outubro 2015 - Blog ContabilidadeMQ

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sábado, 31 de outubro de 2015

O Stata possui um monte de testes para avaliar se há ou não raiz unitária em uma série (help xtunitroot). No caso de contabilidade e finanças, nós trabalhamos muito com dados em painel - principalmente paineis desbalanceados, isso é um grande problema com testes de raízes unitárias.

Baseado em um artigo de Maddala e Wu (1999), há o comando xtfisher, que testa se há raiz unitária em cada série do painel de dados. Para maiores informações, use help xtfisher.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Existe uma maneira fácil de adicionar o p-value às correlações pelo Stata por meio dos botões. Todavia, é mais rápido quando você utiliza os comandos (não quebra o raciocínio) e você ainda pode criar programações para rodar os dados da sua pesquisa.

Eu particularmente sempre usava o comando "correlate" do Stata, que não permitia adicionar o p-value ou os * para a significância.

Caso queira adicionar o p-value, o comando é o seguinte: pwcorr X1 X2 X3...Xn, sig

Em que X é a sua variável.

Dessa forma, o p-value é adicionado sem precisar ficar clicando nos botões e procurando onde clicar.

Para adicionar *, é preciso adicionar mais uma informação: pwcorr X1 X2 X3...Xn, sig star(Y)

Em que Y é o nível de significância que você quer adicionar o *.

Para adicionar mais de um *, para vários níveis de significância, é mais complicado. Em breve farei um post sobre isso.

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Sugestão do Professor Ótavio de Medeiros: cliquem no link e conheçam esses 7 tipos de regressão que podem resolver seus problemas de pesquisa.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Esse site (edX) foi sugestão da Professora do Inglês sem Fronteiras, Michelle Quinonez. Tem cursos em várias áreas, inclusive a nossa.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Neste último final de semana eu participei do ENEM, como candidato. Terminei o ensino médio em 2006, há quase 10 anos, porém consegui fazer uma prova razoável (considerando que eu não estudei para nada disso nos últimos anos e que eu nem sabia como era a prova, apenas pesquisei sobre a redação)(não sigam meu exemplo, se quiserem passar em um curso muito concorrido!).

Meu primeiro comentário é sobre a "razoabilidade" da prova. O nível é razoável, com um viés baixista (no sentido de fácil). Contudo, a prova é muito longa, então o candidato que conseguir treinar para fazer a prova rápido, e que estudou, tem uma chance maior de acertar mais.

Até que ponto isso é bom eu não sei, pois quantidade pode não ser uma boa proxy para qualidade. Porém, a prova fica mais "acessível".

Sobre o primeiro dia, não tenho muito o que falar. Fui bem na primeira parte, de "humanas". Geografia e história eram as disciplinas que eu mais gostava no colégio, depois veio matemática. Química e biologia definitivamente não me faziam bem. Fui bem na primeira parte e na segunda eu reverti a média.

Sobre o segundo dia, a prova de inglês e português eram de interpretação de texto. Muito fáceis, mas longas - na verdade a de português, a de inglês foi de bom tamanho.

Agora indo ao ponto que eu quero comentar: a prova de matemática.

Como comentei no meu Facebook, a prova foi "linda" (isso não quer dizer que eu fechei, pois gastei muito tempo na redação e lendo textos - chutei umas 20/90 questões no final do dia, sem ter tempo de fazer). Na minha época de aluno do colégio, o vestibular era muito "quadrado", com foco em fórmulas. A prova de matemática do ENEM foi muito aplicada a problemas empresariais e práticos de forma geral.

Para quem não sabe, eu já fui Professor de matemática no ensino fundamental II (na minha época de aluno era ginásio, da 5ª a 8ª série - faz tempo, já tenho alunos que se formaram na graduação esse ano). Como dava aula no ensino fundamental, com pouca preocupação com o vestibular, eu focava, sempre que possível, em matemática financeira, análise de gráficos em empresas, análise de indicadores de desempenho, investimento em ações (cheguei até a usar o FolhaInvest, simulador da Bovespa com algumas turmas) etc.

Se eu desse aula no ensino médio, quando o assunto fosse matrizes, com certeza eu daria aula de análise de regressão!

Quando me deparei com aquela prova de matemática, eu pensei: é assim que se tem que ensinar matemática no colégio. A matemática tem que ser aplicada, não abstrata (pelo menos no colégio)!

Só para vocês terem uma ideia do que foi abordado nesta bela prova:


  1. Análise de custos
  2. Análise de um gráfico de preço de um determinado ativo, dando uma leve ideia do raciocínio do pessoal que utiliza análise técnica de investimentos em ações;
  3. Concorrência nos mercados e o impacto nos preços;
  4. Espécie simplificada de ferramentas de Pesquisa Operacional (programação linear e coisas do tipo) para produzir mais e gastar menos;
  5. Mais sobre eficiência nos custos;
  6. Probabilidade de um empregador encontrar pessoas para uma vaga de empresa com as características que ele deseja;
  7. Análise gráfica da produção;
  8. Impacto de um novo investimento na qualidade dos serviços prestados;
  9. Matemática financeira, com foco em amortização de um financiamento (SAC);
  10. Exportação de soja [essa aqui foi uma pegadinha, eu errei :( o início da questão estava em toneladas, mas a resposta era em quilos, não prestei atenção, já estava no final do tempo];
  11. Essa da soja tem relação direta com a notação científica muito usada no Excel e que boa parte dos alunos tem problemas, quando dou aula analisando alguma coisa no Excel;
  12. Preço x Demanda;
  13. Mais custos;
  14. Fórmula de Young em medicina... apesar de ter alguma crítica a isso, pelo menos buscou ser prática;
  15. Na prova de português, se não me engano, tinha uma questão sobre uma carta de Graciliano Ramos, no estilo "Relatório da Administração".
Fiquei muito feliz com essa prova. Se os Professores estiverem ensinando matemática assim no colégio, em breve teremos um bom impacto nas disciplinas de contabilidade, economia, finanças, administração, engenharia de produção etc.

Parabéns aos elaboradores das questões!!

Ah, sobre a redação: tema perfeito. Foi bom que apliquei algumas coisas de finanças também. Lembrei da minha amiga Gilmara Mendes do doutorado, que fala de "efeitos perversos" em ONGs. Esses efeitos perversos foram uma parte da minha inspiração, além do ego machista que tem sido atingido pela inclusão de mulheres em cargos importantes nas empresas.

Parabéns também pelo tema da redação, para quem teve a ideia"

Em 30 de junho de 2014 eu incentivei meus alunos de Finanças I a participarem do Desafio Universitário Empreendedor, bem como de outros jogos de empresas. Acredito que esses jogos sejam muito importantes para complementar a formação da graduação. Eu sempre participei durante a minha graduação. Isso foi muito proveitoso.



Voltando ao ponto, semana passada eu recebi um email da minha aluna, agora em Finanças II, Caroline Delfim informando que ela havia sido selecionada para a semifinal estadual do Desafio. Eu nem lembrava mais disso.

Para quem não acompanha o meu outro blog, de Finanças, ela chegou a estar classificada em 7º lugar em um jogo da CVM, sobre o mercado de capitais. Agora está na semifinal de um outro jogo. Parabéns, Caroline!!

Aos colegas de turma que também participaram do Desafio, voltem a jogar para pontuar na temporada desse ano e também concorrerem ao prêmio. Além disso, joguem e discutam suas experiências com Caroline, de modo que possam ajudá-la a ganhar ainda mais experiência para a semifinal que ocorrerá mês que vem em Campina Grande.

Vamos lá!

Abaixo segue o email recebido.

*Caríssima Universitária Caroline,*
Parabéns, você foi classificado (a) para participar da etapa *SEMIFINAL
PRESENCIAL ESTADUAL DA COMPETIÇÃO DESAFIO UNIVERSITÁRIO*
*EMPREENDEDOR 2015, *que acontecerá no período de 13 a 15 de novembro, em
Campina Grande.
Atenção para as orientações que seguem abaixo:
As despesas com deslocamento, alimentação e hospedagem serão custeadas
pelo SEBRAE Paraíba. Você precisa responder as perguntas abaixo:
Você pode participar da etapa semifinal presencial estadual”?
Você esteve matriculado em algum curso de graduação no período de
31/10/2014 a 30/09/2015?
Se sim, favor providenciar os documentos que seguem na relação abaixo,
necessários para a emissão dos serviços acima citados:
- Comprovante de matricula emitida pela secretária da faculdade e
assinada do período mencionado acima.
- Preencher o formulário anexo, bem como disponibilizar a documentação:
- Cópia da carteira de identidade e prova da inscrição no CPF, ou
documento equivalente que indique os números da carteira de identidade e do
CPF.
- Comprovante de endereço.
O prazo para o envio das informações acima, bem como da entrega dos
documentos, é até o dia 27 de outubro de 2015, às 17:00, hora local.

sábado, 24 de outubro de 2015

Essa matéria trata da dissertação de mestrado do Professor Victor Diógenes, do Departamento de Finanças e Contabilidade da UFPB. Abaixo está a parte introdutória da matéria, recomendo que cliquem no link e leiam toda a matéria e a dissertação (caso tenham interesse na área):

Nas discussões sobre a temática ambiental e as mudanças climáticas globais, há uma tendência a se afirmar que a pressão dos recursos naturais é quase exclusivamente resultante do crescimento populacional. Por esse entendimento, pode-se prever que haverá redução do consumo de energia elétrica se houver baixo crescimento ou mesmo estabilização do crescimento populacional brasileiro. Certo? Não. Foi o que concluiu o pesquisador Victor Hugo Dias Diógenes, orientado pelo professor Ricardo Ojima, na pesquisa que resultou na dissertação "Quando menos é mais: análise do impacto da transição demográfica no consumo de energia elétrica domiciliar do brasileiro", apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Demografia (PPGDem), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Essa não é minha área de trabalho, mas imagino que as pessoas estão ficando mais velhas (isso é normal, quando o país tem um nível razoável de desenvolvimento econômico/educacional/humano) e, como o acesso as Universidades foi democratizado, talvez estejam pensando mais antes de ter vários filhos (é financeiramente inviável ter dezenas de filhos hoje em dia - como o nível de educação aumentou, as pessoas devem pensar mais nisso), como consequência também da educação, as pessoas podem se cuidar melhor e aumentar a expectativa de vida, o que implica em população mais velha (menos filhos e mais expectativa de vida). 

Sendo assim, são mais pessoas independentes que podem gastar com computadores, uma geladeira só para guardar cerveja, uma televisão no quarto, outra na sala, outra na cozinha e até no banheiro, dois consoles (Xbox e PlayStation) etc... assim, mesmo com a população decrescendo, o nível de consumo tenderá a aumentar (a não ser, talvez, em um momento de crise pesada e altos índices inflacionários - nesse caso reduz população e consumo de energia).

Achei a ideia da dissertação muito legal. Nunca tinha parado para pensar sobre isso. Parabéns ao Professor!

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Ótima oportunidade para aprenderem um pouco mais sobre finanças!

O curso é oferecido pela Universidade de Toronto. Clique aqui para mais informações.

Obrigado ao Professor Otavio de Medeiros, pela sugestão.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Todos nós passamos por problemas, pelo menos algumas vezes em nossas vidas, quando estamos pesquisando sobre algo, encontramos um artigo que pode nos ajudar muito, mas na hora do download... sua instituição não pode pagar por isso - nem você está disposto a pagar mais de US$ 30,00 por artigo.

Quando isso acontece comigo, geralmente eu envio um email ao autor do artigo e peço para ele me enviar o PDF. Ninguém nunca me negou (porém alguns não responderam...). Eu tenho um artigo publicado em uma revista que é preciso pagar para acessar e também nunca neguei a ninguém.

Agora a onda é pedir pelo Twitter, usando a seguinte hashtag: #icanhazpdf

Os resultados das pesquisas precisam ser publicamente disponíveis, porém alguém tem que pagar por isso. Com certeza. Então não me perguntem se isso é certo, eu tenho uma opinião bem forte e evito dar disclosure a ela (principalmente com relação ao caso brasileiro).


Ela ainda complementa com o seguinte: She explains that many people are becoming increasingly frustrated with a business model—where work is produced by academics, edited by their peers, and often funded by the taxpayer—is hidden behind a paywall. If someone doesn’t want to pay the subscription price on, say, the New York Times, she says, they often can go read the news elsewhere, but this isn’t the case for academic papers behind a paywall because that’s the only place to find the full work.

A decisão é sua!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Um tempo atrás eu postei no blog sobre a forma abreviada do título de mestre. Parece besteira (e é, explico jajá o que me motivou mais), mas como sou curioso e entendo que vocês também sejam... resolvi postar agora sobre a diferença entre PhD e Dr.

Na verdade, não existe diferença. E a motivação para escrever isso se deu porque durante o final de semana eu estive conversando com uns amigos e eles perguntaram quando eu terminaria meu doutorado (sexta e domingo, com pessoas diferentes)... quando eu disse que estava próximo, eles me perguntaram quando eu faria meu PhD. Essa pergunta já foi feita a mim algumas outras dezenas de vezes. Agora vi uma imagem que um colega compartilhou (está no final do post), e foi aí que resolvi postar sobre isso, pois pensei: poxa, tem tanta gente falando sobre isso, será que eu li errado?

A diferença reside apenas no fato de que aqui no Brasil, quem conclui um curso de doutorado, ou seja, tem graduação em alguma disciplina, cumpre todos os créditos do doutorado e tem sua tese aprovada, é chamado de doutor (Dr.) e não de Philosophiae Doctor (PhD ou Ph.D).

Existem vários textos falando sobre isso. O texto mais legal que achei, de forma resumida, foi escrito pelo Professor Dr. Antonio Augusto V. Cruz (da Faculdade de Medicina de RP-SP). Ele cita o famoso parecer 977/65 do MEC, para iniciar seu embasamento, para, no fim, mostrar que Dr = PhD, a diferença é que no Brasil usamos Dr e não PhD.

Retirado da fanpage "História da Depressão"

sábado, 17 de outubro de 2015

Este vídeo, muito útil por sinal, foi divulgado no Business Insider.

Vale à pena assistir e economizar tempo com o Excel.


Durante a greve eu lancei um desafio aos meus alunos e na aula de ontem, eles me mostraram o resultado.

O vencedor foi o aluno Ítalo Nascimento, que estava na 5ª colocação do ranking nacional do jogo da CVM.

A aluna Caroline Delfim conseguiu a 7ª colocação no ranking. Como eu tenho o coração mole, vou dar também uma premiação para ela. (o post foi atualizado no blog da minha disciplina de finanças - Ítalo chegou à primeira colocação).

Parabéns aos dois! Abaixo está a prova do crime.



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Entendam o porquê desse título lá no final do post. Abaixo eu faço alguns comentários baseados na situação do aluno que foi expulso de uma faculdade, após discutir com Professora e coordenador do curso... por causa de uma prova com materiais em inglês.

Dividi o post em duas partes. A primeira fala da minha experiência na graduação e com o que eu faço com meus alunos e a segunda fala sobre a situação da matéria que citei acima.

PRIMEIRA PARTE: minha experiência na graduação, sem materiais em inglês, com base no que eu sei hoje (sei no sentido de amadurecimento e entendimento do mercado de trabalho).

Quando eu fiz minha graduação, eu não estava apto a conversar com nenhuma pessoa em inglês, porém eu tinha algum nível de leitura e "ouvido" para entender algo - não sei se o suficiente para entender o tal vídeo de 30" e ler os materiais sem o auxílio de um dicionário (não sei se esse foi o caso dessa prova).

Porém, pensando hoje, eu gostaria muito que alguns Professores tivessem me "estimulado" (forçado) a explorar melhor o estudo em uma língua estrangeira, durante a graduação. Isso teria me ajudado muito e talvez algumas outras portas fossem abertas mais facilmente.

Pelos motivos elencados acima, sempre que possível, eu faço com que meus alunos, pelo menos, leiam em inglês (na primeira semana de aula em Finanças I eu envio a eles um artigo sobre a história das Finanças, em inglês). Não coloco as provas em inglês, ou como uma atividade "obrigatória": quem quiser ler o artigo ganha o ponto da atividade, quem não quiser não ganha... mas todos participam da discussão sobre ele, mesmo sem ter lido (no mínimo ouvirão o que os colegas tem a dizer).

É difícil fazer coisas assim mesmo em uma IES pública, em que teoricamente, por não termos finalidade lucrativa, os Professores tem mais independência. Em uma IES privada, eu diria que é muita ousadia e parabenizo a Professora por isso!

SEGUNDA PARTE: minha avaliação, superficial, sobre a situação 

Agora avaliando a situação do site, considerando que o vídeo era de 30" e foi dado um monte de material de apoio:

1) O aluno estava errado: por expor a Professora, por não estar preparado para o ensino superior (não é porque ele não sabe inglês) e por, supostamente, ter agredido o coordenador do curso (verbal ou fisicamente).

Em uma outra matéria, tem-se a seguinte fala do aluno: (...) "eu queria que as pessoas refletissem sobre o estilo elitista da prova".

Pessoal, o mercado cobra isso de vocês! Se é elitista ou não, tanto faz, nesse caso. Se você não quiser, você está fora do mercado.

E ainda complementou, segundo a matéria, dizendo que não conversou com a Professora antes de divulgar o texto no Facebook porque a Professora não o tratava pelo gênero masculino. 

2) A Professora estava errada: ela poderia ter enviado o email explicando a situação a todos da turma (já que o aluno tornou o seu problema pessoal um problema público) sem citar o nome do aluno, e sem dizer que ele foi o único incapaz de fazer o exercício. 

Como Professor, eu entendo um pouco a atitude dela. Nós nos esforçamos tanto para preparar bem os alunos, perdemos finais de semana, feriados, férias etc e, além de não sermos reconhecidos, ainda somos ofendidos em alguns casos... isso dá muita raiva. Mas, sempre que possível, é bom pensar duas vezes antes de responder a alguns alunos, principalmente nesse caso. 

Esse aluno já deve ter sofrido a vida toda com bullying, preconceito etc... é como aquela música do Facção Central: "aqui são teus cães programados pra matar". Não que ele vá matar alguém, mas ele sofreu tanto a vida toda que, talvez, tenha exagerado um pouco por esse motivo.

3) O coordenador estava errado? Não entendi bem o problema dele, na verdade! Será que foi porque o aluno disse que ele o tratou como mulher, no lugar de homem? Não sei. Nesse caso, fica, como na agressão, "supostamente".

4) Resumindo: ninguém precisava ter sido expulso ou demitido, se houvesse conversa. Muitas vezes o aluno discorda de algo que o Professor fez, porém não fala ao Professor... fica falando dele pelos corredores da Faculdade, com o coordenador etc. Quem resolve o problema é o Professor. Ele é soberano na sala de aula!

Eu fico extremamente chateado quando um aluno não vem falar comigo. Muitas vezes eu poderia até mudar algo (não que eu vá fazer isso em todos os casos, deixo claro!), mas como o aluno não falou comigo, eu não tenho como tentar resolver nada.

Então, hashtag #FicaADica: conversem com seus Professores!

domingo, 11 de outubro de 2015

Amanhã haverá a divulgação do "Nobel" de Economia deste ano, segundo a agenda do site da Academia Real Sueca. Clique aqui para maiores informações e para assistir online.

Segundo uma "previsão" feita pela Thomson Reuters (eles já acertaram 37 Nobels desde 2002), os fortes candidatos na área de economia são:

ECONOMIC SCIENCES
Sir Richard Blundell, CBE FBA
Ricardo Professor of Economics, Department of Economics, University College London and Research Director at Institute for Fiscal Studies
London UK

For microeconometric research on labor markets and consumer behavior
John A. List
Homer J. Livingston Professor of Economics, University of Chicago
Chicago, IL USA

For advancing field experiments in economics
Charles F. Manski
Board of Trustees Professor in Economics, Northwestern University
Evanston, IL USA

For his description of partial identification and economic analysis of social interactions

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Estive trocando algumas mensagens com um Professor de Hong Kong que pesquisa em minha área (na verdade, eu pedi um código/programação a ele) e ele me sugeriu utilizar o RunMyCode para buscar a solução para um problema da minha tese.

A ideia do site é criar um espaço onde pesquisadores possam compartilhar seus códigos utilizados em softwares (como o R, por exemplo) e dados utilizados em suas pesquisas.

Eu não conhecia esse site e o mais interessante é que tive um artigo aprovado em uma revista, em uma área que tem pouquíssima pesquisa e um dos motivos (em minha opinião) para não termos pesquisas nessa área é a dificuldade de obtenção de dados. Eu conversei com os demais autores do artigo e decidimos divulgar esses dados para quem quiser baixar e utilizar (quando o artigo for publicado, divulgaremos o link). 

Essa decisão foi tomada ontem, é o destino! #FicaADica kkkk.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O I Fuck Love Science publicou um texto falando sobre 20 vieses cognitivos que podem te ajudar a tomar decisões ruins (originalmente isso foi publicado no Business Insider, outro site legal que eu gosto de acompanhar).

As que eu mais tenho problemas e tento não me deixar influenciar por elas são: ancoragem (1), disponibilidade (2) e conservadorismo (8)... esse é lógico, eu sou contador.

Vale a pena conhecê-los e evitá-los, na medida do possível!

http://www.iflscience.com/

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Uma ex-aluna minha teve seu artigo aprovado no I Seminário de Ciências Contábeis e Atuariais da UFPB e me confessou, envergonhada, que não sabia como fazer a apresentação do seu artigo.

A primeira dica que dou é: não se sintam envergonhados. Tem que perguntar mesmo e, se me perguntar, você corre o risco (um risco bom, é claro) de ter a resposta de sua pergunta divulgada aqui no blog (sem a divulgação do nome). Olha que bom: você terá uma resposta e ainda poderá ajudar outras pessoas que possam ter a mesma dúvida.

Vamos às dicas específicas:
  1. Se você é um bom aluno, você já deve ter feito ótimas apresentações de seminários em sala de aula para a sua turma. A apresentação do artigo não é muito diferente. Você vai lá na frente falar para algumas pessoas ouvirem, depois vai ouvir o que elas tem a te sugerir para melhorar seu artigo. Não fique preocupado, você já fez isso antes!
  2. Quando você vai apresentar um artigo (diferente de uma palestra ou um seminário em sala de aula), você vai mais para ouvir do que para falar. Pode parecer meio estranho, mas você quer, na verdade, ouvir sugestões para melhorar seu trabalho para poder publicar em uma boa revista. Então tenha cuidado com o tempo da apresentação. Não exceda o limite estipulado pela organização do evento ou coordenador da sessão;
  3. Sobre o tempo, uma regra que eu costumo usar é "2/3 minutos para cada slide". Meus artigos são essencialmente empíricos, então a maioria deles eu passo bem rápido e falo um pouco mais apenas nos resultados. Sendo assim, essa média de 2/3 minutos tem dado certo. Exemplificando: para 20 minutos de apresentação eu faço 10 slides, ou um pouquinho mais - porém é preciso fazer uma análise "qualitativa", pois muitos slides você não gasta nem 1 minuto (a exemplo do objetivo da pesquisa);
  4. Fique atento às regras de apresentação do evento. Além do tempo de apresentação, geralmente eles fornecem um slide padrão, com a logo do evento. Use-o, não te fará mal. O SECICAT, por exemplo, usará esse daqui.
  5. Como eu disse anteriormente, o objetivo da participação em congressos é pegar sugestões para melhorar seu trabalho, então foque no que tem de novo... que são os seus resultados. Não perca tempo falando da teoria que você usou, pois ela já deve ser bem conhecida (a menos que seja uma teoria nova, que poucos conheçam, ou que você esteja sugerindo uma nova teoria com esse artigo).
  6. Geralmente eu dou uma visão geral do artigo no primeiro slide (ou até mesmo no slide do título) e já passo direto para o objetivo da pesquisa. Nisso devo gastar uns 3, 4 ou 5 minutos no máximo (5 se eu estiver disposto a falar, mas geralmente fica lá pelos 3 minutos mesmo);
  7. Eu simplesmente leio o objetivo da pesquisa, após uma breve contextualização do tema!
  8. Após ler o objetivo eu vou explicar a metodologia. Perceba que eu não falei que coloco um slide falando sobre o referencial teórico. Em uma das apresentações que coloquei abaixo tem alguns slides sobre o referencial teórico. Aquela apresentação foi feita por um coautor que apresenta em um estilo diferente do meu (vocês vão perceber que os slides dele são até mais bonitinhos...);
  9. Os slides da metodologia são os mais importantes, porque se a audiência não entender a sua metodologia, possivelmente não entenderão seus resultados e, consequentemente, não poderão contribuir com comentários sobre o seu artigo. Planeje bem a apresentação dessa parte;
  10. Foque bem também nos resultados, porque a sua contribuição será representada por eles;
  11. Geralmente você chega nas considerações finais com o tempo estourando, então não se empolgue muito com essa parte, a não ser que você tenha poucos resultados para apresentar. Se o tempo estiver acabando, foque em algum comentário mais importante;
  12. Desconheço uma norma da ABNT para apresentações, então não se preocupe muito com a forma. A forma será definida pelo seu estilo. Eu também não costumo colocar as referências em meus slides, pois elas estão no meu artigo completo. Quem quiser vê-las, vá lá no artigo que encontrará;
  13. Às vezes você terá o azar (ou sorte, porque eles são engraçados!) de ter um "Louco de Palestra" em sua sessão. Não se preocupe, deixe ele falar. Se não fizer nenhum sentido o que ele está falando, simplesmente deixe-o jogar para fora todo o seu sentimento, finja estar anotando o que ele diz (para aumentar a qualidade do teatro, você pode até anotar algumas coisas como "isso que ele falou não faz sentido" ou algo do tipo) e balance a cabeça positivamente, para ele pensar que você está concordando e parar de falar logo;
  14. Minha experiência com um Louco: eu já tive, uma única vez, um Louco desses em uma sessão minha, ele falou algumas coisas com sentido e muitas sem sentido. A maior coisa sem sentido foi dita por ele, porque eu disse que eu estava desconfiando de uma coisa que eu ainda não havia testado, aí ele disse: bicho, quando o artigo não estiver pronto, não manda para o congresso. Eu retruquei: bicho, o congresso serve justamente para discutir ideias, se o meu artigo estivesse pronto/finalizado, eu não enviaria a um congresso, enviaria a uma revista. Meu coautor também retrucou. Após isso ele disse que tinha ir que embora para pegar um voo... e vivemos felizes para sempre. Os Loucos também são comuns em bancas de monografias, porque eles geralmente não tem artigos para participar de congressos, então só resta dar seu show em monografias de alunos de graduação;
  15. Leve papel e caneta para anotar as sugestões. Isso é importante para o seu artigo e é meio desrespeitoso não anotar as coisas que as pessoas estão dizendo para te ajudar a melhorar seu trabalho; e
  16. Veja alguns exemplos de apresentações recentes que eu fiz na minha conta no SlideShare. No meu SlideShare ainda não tem muitas apresentações de artigos meus (eu não costumava divulgá-las), pois usava a conta para materiais das minhas aulas, mas tem de alguns alunos que apresentaram em seminários da minha turma de Finanças I. De meus artigos, especificamente, tenho: 1º artigo meu usando o modelo de Ohlson e a PIN, comparação de indicadores de desempenho e uma análise sobre o estilo da auditoria e a qualidade da informação contábil (essa foi uma apresentação um pouco maior).

É isso aí, se tiverem mais dúvidas basta me enviar por email, nos comentários daqui da postagem ou no nosso Facebook.

No futuro (não muito distante), as pessoas que não souberem programar serão os novos "analfabetos".

Para não estarmos elencados nesse grupo, seguem alguns sites com cursos básicos, online e gratuitos:

  1. Cursou
  2. Dicas da Revista Galileu
  3. DevMedia
Quem souber de mais alguns e quiser indicar, fique à vontade, que eu atualizarei aqui.