abril 2014 - Blog ContabilidadeMQ

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segunda-feira, 21 de abril de 2014

A principal revista de Contabilidade do Brasil estará comemorando seus 25 anos (coincidentemente, a minha idade) nesta semana. Em comemoração, haverá um evento na USP, com transmissão online para quem quiser assistir.

Segue o email recebido:

A Revista Contabilidade & Finanças comemora neste ano as 25 primaveras e, no dia 25/04/2014, teremos um evento na FEA USP para premiar os melhores avaliadores e iniciar a comemoração pelo aniversário. Nesse sentido quero convidar a comunidade ANPCONT para participar presencialmente,
na sala da Congregação da FEA ou por meio do IPTV http://iptv.usp.br/portal/transmissao/RCF_USP

A programação é a seguinte: 

9:00 – 9:15 Abertura e apresentação
9:15 - 10:05 Palavra aos editores das linhas 1-5 e premiação (certificado)
10:05 - 10:45 Palestra do editor do periódico Journal of Management Control:
Internationalization experiences, Utz Schaeffe
10:45- 11: 00 Coffee break
11:00-11:15 Entrega da premiação financeira aos avaliadores
11:15-11:45 Homenagem aos dirigentes da época da criação da RC&F e ex-editores.
11:45 - 12:00 Um pouco de história da RC&F: Top 5 dos artigos mais citados nos
25 anos.
12:00 Encerramento

 Antecipadamente agradeço a sua participação. Abs Fábio Frezatti Editor da Revista Contabilidade & Finanças

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Aos interessados no tema, segue um resumo de uma nova pesquisa publicada

Resumo: O objetivo desta pesquisa foi analisar se as informações contábeis, referentes a ativos biológicos mensurados a valor justo, possuem value relevance e apresentam evidências de representação fidedigna. Avaliou-se tais atributos dos ativos biológicos de curto e longo prazo por meio do modelo de Feltham e Ohlson (1995). As evidências sustentam que ambos os ativos biológicos mensurados a valor justo, apresentaram-se como valores relevantes para o mercado. No que se referem à representação fidedigna desses ativos, as evidências indicaram que os mesmos são vistos pelo mercado como informação conservadora, porém, o grau de conservadorismo percebido não interfere na confiabilidade da informação. 

http://dx.doi.org.br/10.5007/2175-8069.2014v11n22p163


Texto completo.

Peço que, se possível, respondam e divulguem esse questionário. É rapidinho!

Convidamos o(a) Sr(a) para participar da Pesquisa sobre a participação da sociedade na gestão governamental, sob a responsabilidade dos pesquisadores de doutorado JOÃO MARCELO ALVES MACÊDO e ANDERSON PIRES E SILVA, e a orientação do Prof. Dr. JOSÉ DIONISIO GOMES DA SILVA, todos vinculados ao Curso de doutorado do Programa Multi Institucional e Inter-Regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis UnB/UFPB/UFRN.

Essa pesquisa pretende identificar de que forma acontece a participação da sociedade nas decisões e políticas públicas.

Sua participação é voluntária e se dará por meio das respostas a esse questionário eletrônico. Não há riscos decorrentes de sua participação nesta pesquisa, uma vez que os dados são todos fictícios e busca apenas entender sua percepção acerca do tema estudado. Se o(a) sr(a) aceitar participar, estará contribuindo para o progresso deste campo do conhecimento.

Se depois de consentir em sua participação o Sr (a) desistir de continuar participando, tem o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, seja antes ou depois da coleta dos dados, independente do motivo e sem nenhum prejuízo a sua pessoa. O (a) Sr (a) não terá nenhuma despesa e também não receberá nenhuma remuneração.

Os resultados da pesquisa serão analisados e publicados, mas sua identidade não será divulgada, sendo guardado em sigilo, uma vez que ela não solicita identificação. Para qualquer outra informação, o (a) Sr (a) poderá entrar em contato com o pesquisador no endereço João Marcelo Alves Macêdo - UFPB – Campus I – 3º Andar da Reitoria, pelo telefone (83) 8134-8191 (TIM) e 8872-0506 (OI).

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: A presente pesquisa utiliza apenas dados fictícios, os dados aqui apresentados não têm nenhuma relação com a realidade; Bem como as profissões aqui citadas, não expressam nenhuma maneira pejorativa ou que busque denegrir a imagem delas, apenas criar uma situação fictícia.

Doutorandos:

João Marcelo Alves Macêdo E-mail: jmmarcelopb@gmail.com Telefone: (83) 8134-8191 (TIM) / 8872-0506 (OI)

Anderson Pires e Silva E-mail: andersonpires@hotmail.com

https://docs.google.com/forms/d/1-f-bJX2MxFJd_s0J1_e0ZtDJDlQZEiyEkOAgkZ3naJY/viewform

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Os resultados podem ser conferidos aqui e aqui, respectivamente o XIV e XI.

Parabéns aos aprovados. Os que não foram, levantem a cabeça e tentem de novo!



Infelizmente, às vezes mesmo que o artigo seja bom para estar no Congresso, alguns avaliadores não entendem algumas coisas. Veja, por exemplo, a postagem que fiz sobre o modelo de Ohlson.

Nós aqui do blog tivemos 3 artigos aprovados (os dois primeiros no XIV e o terceiro no XI). Um artigo de um orientando meu infelizmente não foi. Acho que deveria e era o mais "inovador" dos 4, mas infelizmente não foi:

1. O Lado B do Insider Trading: Relevância, Tempestividade e Influência do Carg
Luiz Felipe de A. Pontes Girão, Orleans Silva Martins e Edilson Paulo

2. Relações Entre o Desempenho Futuro e os Desvios do Caixa-Meta das Empresas Brasileiras
Vinícius Gomes Martins , Luiz Felipe de A. Pontes Girão e Ivan Ricardo Gartner

3. Previsão da Arrecadação do ICMS: Uso do Modelo Holt-Winters Aditivo na Paraíba
Filipe Coelho de L. Duarte, MAYSA FRANCYELLE DE SOUZA e Luiz Felipe de A. Pontes Girão

sábado, 5 de abril de 2014

Relendo o artigo de Ohlson (1995) me fez pensar (ter quase certeza, na verdade) de que ele nunca publicaria esse artigo aqui no Brasil.





Argumentos (2 em 1, metodológico e teórico):

Não há explicação do que é "básico" e subjacente ao modelo. De repente ele dá um pulo de uma equação para a outra. Aí para entender o que ele fez nós temos que pensar um pouco e "refazer" o percurso.

Quando não explicamos o que é básico aqui nos nossos artigos o avaliador acha uma afronta (porque ele não entendeu e não se deu o trabalho de pensar no que foi feito). 

Um exemplo que não está relacionado com matemática ou estatística (mas está com o modelo de Ohlson): uma vez um avaliador criticou um trabalho meu porque "ninguém é obrigado a saber o que é value relevance" (com Vinícius pediram para ele não usar a expressão em inglês, ninguém entende isso). Parafraseando o Professor Matias-Pereira (UnB): é para rir ou para chorar?

Nas publicações daqui nós estamos acostumados a dar [pelo menos] uma volta em torno da Terra para chegar no ponto que nós queríamos. Eu, particularmente, acho isso desnecessário e só nos faz aumentar o volume de leitura do artigo, tirando o foco do que é importante: os novos resultados. 

É importante tratar da teoria subjacente ao tema, mas outros trabalhos já fizeram isso, inclusive revisões de literatura específicas. Nosso papel, principalmente em trabalhos empíricos, é trazer coisa nova, que são os resultados. Não há necessidade de refazer a revisão da literatura. 

Eu sou bem (estou me tornando mais, talvez demais também não seja bom) objetivo quanto a isso. Parte disso eu aprendi lendo os trabalhos de Ohlson, como o do modelo citado que tem apenas 8 referências, sendo que 3 são de outros trabalhos dele que serviram como uma espécie de introdução para o seu modelo.

Outra coisa engraçada dos avaliadores aqui no Brasil é que eles tentam avaliar artigos cuja metodologia eles não entendem (parte disso também é culpa dos editores, mas sei que há escassez de avaliadores dispostos). Recentemente um amigo (Professor Orleans Martins) estava reclamando comigo que um avaliador disse que poderia haver multicolinearidade no seu modelo... sendo que era uma regressão simples.

Outro ponto é que nossa criatividade fica muito limitada aqui no Brasil. Fama e French, Dechow e Dichev, entre muitos outros pesquisadores da nossa área costumam usar o que eles chamam de "intuição econômica" em seus artigos. Isso nunca seria aceito aqui, pela maioria dos avaliadores. 

Mas o que é a pesquisa se não for uma ferramenta para ajudar a "prática"? Então sem a intuição prática nossa pesquisa perde um pouco de aplicabilidade e aí voltamos ao nosso grande problema: nós, acadêmicos, pesquisamos para nós mesmos. Pelo menos é o que parece na minha área e com a minha pouca experiência. Sobre isso, eu lembro do Professor Dimas Queiroz (UFERSA) que escreveu um artigo com base nos problemas que ele percebeu quando trabalhava com orçamento de Prefeituras. Certa vez um avaliador disse que não havia teoria para isso.

Provavelmente Fama e French, Dechow e Dichev, Ohlson, entre outros não teriam seus trabalhos publicados aqui no Brasil. 

Então eu me questiono: considerando que estamos aprendendo a pesquisar na área de contabilidade, não estaríamos aprendendo errado?

ATUALIZAÇÃO: O Professor Fernando Galdi (FUCAPE) fez um comentário importante sobre a publicação do artigo que deu base a essa postagem:
(...) interessante o post, mas eu faria um adendo. O artigo do Ohlson (1995) foi rejeitado nos principais journals americanos (incluindo a Accounting Review) e também não foi publicado por lá (acharam inadequado metodologicamente à época - talvez muito teórico). Foi publicado na canadense CAR (Contemporary Accounting Review).
Até nos grandes pólos de pesquisa nós temos a criatividade um pouco limitada. Mas como disse o Professor Galdi em um outro comentário: ainda bem que há essa diversidade na academia.

Se não houvesse diversidade, talvez não tivéssemos esse trabalho publicado, que deu base para tantos outros teóricos e empíricos. 



Em 1º de abril eu fiz uma postagem sobre o 1º dia do evento, comandado pelo Professor Ricardo Almeida. Não havia nenhuma mentira naquela postagem, apesar do dia. Quem não viu clique aqui para ler o material.

Após toda a ansiedade durante o 1º dia, imaginando como seria a apresentação do Professor Damodaran no dia seguinte, após um percurso em trânsito lento, finalmente cheguei ao WTC para assistir à apresentação.

Eu sabia mais ou menos o que esperar, porque acompanho o Musings on Markets (blog dele - conheça também seu site, tem muita coisa boa), e porque sei que ele se denomina: o Lady Gaga das finanças. Então eu pude projetar o que esperar.

Contudo, a minha projeção foi muito conservadora. Foi melhor do que o esperado. A experiência dele com valuation e a sua ótima didática fizeram valer à pena a minha ida à São Paulo.

(sem contar com o primeiro dia que também foi bom, mas... Lady Gaga é Lady Gaga, apesar de Anitta também ser boa - se é que posso fazer essa comparação, não sou fan do estilo, só tentei ser didático como ele... talvez sem sucesso).

Quem tiver interesse nos livros, aqui estão alguns deles:


Além da experiência e didática, o Professor Damodaran foi muito atencioso com todos que quiseram conversar, tirar fotos ou pegar um autógrafo com ele. Além disso, ele chegou bem cedo ao local do evento, antes do início, e após o almoço ele também voltou bem cedo. Isso demonstra ainda mais a sua atenção com o público. Todos odeiam eventos em que o palestrante chega atrasado...

Mas vamos ao conteúdo.


Autógrafo no meu "Investment Valuation"
SEGUNDO DIA:

Valuation é um ofício que se aprende com o estudo e a prática: O título da palestra dele foi "Valuation: art, science, craft or magic?" e ele começou explicando o porquê disso. De forma resumida, ele diz que valuation é uma craft (habilidade, ofício, profissão etc). E como nós desenvolvemos uma profissão? Primeiro temos que estudar (ele diz que hoje não lê mais livros de valuation, apenas faz valuations), depois temos que fazer. Só se aprende de fato fazendo, e é assim que aprendemos esse ofício.

Para nós que apenas estamos começando a vida nas valuations, ele deu um estímulo e uma dica:  a primeira valuation é muito trabalhosa (esse não foi o estímulo), porém mesmo que você não pretenda usá-la para comprar ou vender algum ativo, guarde-a. A atualização dessa valuation será muito mais rápida do que a primeira valuation e você estará conhecendo a empresa. O estímulo foi que, em suas palavras, "mesmo que você não tenha coragem de usar suas primeiras valuations, persista. Um dia você se sentirá seguro e com conhecimento o bastante para usá-la".

Alguns mitos: Após essa introdução, explicando como se aprende a fazer valuations, Damodaran entrou na parte "clássica" dos "mitos da valuation". No "Investment Valuation", por exemplo, há 5 mitos. Na apresentação ele citou explicitamente apenas 3, com o comentário em seguida:
  1. Mito - A avaliação é uma busca objetiva do valor "verdadeiro": todas as valuations distorcem a realidade. A única dúvida é o grau e a direção dessa distorção, que são diretamente proporcionais a quem lhe paga e quanto essa pessoa pagou;
  2. Mito - Uma boa valuation fornece uma estimativa precisa do valor: não existem avaliações precisas; e
  3. Mito - Quanto mais quantitativo for um modelo, melhor é a valuation: nosso entendimento de um modelo de avaliação é inversamente proporcional ao número de insumos exigidos por ele. modelos mais simples se saem muito melhores do que modelos mais complexos.
A Navalha de Occam: Sobre o mito 3, Damodaran nos relembra que o modelo não avalia empresas. Nós avaliamos empresas. Então não adianta colocar um monte de inputs no Excel e esperar que as fórmulas mágicas criadas nos dêem um número também mágico: entra lixo, sai lixo. 

Quanto mais inputs eu tenho no modelo,  maior é a chance de "errar" (errar nesse caso é uma questão de opinião e incentivo, conforme expliquei na postagem anterior) na valuation. Isso porque temos que fazer mais estimativas, que dependem de mais inputs, que podem ser outputs de outras pessoas (ou empresas) que usaram inputs errados etc. Ou seja: use o princípio da parcimônia (Leia sobre a Navalha de Occam). Sempre que tenho que montar algum modelo ou vejo alguém complicando as coisas, eu lembro do Professor Otávio Ribeiro de Medeiros (da UnB), que falava sempre que possível sobre isso.

Taxa livre de risco (Rf) no Brasil: Damodaran disse que sempre avaliava (é, ele se interessa por empresas brasileiras e parece realmente conhecer algumas) as empresas brasileiras em US$, porque não havia uma Rf "confiável" aqui, então era melhor avaliar em US$ com a Rf de lá, efetuando alguns ajustes. Mas parece que os EUA não são tão mais confiáveis que nós, não mais. Então ele avaliou a Natura (NATU3) em R$.

Percebam que a Rf usada por Damodaran foi de 11,28% (avaliando uma empresa dos EUA ele usou 4,78%).

Como ele chegou a essa Rf? Explicação: Título do Tesouro Nacional (janeiro de 2013) - risco de default da moeda brasileira (Baa2) = 13,18% - 1,90% = 11,28%.

Prêmio pelo risco de mercado: no prêmio pelo risco de mercado da Natura, Damodaran analisou a exposição da empresa ao mercado internacional, calculando uma média ponderada do prêmio pelo risco do mercado. Isso é importante, porque ela não está exposta apenas no Brasil.





Avaliar a consolidada ou cada empresa individualmente? Em empresas que precisam consolidar as demonstrações (ele diz que isso é uma invenção contábil que não sentido - não comentarei esse comentário, em respeito ao conhecimento que ele tem sobre valuation) ele não avalia a consolidada. Ele avalia cada empresa do grupo individualmente, após isso faz a soma das partes. Isso facilita as estimativas. Mas acho que temos que ter cuidado principalmente com as transações "intergrupo".

Mais alguns pontos específicos citados por ele:
  1. Apenas 10% das Valuations são intrínsecas: a maioria delas simplesmente dá um preço. O mercado diz o "valor". Não há uma avaliação de fato do cria valor.
  2. Damodaran e a Microsoft: quem acompanha o Musings on Markets sabe que Damodaran sempre avalia a Microsoft, porém ele é algo como fan ao contrário dela. Ele é realmente um fan da Apple. Um exemplo da sua paixão pela Apple é que ele desenvolveu um aplicativo voltado para valuation apenas para iPad e iPhone, o uValue. Ele disse que se nós temos uma tecnologia como o Android (para ele algo como um zumbi - morto, mas andando) é um problema nosso. Putz...;
  3. Ajuste do P&D no CAPEX: vale ler o arquivo que está em seu site. Cuidado com a norma brasileira, onde a pesquisa é despesa e o desenvolvimento é capitalizado;
  4. O risco país e a exposição da empresa: nesse paper ele explica teoricamente e "praticamente" o porquê e como incluir esse fator nas "contas". Um fato engraçado para isso é que ele "desenvolveu" essa metodologia no avião, há cerca de 10 anos, em uma viagem para o Brasil. Ele tentava dormir no avião, porém o seu vizinho roncava muito, então ele resolveu revisar os slides e pensou sobre isso: o Brasil tem mais risco do que os EUA. Deu a sugestão na palestra que ele vinha aqui no Brasil, as pessoas gostaram da ideia e então ele escreveu o paper. Há inclusive uma planilha só com empresas brasileiras (e é a única nessa seção do site para esse fim, somos importantes); e
  5. Tem muito mais materiais no site dele na seção de Research & Papers. Todas as estimativas que você precisar fazer ele tem algo para ajudar. Parabenizo o Professor por toda a sua dedicação à essa área tão importante de Finanças.
Talvez vocês estejam se perguntando sobre o porquê de eu ter chamado ele de O Lady Gaga das Finanças (na verdade, ele se chama... eu só repliquei). Com base nessa postagem já dá para ter uma ideia.

Ele é realmente revolucionário, assim como Lady Gaga. Qualquer pessoa pode assistir às suas aulas pela internet, suas palestras estão no youtube (inclusive com versões de 8 minutos - infelizmente não consegui encontrar em uma busca rápida). Seus livros são muito didáticos e têm títulos muito interessantes, a exemplo do "The Darkside of Valuation" (sobre casos complexos de valuation).

Para finalizar, informo o título do seu próximo livro: "Já estava aqui quando eu cheguei". Não lembro sobre o que vai ser (estava rindo da história que ele contou para justificar esse título), mas ele justificou que ligou para um empresa que fornece dados (uma espécie de Economatica) para suas valuations para questionar sobre como eles calcularam os betas. O indivíduo apenas disse o seguinte: já estava aqui quando eu cheguei.

Espero que vocês tenham gostado dessa síntese. Não deu para falar sobre tudo, anotei muita coisa específica, mas fiz uma seleção de comentários gerais que podem ser importantes para algumas pessoas que, assim como eu, estejam entrando nesse "mundo". Na próxima vez eu estarei lá de novo, espero que não demore 10 anos mais uma vez.