalho faz uma nova revisão de literatura sobre eficiência do mercado, 20 anos após a sua primeira revisão de literatura acerca do tema. Dessa vez o autor diz que o trabalho de se revisar a literatura sobre o tema é mais difícil, visto que a literatura está muito mais ampla do que na década de 1970. Como não é possível revisar toda ou a maior parte dos trabalhos relacionados ao tema, o autor se propõe a discutir os principais trabalhos da área.

No contexto da primeira revisão de literatura feita por Fama, em 1970, a eficiência do mercado só poderia ser testada se houvesse um modelo de precificação que dissesse que as informações estão corretamente refletidas no preço das ações. Com isso, quando se encontravam anomalias do mercado, não tinha como se avaliar se eram em decorrência da ineficiência do mercado ou erro de precificação do modelo utilizado.

Quanto às categorias de eficiência de mercado propostas no estudo de 1970 (forma fraca, semiforte e forte), Fama agora muda essa classificação. Quanto à forma fraca, não mais é composta apenas por preços históricos, mas por diversos outros fatores que o autor diz estarem ligados à “previsibilidade do retorno”. Quanto às outras formas de eficiência do mercado, o autor propõe apenas mudança no “título” da forma. Para os testes da forma semiforte, o autor diz que tem preferência por testes de “estudo de eventos”; já para a forma forte o autor diz ficar melhor utilizar um título mais “descritivo”: testes de informações privadas.

Para cada uma das três hipóteses, o autor faz uma nova revisão da literatura. Em relação ao trabalho passado, a diferença, no que tange à “previsibilidade do retorno” é que no trabalho anterior a análise dos papers mostrava apenas os estudos em relação ao passado, nesse encontram-se diversos estudos utilizando as variáveis históricas para previsão. Na forma semiforte, houve um grande aumento das pesquisas utilizando “estudos de eventos”; os autores dizem que isso se deveu ao fato de que foram desenvolvidos bons computadores que são ferramentas essenciais para a aplicação da metodologia e o banco de dados do CRSP (no Brasil temos o Economática, por exemplo), que possibilitou também a aplicação dos estudos de eventos. Quanto à forma forte, aqui chama de “testes para informação confidencial”, na época do primeiro estudo, apenas dois trabalhos haviam sido publicados relacionados a esse tema; hoje diversos papers estão disponíveis para pesquisa, relacionando, por exemplo, maior rentabilidade dos insiders, pois eles detém informações relevantes que ainda não foram disponibilizadas ao mercado.


O autor encerra o estudo fazendo um resumo dos “resultados” encontrados durante a sua revisão de literatura e dizendo que pode-se esperar uma “história coerente que relaciona as propriedades de cross-section de retorno esperado para a variação do retorno esperado ao longo do tempo, e relaciona o comportamento dos retornos esperados para a economia real em uma forma bastante detalhada. Ou podemos ter esperança de nos convencer de que nenhuma história é possível”.

 Referência: FAMA, Eugene F. Efficient Capital Markets: II. The Journal of Finance, v. 46, n. 5. pp. 1575-1617, dec., 1991.

Leia mais sobre a série de posts sobre Finanças: 

domingo, 11 de março de 2012

Esse evento ocorre de forma virtual. Você tem a opção de filmar a apresentação e enviar o vídeo, ou preparar os slides e gravar o áudio nele.

Após algumas semanas com as apresentações disponíveis no site, há alguns dias para debate dos trabalhos, entre os participantes, com um coordenador em cada sala de debate.

A iniciativa é muito boa, apesar da participação ainda não ser tão efetiva dos que se inscreveram. Porém, para trabalhos de graduação é uma boa maneira de apresentar seus trabalhos para um número grande de pessoas, de vários estados, visto que o custo de participação é muito baixo. Além de dar início à formação de net working.

Segue a chamada de trabalhos:


O IX CONVIBRA – Congresso Virtual Brasileiro de Administração será realizado de 23 a 25 de novembro de 2012. A data limite para submissão de trabalhos é 6 de julho de 2012.

Para obter mais informações, acesse o site www.adm.convibra.com.br

Por favor, divulgue aos seus colegas e alunos.

Atenciosamente

Alessandra Rinaldi
Secretária Geral

João Pessoa sediará, entre os dias 4 e 6 de junho/2012, o IV Seminário Brasileiro de Perícia Contábil e XII Seminário Nacional de Documentoscopia.

O evento acontecerá no Hotel Caiçara e as inscrições variam entre R$ 100,00 e R$ 400,00. A primeira faixa de inscrições se encerra no dia 18 de maio.

Maiores informações no site do evento (aqui).

quinta-feira, 8 de março de 2012

Problemas existem nas melhores famílias.



A adoção do padrão contábil internacional IFRS trouxe maior volatilidade às demonstrações financeiras de companhias de setores regulados como o de energia elétrica e o de concessão de gás. Com isso, a análise baseada em múltiplos (P/L ou FV/EBITDA) e a distribuição de dividendos ficam penalizadas. Veja o caso da Comgas.



Anteriormente, o incremento de algumas despesas derivado da aquisição da energia dolarizada de Itaipu e do maior uso de energia térmica, por exemplo, não impactava diretamente as demonstrações de resultado do exercício (DRE). O incremento da despesa era contabilizado no ativo regulatório não transitando pela DRE em um primeiro momento. O lucro das companhias era mais estável e, com isso, o cálculo dos dividendos também. Esse aumento do dispêndio afetava o caixa das companhias, mas a restituição só ocorria no reajuste tarifário.



Sob o IFRS, essas despesas não são mais contabilizadas como ativo regulatório, indo diretamente para o resultado. As oscilações que antes eram restritas à geração de caixa, agora também afetam o resultado e com isso os dividendos calculados podem apresentar maior volatilidade.



Para mostrar como os efeitos do IFRS tornam o resultado mais volátil e prejudicam a análise por múltiplos é importante observar o caso da Comgas, concessionária de distribuição de gás no Estado de São Paulo. Relatório do analista Márcio Prado, da Santander Corretora, é bastante didático sobre o assunto. Em 2011, com o incremento do custo do gás, o EBITDA (medida simplificada da geração de caixa) foi fortemente impactado sob os princípios do IFRS. O EBITDA de 2011 da companhia alcançou R$ 716 milhões, enquanto o indicador teria atingido R$ 1.008 milhões caso o reajuste tarifário tivesse sido concedido em 2011. Uma diferença relevante de 41%. Esse incremento de custo será compensado ao longo de 2012 com o ajuste da tarifa aprovado em dezembro passado. Assim os múltiplos 2011 da Comgas sob a ótica do IFRS foram bem elevados – FV/EBITDA de 9,9x e P/L de 24,9x. Contudo, após o ajuste das tarifas, os múltiplos de 2012 tendem a ser mais atrativos – FV/EBITDA de 6,2x e P/L de 9,5x. Um analista de mercado que baseasse suas análises sobre os múltiplos de 2011 teria considerado as ações de Comgas caras, o que teria sido um erro, pois o reajuste a ser concedido compensaria o incremento do custo. Para entender melhor o múltiplo FV/EBITDA, veja post ``Como ler o múltiplo FV/EBITDA?`` de 15/09/2011.



A Santander Corretora está otimista com as ações de Comgas. Além do incremento substancial do EBITDA e lucro em 2012, as ações de Comgas negociam com desconto em relação às do setor elétrico quando se leva em conta o múltiplo FV (``firm value``) sobre ativo regulatório. Enquanto as ações de Comgas estão cotadas a 1,2x FV/ativo regulatório, a média do setor elétrico está em 1,5x. Segundo Prado, esse desconto não é merecido, pois o retorno real do contrato da Comgas é de 9,55% a.a., maior do que o retorno regulatório das geradoras e distribuidoras, de 7,5% a.a.. Com isso Comgas tende a ser mais rentável do que as companhias elétricas. Outro ponto positivo é que a administração da companhia já anunciou a migração para o Novo Mercado o que tende a trazer maior visibilidade para a companhia. O potencial de valorização para as ações preferenciais (CGAS5) é de 26% tomando por base o preço alvo do Santander e a cotação de fechamento de 06.03.11.

Fonte: Valor Econômico

Confiram a seguir os novos horários de negociação da Bolsa a partir de segunda-feira, dia 12/03.


Segmento Bovespa

1) Pregão regular – haverá sessão contínua de negociação das 10h às 17h, sendo:
a) das 9h45 às 10h – fase de pré-abertura;
b) das 16h55 às 17h – call de fechamento.

2) After-Market
a) das 17h30 às 17h45 – fase de pré-abertura;
b) das 17h45 às 19h – fase de negociação.

3) Exercício de opções
Dias anteriores ao vencimento: das 10h às 16h para bloqueio e exercício;
Dia do vencimento: das 10h às 11h30 somente bloqueio e das 11h30 às 13h para exercício.


Segmento BM&F

O início da pré-abertura ocorrerá às 8h55 e início da fase de negociação às 9h.
Contrato futuro de Ibovespa – das 9h às 17:30
Contrato futuro de Dólar – das 9h às 18h

Chat pré abertura
Funcionamento a partir das 10h

Fonte: Retirado do site da Corretora Spinelli


COMMON RISK FACTORS IN THE RETURNS ON STOCKS AND BONDS

Este trabalho de Fama e French (1993) se propõe a identificar cinco fatores de risco comuns no retorno das ações e de bonds. Os autores testam três fatores ligados ao mercado de ações, sendo um fator mais geral e fatores relacionados com o tamanho da empresa (market value of equity – ME) e a relação do valor contábil e valor de mercado do PL (book to market equity – BE/ME). Quanto ao mercado dos títulos do governo ou empresariais (bonds), os autores testaram dois fatores, ligados ao vencimento e ao risco de perda por não recebimento (default risk). O retorno das ações tem variações devido a fatores do mercado de ações, e estes fatores estão ligados ao retorno dos bonds através das variações comuns no mercado de bonds. Exceto para empresas low-grade (aquelas pouco confiáveis), os fatores do mercado de bonds capturam as variações comuns no retorno dos bonds.

Baseado em evidências que apontam que algumas variáveis que não têm “ligação especial” com a teoria de precificação de ativos e que mostraram significância estatística (ME; BE/ME; E/P e.g.) e os betas como sendo relacionados com os retornos do mercado. Com base nisso, Fama e French (1992a) estudaram em conjunto os betas de mercado, ME, E/P, alavancagem e book-to-market equity no cross-section da média de retorno das ações. Eles encontraram que o beta, usado sozinho ou em conjunto com outras variáveis, possui pouca informação sobre retornos médios. Usados sozinhos, ME, E/P, alavancagem e BE/ME possuem poder explicativo. O valor de mercado (tamanho - ME) e o BE/ME aparentemente cumprem a função da alavancagem e do E/P, nos retornos médios. Os autores concluem que as variáveis ME e BE/ME fazem um bom trabalho na explicação dos retornos médios das empresas listadas na NYSE, AMEX e NASDAQ, entre 1963-1990. Porém o estudo analisado aqui amplia esse trabalho anterior de Fama e French.

Os autores dividiram as variáveis explicativas em dois grupos, ambos provavelmente seriam importantes para as ações e para os bonds. Isso possibilitou os autores a testar se fatores importantes para o retorno das ações ajudam a explicar o dos bonds e vice-versa. Com base nisso, eles fizeram os testes e chegaram às suas conclusões.

Um ponto que chamou atenção, por ser interessante, do trabalho é que, no final, os autores deixam algumas “interpretações e aplicações” e finalizam com algumas “questões abertas”, como propostas para pesquisadores no futuro. As interpretações dizem respeito a uma espécie de resumo dos resultados que foram encontrados na pesquisa, isso facilita a leitura dos resultados. A seção de “interpretações e aplicações” é finalizada com algumas sugestões de aplicações, tais como: seleção de carteiras e mensuração dos retornos anormais.

Os autores finalizam com as limitações e questões deixadas em aberto. O principal, que eles chamaram de “mais gritante” foi quanto a relação dos retornos com o ME e BE/ME, porque a escolha dessas variáveis se deu pela experiência empírica dos autores e não por uma base teórica. Com isso, eles dizem que a escolha de “qualquer versão particular dos fatores é algo arbitrário”. Isso intriga muitos pesquisadores até hoje.

Será que eles descobriram isso aleatoriamente? Será que foi com base na experiência deles de mercado, como investidores ou conversando com outros investidores. Talvez tenha sido.

Finalizando o post, isso me fez lembrar de uma leitura que fiz (fugindo do objetivo do post) que evidenciava que boa parte dos achados de pesquisas relevantes para a humanidade são devidos ao acaso. São exemplos disso: insulina, penicilina, viagra, o velcro, entre outros (Veja mais aqui e aqui).

Os dados de Fama e French podem ser acessados por meio do site de French: clique aqui.


Referências
FAMA, Eugene F.; FRENCH, Kenneth R.. Common Risk Factors in the Returns on Stocks and Bonds. Journal of Financial Economics. v.33, p.3–56, 1993.

FAMA, Eugene F.; FRENCH, Kenneth R. The Cross-Section of Expected Stock Returns. Journal of Finance. v.47, p.427–465, 1992.


Leia mais sobre a série de posts sobre Finanças: 

quarta-feira, 7 de março de 2012

No início do ano eu (na falta do que fazer para o trabalho final da disciplina de Tópicos Contemporâneos em Contabilidade) comecei a avaliar algumas metodologias para aplicar em trabalhos na área de contabilidade, gerando um post aqui no Blog (Estudos Bibliométricos, foi um dos visualizados e gerou um bom feedback dos nossos leitores).

Aquele post sobre trabalhos bibliométricos deveria ser, e foi, o início de uma série de posts sobre metodologias "bibliométricas" e "cienciométricas" de pesquisa aplicadas à Contabilidade e Finanças.
 Nesse post de hoje falaremos sobre Análise de Redes Sociais - ou ARS (não, não estou me referindo ao Facebook, twitter, orkut, research gate, linkedin ou outra rede social dessas).

A ARS é uma metodologia de pesquisa relativamente nova, pelo menos na nossa área, que foca nas relações entre os entes da "sociedade" e os padrões e implicações dessas relações (Fonte). Ou seja, a partir da “sociedade” analisada, pode-se inferir sobre os padrões de relacionamentos entre ela, buscando explicar alguns comportamentos. Essas relações são apresentadas por meio de grafos (os “gráficos” são chamados de “grafos”, em forma de teia de aranha) e indicadores de centralidade, intermediação, entre outros.

Como esse post é apenas uma introdução à ARS, a apresentação das medidas utilizadas nessa metodologia e os softwares específicos para isso serão apresentados em postagens futuras.

Richardson (Fonte) diz que a “ARS é baseada na ideia de que o poder e influência nos grupos é exercido por ligações entre membros e que a posição de um indivíduo em, e a estrutura de, uma rede de ligações pode ser usada como previsão da dinâmica do grupo ou relações individuais”.

Como exemplos de aplicações da ARS, podemos citar as interações entre os traficantes de um determinado local com os de outros locais, com o objetivo enxergar padrões de atuação; o relacionamento entre os membros de conselhos administrativos de empresas fraudulentas com seus auditores; bem como a relação entre autores que publicam em determinados periódicos e os seus respectivos editores.

APLICAÇÃO DA ARS NA PESQUISA CONTÁBIL
Machado, Nascimento e Murcia (Fonte) descreveram a produção científica na área ambiental e social, no Brasil. Os autores analisaram 80 artigos apresentados nos principais eventos da área, encontrando um montante de 422 trabalhos de autoria dos 157 autores da amostra utilizada, o que dá uma média de 5 citações por artigo, entre outros achados. A relação entre os autores foi expressa por meio do grafo abaixo:

Já no seu trabalho, Rosa et al (Fonte) , analisaram as relações entre os autores que mais publicavam e os que mais eram citados, na área de gerenciamento de resultados. Os autores encontraram uma rede um pouco menos interligada que a anterior, conforme grafo abaixo:
Quando acontece tal fato, pode-se atestar e analisar a existência de colégios invisíveis, ou virtuais. Essa análise é mais comum com Instituições de Pesquisa, onde podemos observar que Instituições em países ou em áreas diferentes, por exemplo, pesquisam em conjunto, mesmo não estando no mesmo ambiente físico. Esse fenômeno é importante para o desenvolvimento da pesquisa, pois pode-se considerar em um mesmo trabalho experiências geográficas e acadêmicas distintas.

APLICAÇÃO DA ARS NA DESCOBERTA DE CRIMES
Nessas duas últimas seções desse post eu irei falar sobre essas aplicações de uma maneira lúdica, utilizando filmes como exemplos.

O primeiro caso é o do filme Sherlock Holmes: o Jogo das Sombras (veja mais sobre o filme aqui). 

Nesse caso, quando Watson chega à casa de Holmes, ele se depara com algo que parece ser mais uma loucura do detetive, porém, com a devida explicação e com o decorrer dos fatos, a teia criada por Holmes parece fazer sentido. Aquela teia utilizada pelo detetive nada mais é do que uma forma muito rudimentar de se fazer ARS, conforme vocês podem averiguar nos vídeos abaixo:


APLICAÇÃO DA ARS NA DESCOBERTA DE CONSPIRAÇÕES
O segundo caso lúdico da ARS é de um dos filmes mais inspiradores que eu já assisti: Uma Mente Brilhante (veja mais sobre o filme aqui). 

O Professor Nash, após achar que poderia deixar de tomar seus medicamentos contra esquizofrenia, volta ter contato com seus “amigos invisíveis” (talvez de algum “colégio invisível”) que o falam sobre uma possível conspiração. Nash, com toda a sua inteligência utilizada para enxergar padrões em tudo, principalmente em jornais, começa a fazer uma coletânea de trechos dos jornais da época, objetivando achar mensagens dos inimigos de seus país. Isso com a ARS, claro. 

Confira o vídeo abaixo:

Atualizando: dia 01/07/2013.
Estou acompanhando uma série nova, chamada Hannibal, lá eles têm usado as redes sociais para descobrir crimes. No episódio 2 e 4 podemos ver isso. No momento não tenho vídeos sobre eles.

Se os leitores do Blog souberem de mais aplicações da ARS em filmes, peço o favor de nos comunicar. Dessa forma poderemos atualizar o post. Obrigado!

Obs.: percebam que eu evitei ao máximo falar muito sobre os filmes para evitar dar respostas aos que ainda não assistiram.