maio 2013 - Blog ContabilidadeMQ

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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Boa tarde, pessoal! Como eu disse anteriormente, está aberta a temporada de questionários. Dessa vez eu venho divulgar um questionário meu.

Essa pesquisa é sobre avaliação de ações. Pessoas de todas as áreas de formação podem responder a este questionário - especificando qual é a sua área de formação: se é aluno, professor ou outros tipos de profissionais.

Ao término da coleta dos dados eu farei uma doação de R$ 300,00 (é pouco, mas a vida de estudante que tem aula em outro estado é um pouco cara, então foi o que deu para fazer neste momento) para a ABRACC. A doação será feita no nome da pessoa que mais se aproximar do valor das ações (se você não quiser divulgar seu nome, basta deixar o espaço do email em branco).

Ficarei extremamente agradecido se você puder responder e divulgar entre seus amigos e professores, pedindo para que eles respondam e também divulguem com os alunos e professores deles.

Segue o link do questionário: clique aqui.

Muito obrigado!!

Prezado Sr.(a)

Pedimos sua colaboração em participar da pesquisa de Tese de Doutorado do Programa Multi-institucional e Interregional em Ciências Contábeis - UnB/UFPB/UFRN que, sob a orientação do Professor Dr. Anderson Luiz Rezende Mól, objetiva propor um modelo estrutural de aversão à perda em investimentos financeiros.
A pesquisa se destina a estudantes de graduação e graduados em qualquer área de conhecimento. Como estímulo, após responder o questionário completamente, você concorrerá a um TABLET SAMSUNG GALAXY TAB 2 GT-P3110. 
Para acessar o sitio em que o questionário está abrigado click no link a seguir do Google Docs (o website é seguro, pertence ao grupo Google).


Clayton Levy Lima de Melo
Doutorando em Ciências Contábeis pelo PMIPCC UnB/UFPB/UFRN
Professor Assistente da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Prof. Dr. Anderson Luiz Rezende Mól
Orientador. Professor do Programa Multi-institucional e Interregional de Pós Graduação em Ciências Contábeis UnB/UFPB/UFRN
Professor Adjunto da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

No meu pouco tempo de pós-graduação e participação em congressos (congressos de verdade, não esses congressos com palestras para apenas dar dinheiro aos organizadores - que são execrados por mim) tenho visto pouca (ou nenhuma) interação entre os autores e demais participantes. Às vezes encontramos alguém que tem interesse em colaborar gratuitamente com a sua pesquisa, às vezes encontramos alguém que quer entrar como autor na sua pesquisa, às vezes encontramos alguém que quer apenas falar qualquer coisa, às vezes encontramos alguém que quer apenas dizer que seu trabalho não presta (esses aparecem com mais frequência, infelizmente). Contudo, o objetivo dos congressos é discutir ideias para melhorar a produção científica e trazer benefícios para a sociedade - que é quem paga, na maioria das vezes, pela nossa produção.

Mas antes de pensar nisso, eu sempre me questionava: por que os artigos dos EUA, Europa e até de países que estão no "mesmo nível" que o Brasil são tão melhores que os nossos artigos, em média?! Por que, em média, nós apenas replicamos os europeus e estadounidenses? Por quê?!

Tenho pensado em algumas possíveis respostas para esse meu questionamento. Segue o embasamento:
  1. Não há debate nos congressos - com raríssimas exceções. Um exemplo da exceção é o Congresso da ANPCONT que eu fui ano passado e gostei muito, com diversos pesquisadores dando contribuições muito boas às pesquisas alheias. Outros congressos nós não encontramos professores e pesquisadores, apenas pós-graduandos e graduandos, e também não encontramos muita participação (eu apresentei um artigo em uma das últimas sessões de um congresso e na sala só tinha eu, o grupo de pesquisa do qual eu faço parte, o debatedor e dois ou três profissionais do mercado). Uma outra decepção que eu tive foi em um congresso virtual (a ideia é muito boa: um congresso virtual!! Como ninguém pensou nisso antes?!!?), pois quase não havia participação no debate e eu esperava que houvesse, por ser virtual.
  2. Os congressos apenas aceitam artigos inéditos. Sobre isso, felizmente, o Congresso da USP está tentando dirimir esse problema. Esse é um problema gravíssimo, uma vez que se você tiver outras ideias para melhorar o seu trabalho, você terá que submeter direto a um periódico (o artigo inicial) e escrever um outro artigo depois. Isso também nos impede de usar a SSRN para captar colaborações de pesquisadores interessados em nosso tema de pesquisa (uma vez submeti um artigo a uma revista e por ter sido apresentado em congresso o avaliador [SIC!!] disse que não era original, imagine na SSRN). Essa é uma falha gravíssima dos nossos congressos e que poderia ser ajustada facilmente. Nos congressos internacionais você pode submeter seu artigo mais de uma vez, isso faz com que a qualidade da pesquisa aumente. Felizmente temos a USP aqui no Brasil (e a FUCAPE, se não me engano também faz isso, até há mais tempo).
  3. O debate entre o autor e o revisor é muito restrito. As revistas deveriam ter uma espécie de chat para que pudéssemos nos comunicar com os revisores. Isso melhoraria a qualidade da pesquisa e ainda aceleraria o processo de publicação. Mas reconheço que essa é um pouco mais difícil de ser implantada.
  4. Não há debate entre os autores e outros pesquisadores da mesma área. Isso acontece com uma certa frequência nos journals mais relevantes do mundo. O autor submete seu artigo, ele é aprovado. Até aí o funcionamento é normal. O que acontece após isso é o que eu acho muito interessante. Alguém lê o seu artigo e escreve um outro artigo, como se fosse um debate, porém esse artigo é bem curto (e.g. umas seis páginas) e irá tecer algumas críticas e questionamentos sobre o seu artigo já aprovado. Após isso, o autor do artigo original tem a oportunidade de responder ao seu debatedor. Isso é muito interessante e a partir da leitura desse debate você poderá pensar em vários outros problemas de pesquisa, de modo a complementar a pesquisa original. Todos os três artigos são publicados na mesma edição do journal.
Com base nesses 4 pontos (e diversos outros que outras pessoas poderiam pensar) nós poderíamos melhorar a produção científica aqui no Brasil. Qual é a dificuldade de se debater ideias? Nos congressos, eu acredito que tudo é muito corrido, mas poderia haver o estímulo aos participantes lerem os trabalhos, convidando mais pessoas a serem debatedoras dos artigos (fornecendo certificados a eles). Isso seria muito bom para as nossas pesquisas.

Observação: não sei como funciona nas outras áreas, falo apenas da minha.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Aproveite o feriado para melhorar o seu currículo. Confira aqui alguns cursos oferecidos pela CVM (online). Dentre as opções estão:

  1. Estudo das noções básicas do planejamento financeiro pessoal; elaboração de orçamento pessoal; reflexão sobre investimento e poupança; orientação sobre investimentos.

  2. Estudo dos conceitos básicos de investimento; análise sobre risco e rentabilidade;conhecimento dos tipos de investimento; orientação sobre direitos e deveres do investidor; estudo dos problemas mais comuns nos mecanismos de proteção ao investidor.


  3. Reflexão e estudo sobre conceitos básicos como sociedade anônima, companhia aberta e fechada, capital social, valores mobiliários e CVM; conhecimento das obrigações, deveres e direitos dos acionistas minoritários de companhias abertas.

  4. Orientação sobre conceitos básicos de matemática financeira; análise de situações cotidianas; comparação entre juros simples e compostos.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Em janeiro de 2013 o IASB publicou Exposure Draft/2013/01 (o ED é um rascunho da norma internacional, que deverá ser avaliado pelos usuários dessa norma) sobre Recoverable Amount Disclosures for Non-Financial Assets [1] (clique aqui para acessá-lo). Essa mudança (inclusão do item) foi motivada pelo desenvolvimento da IFRS 13, que trata de valor justo.

Segundo o site do IASB/IFRS Foundation (clique aqui), essa mudança na IAS 36 deixa claro que a o disclosure dos itens relacionados ao ED/2013/01, que agora estão na norma, é limitado ao montante (valor) recuperável dos ativos "testados" por impairment, com base no valor justo menos o seu custo de venda ("cost of disposal").

Essa modificação será aplicada nos períodos iniciados em 01/01/2014, porém as empresas que já utilizam a IFRS 13 podem também aplicar essa modificação antes de 2014.



Para mais informações sobre a IAS 36, acesse a sua página oficial clicando aqui.

Para informações mais detalhadas sobre essa modificação, clique aqui.

O Professor Dr. Jorge Scarpin está com um projeto bem interessante, postando aulas de contabilidade em vídeo. Esses vídeos podem ser acessados em sua página no Youtube (clique aqui). Dentre as aulas já postadas estão "Ajuste a Valor Presente", "Custos fixos e variáveis", "Contabilização do ativo imobilizado" etc.

Para acessar o blog "Contabilidade, Finanças e Atualidades", também mantido pelo professor, clique aqui. Em 2010 seu blog foi o Top 3 de Economia, pelo júri popular.

Os "Cadernos CVM" tratam de diversos assuntos importantes para os investidores. Todos eles são distribuídos gratuitamente em pdf.

Segue a lista atualizada até o dia 28/05/2013:

Caderno 1: O que é a CVM [Download PDF]

Caderno 2: Os Serviços de Custódia e de Ações Escriturais [Download PDF]

Caderno 3: Fundos de Investimento [Download PDF]

Caderno 4: Fundos de Invesimento FGTS [Download PDF]

Caderno 5:
Negociações On Line [Download PDF]

Caderno 6: Fundo de Investimento Imobiliário [Download PDF]

Caderno 7: Mercado de Balcão [Download PDF]

Caderno 8: Principais Direitos dos Acionistas Minoritários [Download PDF]

Caderno 9: Mercados de Derivativos [Download PDF]

terça-feira, 28 de maio de 2013

Caros leitores, peço que colaborem com a pesquisa do Professor João Marcelo. Segue o email recebido dele:

Prezado(a) Amigo(a),

Sou João Marcelo, doutorando do Programa Multi Institucional e Inter-Regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis UnB/UFPB/UFRN, orientado pelo Prof. Dr. César Augusto Tibúrcio Silva.

Precisamos muito contar com sua colaboração. Primeiramente, solicitamos que participe de uma pesquisa que estamos desenvolvendo, através do link abaixo. Aproveitando, rogamos que contribua divulgando este estudo com seus contatos. 

A pesquisa é desenvolvidada na plataforma Google Docs e contém um vídeo num link do Youtube para ser assistido durante a pesquisa. Estimamos que sua resposta demore aproximadamente 15min. 


Segue o link para a pesquisa: https://docs.google.com/forms/d/1f2GRpCwxI9uFDZXAcFLKwqaF3mskmJumk3ThRu-KD-Q/viewform

Aos amigos: agora o blog está um pouco mais moderno, com fanpage e twitter.

Essa fanpage foi criada como uma nova fase de divulgação do blog. Esperamos, com isso, aumentar o alcance de nossas postagens que têm como objetivo aproximar a academia (e o que lá é produzido) com os que deveriam ser usuários de sua produção.

O blog também tem como objetivo comentar e divulgar conteúdos relacionados com contabilidade, finanças, pesquisas e metodologias da pesquisa aplicadas a essas duas áreas, assim como diversas outras áreas relacionadas.

Então, além do blog que conta com uma lista de emails que pode ser assinada pelos leitores, agora temos uma conta no twitter (https://twitter.com/contabilidademq) e essa fanpage aqui no facebook (https://www.facebook.com/contabilidademq).

Aos que ainda não conhecem, nosso endereço é o seguinte: http://www.contabilidademq.blogspot.com.br/

Peço aos amigos que divulguem nossas páginas na internet.

Obrigado!

O, agora doutor, Prof. Eric Martins tem algumas pesquisas bem interessantes (qualitativas) na nossa área. Segue uma entrevista sobre o tema de sua tese, retirada do Contabilidade Financeira.

O contexto atual da pesquisa contábil e algumas de suas patologias foi o tema da tese doutorado do pesquisador Eric Aversari Martins, apresentada ao Departamento de Contabilidade e Atuária (EAC) da FEA. O trabalho "Pesquisa Contábil Brasileira: Uma Análise Filosófica", orientado pelo professor Luiz Nelson Guedes de Carvalho, fez uma reflexão sobre as mudanças ocorridas na pesquisa em Contabilidade nas últimas décadas, e a dicotomia entre a pesquisa positiva e normativa.

Eric é graduado em Ciências Contábeis pela FEA, com doutorado em Controladoria e Contabilidade. Atualmente, é professor do Ínsper. Ele é filho de Eliseu Martins, professor emérito da faculdade. Em entrevista ao Portal da FEA, ele explicou algumas questões fundamentais para a compreensão da tese.

Qual o ponto central da sua pesquisa, que você julga ser a questão principal?


O ponto central foi buscar entender o processo de mudança de paradigma que a pesquisa contábil feita no Brasil sofreu entre o final da década de 90 e o início do século 21, e quais os efeitos dessa alteração quanto a qualidade e utilidade. Nascida normativa, por volta da década de 60 e 70, ela era fundamentalmente voltada para a prática contábil, para a avaliação e solução de problemas reais das empresas, do sistema normatizador contábil brasileiro e do então incipiente mercado financeiro. Em meados da década de 90 ela passa a adotar uma postura de descrever e explicar a realidade, buscando obter relações entre dados contábeis e variáveis econômicas.

Qual a diferença da pesquisa positiva para a normativa?

A pesquisa positiva trabalha, a posteriori dos fatos, buscando a descrição e a explicação de eventos ocorridos, com isenção de valores e julgamentos nas suas conclusões. Ela tem como objetivo mostrar como as coisas do mundo se comportam e quais as relações entre elas. Nesse sentido, ela é calcada nos mesmos princípios atualmente aplicados nas ciências duras, e é fortemente influenciada pelo positivismo lógico desenvolvido pelo Círculo de Viena e sedimentado por Karl Popper. Já a pesquisa normativa busca intervir no mundo, melhorar práticas, propor mudanças. Assim, ela age a priori dos fatos, buscando prescrever ações. E essa prescrição de comportamento depende daquilo que o pesquisador entende como sendo melhor, como sendo bom. Isso envolve julgamentos de valor que não podem ser comprovados ou refutados, pois são subjetivos e, em última instância, individuais.

No seu entendimento, a pesquisa positiva é mais importante que a pesquisa normativa?

Não. A ideia da hierarquização daquilo que é positivo sobre o que é normativo é influenciada fortemente pelo pensamento do positivismo lógico. Antes do Círculo de Viena essa separação já existia. David Hume, Neville Keynes e Marx Weber são exemplos de pensadores que trataram dessa questão, mas nunca colocaram uma forma de fazer pesquisa como sendo mais importante, melhor ou mais relevante do que a outra. Quando se fala em pesquisa em um campo como a contabilidade, social e aplicada, ambas as formas possuem papéis igualmente relevantes no mundo. Na pesquisa contábil elas possuem uma relação íntima. A pesquisa positiva evidencia mais claramente os efeitos daquilo que a pesquisa normativa gera quando suas propostas são postas em prática, comprovando ou refutando a adequação das ações prescritas. Com isso, novos argumentos podem ser obtidos para fundamentar novas pesquisas normativas, que poderão gerar outros testes positivos que poderão subsidiar outras propostas normativas e assim por diante. Mais importante do que a pesquisa ser positiva ou normativa, é a pesquisa ser bem feita ou mal feita.
Como você enxerga essa transição da pesquisa normativa para positiva?
A transição da pesquisa normativa para a positiva é fruto de um processo de mudança que nasce com inquietações de alguns professores do departamento de contabilidade da FEAUSP preocupados com o problema da ausência de metodologia de pesquisa e de métodos quantitativos, que se inicia em meados da década de 80 e vai até meados da década de 90.
Quem são os grandes responsáveis?

O mais importante nome dessa primeira fase foi o Prof. Sérgio de Iudícibus, que começou a trazer a utilização de métodos quantitativos para a pesquisa contábil brasileira, aplicando-os na solução de problemas práticos, principalmente na área de custos, desenvolvendo o conceito de Contabilometria e criando uma disciplina que trouxe os principais aspectos da pesquisa positiva norte-americana, onde ela já estava se sedimentando. Essa inquietação leva, já em meados de 90, a outro fato importante: a contratação do Prof. Gilberto Martins pelo departamento de contabilidade da FEAUSP, que introduz a metodologia científica mais voltada para trabalhos teórico-empíricos não normativos. Por fim, já no início do século 21, a contratação do Prof. Alexsandro Broedel, um dos pioneiros na área de pesquisa positiva no Brasil, foi extremamente relevante, pois sua atuação tanto na realização de relevantes pesquisas quanto no ensino auxiliou na sedimentação de uma nova forma de se fazer pesquisa contábil que ainda era quase que desconhecida no Brasil.
A que outros fatores pode ser atribuído esse processo?

Dois fatores ambientais geraram solo fértil para a disseminação da pesquisa positiva: o primeiro foi que em 2001 a CAPES avaliou todos os programas de pós-graduação em contabilidade com a nota mínima, 3, e o principal problema era a ausência de publicações científicas. Como a contabilidade não possuía periódicos científicos próprios, a pesquisa positiva contábil foi muito útil para aumentar o volume de publicação dos artigos, que tinham que ser enviados a periódicos das áreas de administração e economia, já também sedimentadas ao redor da pesquisa positiva. O segundo fator: no ano 2000 começou um boom de programas de pós-graduação em contabilidade no país, indo de 4 em 1998 para 18 em 2009. E a população de doutores desses cursos era formada metade por contadores e a outra parte por oriundos da administração e economia, também já fortemente voltados para a pesquisa positiva derivada dessas áreas. O surgimento da pesquisa positiva acabou por matar a pesquisa normativa, que passou a ser rejeitada nos meios acadêmicos da contabilidade, quase que totalmente suplantada por essa nova visão.

Em que ponto isso é prejudicial para a prática da contabilidade no país?
O que eu acho que é prejudicial para a prática contábil não é o surgimento da pesquisa positiva no Brasil, mas o tratamento generalizado que tem sido dispensado para a pesquisa normativa pela academia contábil: ela tem sido ignorada e tratada como indesejável. E isso prejudica a prática, pois uma grande massa crítica de pensadores acadêmicos, estudiosos, deixa de pensar em como intervir e melhorar a prática. Deixam de existir discussões formais sobre assuntos importantes da realidade da prática que necessitam de solução; passam a povoar os periódicos, descrições de fatos com pouca ou nenhuma utilidade na prática, a não ser exclusivamente para acadêmicos. Assim, esse exagero de pesquisa positiva não piora a prática, mas a prejudica, pois deixa de auxiliar na sua melhoria.

Você entende que esse é um fenômeno brasileiro ou acredita que ocorre também no âmbito internacional?

Creio que isso é um fenômeno que também ocorre no âmbito internacional. Críticas semelhantes sobre o excesso de pesquisa positiva e sua pouca utilidade na prática podem ser encontradas em periódicos internacionais de primeira linha, assinadas por pesquisadores internacionalmente reconhecidos, como Kaplan, Hopwood, Chua e Holthausen. Mas o movimento de mudança desse panorama já é maior no exterior. Nos Estado Unidos, Europa e Oceania já existem periódicos exclusivamente dedicados a paradigmas de pesquisa que não o positivismo, e a pesquisas não necessariamente positivas.

Em sua opinião, o que pode ser feito para alterar esse quadro?

Eu entendo que os próprios programas de pós-graduação em contabilidade podem passar a não focar exclusivamente em pesquisa positiva e métodos quantitativos, mas incentivarem outras visões. Em 2012, por exemplo, se somados todos os 18 programas de pós-graduação em contabilidade do Brasil, 31 disciplinas de métodos quantitativos eram oferecidas e somente uma de métodos qualitativos. Isso é um sintoma do foco quase que exclusivo na pesquisa positiva. Ainda, os cursos de metodologia precisam deixar de ser meros manuais de como se faz trabalho científico e se aprofundar nas questões filosóficas subjacentes ao processo de geração de conhecimento. Afinal, antes de se fazer pesquisa é necessário entender o que é pesquisa, como é o processo de geração de conhecimento de forma mais ampla e qual a sua função na sociedade. Ainda, também precisam abordar de maneira mais aprofundada a dicotomia positivo-normativo buscando uma visão conciliatória entre essas posições. Temo que se os programas de pós-graduação não começarem a mudar esse panorama no ensino da metodologia e do processo de pesquisa, a situação atual não será alterada.
Você já observa alguma mudança nesse sentido?

Sim. É importante ressaltar que já existem focos de mudança no pensamento sobre a pesquisa contábil. Na própria USP já podem ser vistas atitudes de alguns alunos, professores e da própria coordenação do curso, que buscam outras formas de pesquisa e de conhecimento alheias ao positivo e ao positivismo. Podem ser encontrados raros trabalhos que indicam a necessidade de utilização de novos paradigmas, bem como pesquisas que destes se utilizam. Novas disciplinas voltadas para visões distintas já estão sendo criadas e oferecidas como alternativa à pesquisa qualitativa tradicional. Já há um movimento de mudança, apesar de pequeno. A semente já está lançada, agora ela precisa ser regada. Mas uma coisa precisa ser evitada: um novo paradigma entrar e substituir o outro. O importante é aumentar as possibilidades. Não sou a favor do fim da pesquisa positiva, pelo contrário, mas sim de uma ampliação do pensamento acerca do processo de geração de conhecimento para abraçar visões diferentes, que aceite paradigmas diversos.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A Korean Securities Association apresentou a premiação dos melhores artigos do ano de 2012, publicados no journal que dá título a essa postagem. Segue o 1º e 2º lugar:

1º LUGAR: Asymmetric Price Distribution and Bid–Ask Quotes in the Stock Options Market (clique aqui para acessá-lo)

 Kalok Chan (Hong Kong University of Science and Technology) e Y. Peter Chung (University of California) apresentaram um modelo para o bid-ask spread no mercado de opções, quando os pagamentos das opções são distribuídos assimetricamente. Os autores dizem que os resultados do seu trabalho mostram que o ponto médio entre o bid e o ask é um estimador não viesado do valor da opção.


2º LUGAR: Corporate Governance, Legal System, and Stock Market Liquidity: Evidence Around the World (clique aqui para acessá-lo)

 Kee H. Chung (State University of New York at Buffalo and Chung-Ang University), Joon-Seok Kim (Korea Capital Market Institute), Kwangwoo Park (Korea Advanced Institute of Science and Technology) e Taeyoon Sung (Yonsei University) analisaram os sistemas de governança corporativa, o sistema legal e a liquidez do mercado de capitais em 25 países ao redor do mundo (o Brasil não estava incluído na amostra). As implicações práticas dos resultados dessa pesquisa não são tão inovadoras assim, porém os autores reafirmam que o ambiente legal e regulatório para a proteção dos acionistas são complementares para melhorar a liquidez do mercado de capitais.

domingo, 26 de maio de 2013

Nós imaginamos que investir no capital humano (nas pessoas) é sempre bom para as empresas. Por exemplo: (a) o investimento no capital humano poderá aumentar a produtividade dos colaboradores das empresas; (b) o retorno social do investimento no capital humano é maior do que o retorno do investimento no capital físico (esses dois resultados foram encontrados na Europa - clique aqui para maiores informações); e (c) existem também diversos benefícios voltados ao controle gerencial, como auxiliar o colaborador a fazer um bom trabalho - maximizando o valor da empresa, dessa forma (MERCHANT; VAN DER STEDE, 2012: aqui uma das edições do livro).

Tenho visto algumas pesquisas, recentemente, sobre o tema. De vez em quando, quando vejo uma pesquisa sobre isso, gosto de dar uma olhada. Isso porque esse foi meu primeiro tema de pesquisa (quando minha professora de Contabilidade Básica falou sobre Capital Intelectual comigo - infelizmente, nunca terminei esse artigo). No final do semestre passado, na UFPB, uma aluna orientada pelo Professor Paulo Roberto Cavalcante fez sua monografia sobre o tema: isso também foi muito interessante para mim.

Então, voltando ao tema do post, uma pesquisa publicada recentemente no Journal of Intellectual Capital apresentou mais algumas evidências sobre a importância do investimento no capital humano, enfocando na questão da divulgação voluntária desses investimentos.

A amostra da pesquisa foi composta por empresas alemãs, no período entre 2005 a 2008, gerando uma amostra de 369 observações (algo em torno de 92 empresas por ano). Com base nessa amostra, utilizando dois modelos de avaliação de empresas, o autor encontrou que a informação relacionada aos investimentos em capital humano é importante para o valor de mercado da empresa (ou seja: é value relevant), porém essas informações não são absorvidas pelo mercado de forma imediata: há um período para a absorção delas (o que pode apontar evidências de que os investidores utilizam essas informações para os seus investimentos de longo prazo).

Sobre as implicações práticas desses resultados, o autor afirma que a empresa poderá melhorar o seu valor no mercado de capitais por meio da divulgação dos seus investimentos no seu capital humano, além de também dar suporte aos órgãos reguladores no que tange à definição das informações relevantes sobre o capital humano que deverão ser divulgadas pelas empresas no futuro.

O artigo "Value relevance of human capital information", escrito por Gamerschlag pode ser acessado clicando aqui.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Estou um pouquinho atrasado com relação a divulgação dessa notícia. Porém não podemos deixar de lado a base de negociações estranhas do blog.

Há alguns dias, houve um aumento estranho nas ações das duas empresas citadas. O interessante é que esse aumento nos valores das ações ocorreu, curiosamente, antes da divulgação de fatos relevantes. Na OSX, a alta foi de 19%, 3 horas antes da divulgação do seu novo plano de negócios. Já na HRT, a alta foi de 11, algumas horas antes da divulgação das mudanças na direção da empresa.

No Brasil Econômico (aqui), eles dizem que esse fato tem se repetido com frequência na BM&fBovespa, contudo, a nossa regulamentação sobre esse tipo de negociação "estranha" é um tanto quanto ultrapassada. Então eu me questiono, mais uma vez: se gera tantos questionamentos à CVM, por que não deixar as coisas mais transparentes nas negociações dos insiders e nas negociações em volume anormal?!

Essa notícia foi vista, inicialmente, aqui.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Já está disponível no site a lista de trabalhos com os respectivos coordenadores, debatedores, ordem de apresentação e horários.

Clique aqui para as sessões convencionais e fast track;
Clique aqui para o english track; e
Clique aqui para spanish track.

THE IMPACT OF THE ADOPTION OF INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS ON THE QUALITY OF ACCOUNTING INFORMATION OF THE BRAZILIAN AND EUROPEAN PUBLIC FIRMS
Edilson Paulo
David Carter
Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão
Rodrigo Silva de Sousa

ABSTRACT
Several factors affect the quality of accounting information, such as characteristics of the firm, practices and procedures adopted in the elaboration of the financial statements, corporative governance system, capital market, regulation, among others. Among these factors, it is noteworthy the influence of the accounting standards about the quality of the numbers reported by the firms. Since 2005, the European companies elaborated their consolidated financial statements according to the International Financial Reporting Standards (IFRS), while in Brazil, the process of convergence of national accounting standards to IFRS was promoted just after the approval of the Law nº 1.638/07, therefore, after that, the Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) approved various Technical Pronouncements which aimed to facilitate the convergence of Brazilian accounting standards to these international rules. Considering that these international accounting standards have a higher quality, it is expected that the IFRS adoption affect positively accounting information quality. Thus, this research aims to analyze the effect of the IFRS adoption in the earnings quality reported by the Brazilian and European public firms, in the period between 2000 and 2011, considering that previous research did not showed a consensus about this topic. Empirical technical models, such as persistence, conservatism, earnings management and accruals errors, were used to reach the proposed objective. The results showed that the quality of accounting information has not significantly improved comparing the period before and after the adoption of the IFRS in Brazil or Europe.
Key-words: Quality of accounting information; International Financial Reporting Standards; Conservatism; Accruals; Earnings management.
Área Temática: Mercados Financeiro, de Crédito e de Capitais
Clique aqui para baixar o artigo completo.
Click here to download the complete paper.
To download on SSRN click here.

quarta-feira, 15 de maio de 2013


RESUMO 

O objetivo desta pesquisa foi analisar se as informações contábeis, referentes a ativos  biológicos mensurados a valor justo, possuem value relevance e apresentam evidências de  mensuração confiável. Foram utilizados os ativos biológicos classificados no curto e longo prazo. Para os testes empíricos dos atributos da informação contábil estudados pela presente  pesquisa, foi utilizado o modelo de avaliação de Feltham e Ohlson (1995). As evidências  sustentam que ambos os ativos biológicos mensurados a valor justo, apresentaram-se como  valores relevantes para o mercado. No que se referem à confiabilidade da mensuração desses  ativos, as evidências indicaram que os mesmos são vistos pelo mercado como informação  conservadora, porém, o grau de conservadorismo percebido não interfere na confiabilidade da  informação. Esses resultados, foram confirmados pela perspectiva interna (contábil) indicando  que a mensuração do valor justo desses ativos é contribui para o crescimento dos ativos  operacionais líquidos, portanto são valores relevantes e tal avaliação foi procedida de forma  conservadora pela contabilidade, onde por consequência, foi percebida pelo mercado.

Para acessar a pesquisa na íntegra, clicar AQUI.

Os artigos dos autores do blog foram os seguintes:


PERSISTÊNCIA E RELEVÂNCIA DOS ACCRUALS EVIDÊNCIAS DO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO
Augusto Cezar da Cunha e Silva Filho
Márcio André Veras Machado


RELEVÂNCIA E CONFIABILIDADE NA MENSURAÇÃO DE ATIVOS BIOLÓGICOS A VALOR JUSTO POR EMPRESAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA

Vinícius Gomes Martins
Márcio André Veras Machado
Aldo Leonardo Cunha Callado

THE IMPACT OF THE ADOPTION OF INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS ON THE QUALITY OF ACCOUNTING INFORMATION OF THE BRAZILIAN AND EUROPEAN PUBLIC FIRM
Edílson Paulo
David Carter
Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão
Rodrigo Silva de Sousa

Esse vídeo já é um pouco antigo, mas vale a pena ser lembrado. Aniversário de 40 anos de um dos trabalhos que "mudou" os rumos da contabilidade.


O artigo é o seguinte:
BALL, R.; BROWN, P. An empirical evaluation of accounting income numbers. Journal
of Accounting Research, v. 6, n. 6, 1968. 
Pode ser acessado gratuitamente clicando aqui.

Dessa vez não foi um contador. Dessa vez foi um engenheiro de materiais. O Professor Luiz Renato era professor da UFPB e infelizmente nos deixou. Ele era muito empolgado com a Universidade. Preocupava-se com o futuro dela, sendo candidato a reitor algumas vezes, tendo também alguns cargos políticos dentro daquela  - atualmente ele estava à frente do Instituto de Desenvolvimento da Paraíba, o IDEP.

Além de ser um grande Professor e Educador. O Professor Luiz Renato era meu tio. Por isso cabe aqui no blog essa "homenagem" a ele. Talvez, se ele não fosse meu tio, eu também não seria mestre, professor, doutorando, muito menos blogueiro, na área de contabilidade. Ele foi uma das pessoas que mais me incentivou a seguir nessa árdua vida acadêmica (onde muitas vezes deixamos nossa família e saúde de lado, em nome disso). Quando eu tive medo de participar do processo seletivo do mestrado (pelo mito de que alunos de faculdades particulares não têm vez na pós-graduação pública), ele me incentivou. Me fez seguir em frente. Quando eu estava me preparando para o meu concurso para professor da UFPB, com receio por não ter tanta experiência, ele também me incentivou muito (junto com sua esposa, minha Tia Zélia - também professora da UFPB).

Após concluir o mestrado e passar no concurso, eu não pretendia fazer o doutorado em seguida (a conclusão do mestrado, o concurso e a seleção do doutorado ocorreram em 2012). Mais uma vez ele conversou comigo e foi um dos principais responsáveis por me fazer mudar de ideia, pois os professors já são bem desvalorizados: sem doutorado isso é ainda pior! E além disso, ele me alertava que depois que eu parasse, para voltar ao meu ritmo anterior seria muito difícil. Por isso e por outros motivos resolvi seguir sua recomendação. Até então todas deram certo!

Além da carreira que pretendo seguir igual à dele, outro fato em comum é que gostamos de divulgar nossos textos. Frequentemente, em alguma festa familiar, ou quando ele aparecia aqui na minha casa aos domingos (porque por algum motivo seu computador dava algum problema), ele sempre me chamava para ver o seu próximo texto no jornal. Às vezes eu estava estudando e ele me chamava (do quarto da minha irmã, pois ele usava o computador dela, quando o seu dava problema) para ver o texto dele. Sem muita empolgação, porque eu estava estudando, eu ia lá. Lia e dava minha opinião.

Infelizmente não terei mais nenhuma conversa com ele, não lerei mais nenhum artigo seu. Nenhuma recomendação a mais. Agora seguirei mais sozinho. Mas com certeza, tudo que eu aprendi com ele até hoje servirá para me fazer ser um bom professor e um bom pesquisador no futuro, como ele foi.

Não só eu, mas a UFPB também perdeu muito. Mas o que ele fez não foi perdido. E isso nunca será esquecido.

Como sempre diz um amigo meu: os professores nunca morrem.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

A SEC mantém uma página com alguns casos de ações sobre insider trading, além de alguns números relacionados ao tema. Para acessar a página clique aqui.

A notícia é um pouco velha, mas ainda vale à pena ser divulgada aqui (até para atualizar a base de insiders do blog):


Duas afiliadas da SAC Capital, um hedge fund de US$ 14 bilhões, realizaram um acordo com a SEC (Security and Exchange Comission) - a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) dos EUA - no valor de US$ 614 milhões. As duas afiliadas enfrentavam acusação de insider trading - uso de informação privilegiada - e irão pagar esta alta quantia para encerrar o processo. Este foi o maior valor do acordo para tais casos.

Uma filial, a CR Intrinsic, concordou em pagar US$ 600 milhões por acusações ligadas a um dos seus empregados, que é acusado de negociar ilicitamente informações confidenciais sobre os laboratórios Elan e Wyeth. O funcionário, chamado Mathew Martona, ainda enfrenta duas acusações civis pela SEC e acusações criminais pelo Departamento de Justiça.

Já a outra filial, Sigma Capital Management, concordou em pagar US$ 14 milhões em um acordo para encerrar o processo de insider trading com as ações da Dell e Nvidia.

Os valores do acordo com a SEC vão ser pagos pela gestão da companhia de hedge fund. Os acordos representam mais um sucesso do governo norte-americano na campanha para punir os insider traders.

Punições severas
Em comunicado, o diretor interino da SEC e da divisão de fiscalização, George Canellos, ressaltou que a autarquia continuará punindo severamente as empresas de hedge fund enquanto os seus funcionários violarem a lei para beneficiar a empresa.

Já o porta-voz da SAC Capital ressaltou que o fundador do grupo, Steven A. Cohen, não foi acusado de nenhum delito. De acordo com ele, "este acordo é um passo importante no sentido de resolver todas as questões pendentes de regulamentação, permitindo que a companhia avance com mais confiança".

Fonte aqui.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

[Agora os artigos já podem ser baixados] Dos 342 artigos submetidos, apenas 100 foram aprovados. Por enquanto, só está disponível a lista de artigos aprovados. O link para download do artigo deverá ser disponibilizado em breve.

Clique aqui, para acessar a lista.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Hoje, no grupo de Ciências Atuariais da UFPB, um aluno indicou algumas revistas gratuitas e online para atuários (e demais interessados).

Seguem os links para quem quiser baixá-las (clique nos nomes das revistas para acessá-las):

The Actuary:
É uma revista publicada seis vezes ao ano pela Sociedade de Atuários (SOA) e visa fornecer aos seus leitores informações sobre as tendências na área e sobre como melhorar a sua carreira como atuário. A revista contém artigos e entrevistas.


Actuaries Magazine:
É uma revista mensal, publicada pelo Actuaries Institute, tratando de informações atuais e de interesse dos profissionais da área.


Contigencies:
É uma revista mensal, que trata sobre seguros e a indústria de serviços financeiros, podendo interessar tanto a atuários, quanto aos profissionais de outras áreas correlatas.


Se tiver mais alguma revista para indicar, por favor comente no local indicado para comentários, logo abaixo. Incluiremos na postagem. Obrigado!

terça-feira, 7 de maio de 2013



Esse vídeo foi apresentao no Jornal Sensacionalista, do canal Multishow. Apesar de ser "baseado" em "fatos" reais, é uma representação satírica da realidade.

A leitura em inglês é algo fundamental para que nós possamos conhecer o que está se produzindo de novo na nossa área - isso porque os melhores artigos são publicados em inglês, já que é a língua dos negócios e da ciência.

Contudo, eu particularmente (acredito que seja problema da maioria dos professores) tenho tido muito problema em utilizar materiais, mesmo que bem curtos, em inglês nas minhas turmas (eu mesmo não lia em inglês na minha graduação, e me arrependo muito disso). Porém uma luz no fim do túnel me fez tentar de novo!!

O livro de Contabilidade Geral de Szuster et al (2013) traz ao término de cada capítulo algumas questões bem básicas de termos e conceitos contábeis para que o aluno comece a se familiarizar com eles em inglês. Na outra edição que eu tinha, não lembro em que ano, eu não lembro de ter visto essas questões em inglês. Achei isso muito interessante. Os autores deveriam utilizar mais isso e até tentar ampliar essas questões.

Segue uma amostra dessas questões do que eles chamam de "Exercício de inglês contábil":



Achei isso muito interessante, porque o aluno começará a conhecer o nome das contas em inglês, o que permitirá para ele, no futuro, ler textos da área de contabilidade e finanças, entendendo melhor os termos técnicos.

É um bom livro (clique aqui para comprá-lo). Adotarei ele na minha nova disciplina: contabilidade I.