maio 2017 - Blog ContabilidadeMQ

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terça-feira, 30 de maio de 2017


Clique aqui para acessar a página do prêmio.







A CFA Society Brazil tem o prazer de anunciar a realização do Prêmio CFA Society Brazil de Inovação Financeira. O Prêmio é uma plataforma de divulgação de artigos que contribuam, na esfera dos mercados financeiros e de capitais, para a redução do hiato de inovações financeiras que identificamos no Brasil.
Os mercados financeiros e de capitais no Brasil têm se mantido relativamente pouco integrados ao restante do mundo e concentrados em um número relativamente limitado de instituições. Grassam práticas idiossincráticas — as chamadas “jabuticabas” — que reduzem a liquidez dos mercados e afetam negativamente nossa capacidade de exportar e importar produtos e serviços financeiros. Embora tenhamos visto recentemente um notável esforço de adoção de práticas, estratégias e produtos financeiros mais avançados, permanecemos um mercado relativamente isolado e pouco inovador.
Com o intuito de fomentar a pesquisa na área de finanças no Brasil e gerar um banco de ideias para o constante desenvolvimento do mercado financeiro brasileiro, o Prêmio reconhecerá as melhores monografias que versem, preferencialmente, sobre um ou mais dos seguintes temas:
• Inovação nos mercados financeiros e de capitais
• Novos rumos na relação entre setor público e mercados
• Avanços na regulação de conduta dos participantes dos mercados
 
Os três primeiros colocados receberão as seguintes premiações em dinheiro:
• 1º lugar: R$ 20.000,00 (vinte mil reais)
• 2º lugar: R$ 12.000,00 (doze mil reais)
• 3º lugar: R$ 8.000,00 (oito mil reais)
 
Datas importantes:
• Abertura das inscrições: 17/04/2017
• Encerramento das inscrições: 17/07/2017
• Divulgação dos resultados: 25/08/2017
 
Leia o regulamento completo aqui

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Desde que anunciada a Reforma da Previdência, a opinião pública encontra-se em divergência no que diz respeito ao apoio às mudanças. Em meio ao turbilhão de notícias e opiniões, a Sala de Ações decidiu convidar uma das maiores especialistas sobre Economia do Setor Público no Brasil para falar sobre o tema. 

Vagas limitadas! Inscreva-se já: https://goo.gl/forms/3hwgN74CacUmmrnw2


sexta-feira, 26 de maio de 2017

Para os investidores fundamentalistas/value investors e pessoas do tipo, Warren Buffett dispensa apresentações. 

Para o público geral, que não o conhece, basta saber que ele é, "talvez", o maior investidor de todos os tempos, além de, aos 86 anos de idade, ser o cabeça da Berkshire Hathaway. Buffett é também um grande filantropo.

Nos links abaixo vocês poderão ter acesso aos livros mais lidos sobre Warren Buffett:

O Jeito Warren Buffett de Investir



A Bola de Neve






QUEM SÃO OS AUTORES

Isso não me importa muito, porque estou muito mais interessado em saber mais sobre Warren Buffett, mas precisamos dar os créditos aos diretores pela iniciativa.

Peter W. Kunhardt: produtor e diretor de filmes (veja algumas de suas produções aqui). Foi o diretor do documentário.

Chris Chuang: é escritor (veja mais aqui).


UMA VISÃO GERAL

O documentário começa com diversas frases que parecem ser anúncios de reportagens sobre Buffett. Isso é muito clichê, mas é muito legal, principalmente para aqueles que não conhecem o Oráculo de Omaha (como é conhecido no Brasil, ou The Wizard/Oracle/Sage of Omaha, como é conhecido no resto do mundo).

O documentário retrata a história dele com os negócios e o que ele achava da ideia de ser seu próprio chefe desde criança, quando vendia coca cola e jornais de porta em porta. 

De vez em quando vemos Buffett falar o quanto ele gosta de ler e quantas centenas de páginas ele lê por dia – e diz ainda que gasta entre 5 e 6 horas do dia lendo. A paixão por leitura vem desde sua infância e no documentário há uma boa ênfase a isso.

Veja essa frase dele sobre o quanto lê (retirada daqui): 
(...) Read 500 pages like this every day. That's how knowledge works. It builds up, like compound interest. All of you can do it, but I guarantee not many of you will do it.

Para vermos a influência dos nossos pais em nossas vidas, o documentário fala sobre a Crise de 1929, quando Buffett nasceu e seu pai, que trabalhava no mercado de capitais, foi demitido e fundou sua própria empresa. Imagino que Buffett deve ter crescido ouvindo falar em investir em ações! 

Ele afirma em uma passagem que os primeiros livros sobre investimentos que ele leu foram no escritório do pai dele. Além disso, a mãe dele parece ter exercido muita influência por seu gosto por números e por ser competitividade – coisa que Warren é muito a cara dele.

Ele fala por várias vezes no documentário sobre o poder da capitalização (juros compostos) e sobre saber esperar. Foi isso que levou ele a ser o que ele é nos investimentos.

No final, o documentário foca nas ações de caridade de Buffett.



TRECHOS DE DESTAQUE

Não separei frases específicas nesta review. O documentário todo traz frases ditas por ele próprio que são interessantes para nos motivar como investidores fundamentalistas.

Mas, para não dizer que não trouxe nenhum texto de destaque, trago o seguinte: a parte em que Buffett fala sobre seu MBA é bem interessante e engraçada. 

Ele já conhecia o trabalho de Benjamin Graham (veja aqui uma review sobre um de seus livros) e David Dodd. Ele viu a propaganda de um MBA que tinha os dois como Professores e enviou uma carta dizendo que achava que eles estavam mortos e que gostaria de estudar com eles. 

Ele foi aceito!


NÍVEL DE PROFUNDIDADE/ACESSIBILIDADE

O documentário tem uma linguagem muito acessível, até porque praticamente não foca em questões técnicas. O foco maior é na família de Buffett. 

As discussões também não são muito profundas, então qualquer pessoa sem conhecimento prévio de finanças pode assistir, entender e se motivar, mas não aprenderá muita coisa técnica.


A QUEM É INDICADO

O documentário é indicado para qualquer tipo de pessoa empreendedora (em todos os campos, inclusive, e principalmente, o pessoal). 

Warren Buffett é um cara viciado em leitura e qualquer empreendedor deve tê-lo como exemplo.


VALE À PENA?

Confesso que o documentário não foi bem o que eu esperava - fiquei até um pouco desapontado. 

Pelo título "Becoming Warren Buffett", eu esperava uma coisa e vi outra. 

Eu não esperava um foco tão grande em seu relacionamento com a família, definitivamente. Estava esperando alguma coisa mais “técnica”, porém imagino que a escolha de ter focado mais em questões pessoais seja para poder alcançar um público mais amplo da TV.

Eu fiquei o tempo todo esperando um foco em questões mais técnicas sobre investimentos e sua relação com Benjamin Graham, além de mais foco em como ele começou sua carreira e se tornou o maior investidor de todos os tempos. 

Talvez devesse haver uma série e não um documentário sobre Warren Buffett (poxa, existe uma série sobre Pablo Escobar!!). 

O documentário, por exemplo, focou muito mais na relação dele com Bill Gates do que com Benjamin Graham - que, segundo o próprio Buffett, após o seu pai, foi o cara que mais influenciou a sua vida. Essa, para mim, foi uma grande falha.


Mesmo assim, recomendo a todos que assistam!




Outras indicações de filmes poderão ser vistas aqui.

Outras resenhas poderão ser acessadas clicando aqui.

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Ontem chegamos aos 600 mil acessos no blog!!

Agradecemos a todos por nos lerem e compartilharem o que postamos aqui.

Aproveitem para nos seguirem em nossas redes sociais:

Twitter: @contabilidademq
Fanpage: Contabilidademq


Tentei enviar, na sexta-feira, uma reclamação por meio do site da CVM, mas não consegui (tente por aqui). Então enviei o email abaixo à Ouvidoria (ouvidor@cvm.gov.br) e à Assessoria de Comunicação (imprensa@cvm.gov.br e asc@cvm.gov.br).

Fiz também uma sugestão ao Ministério Público Federal, por aqui.


Segue o email e recomendo que todos os que se sentem lesados façam o mesmo.

Precisamos ampliar o conceito de investidor ativista!


Boa noite, sou Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão, investidor e Professor de avaliação de empresas.
Sinto-me lesado todas as vezes em que vejo que alguns insiders negociam com ações das empresas antes da divulgação de fatos relevantes e nós só ficamos sabendo disso no dia 10 do mês seguinte ao da operação.
Em 2013, em uma entrevista, o então Presidente Leonardo Pereira disse que a Instrução CVM 358/2002 estava sendo revista. Todavia, até hoje não vimos nenhuma alteração.
Há cerca de 2  anos entrei em contato por telefone com a CVM e também fui informado de que a Instrução estava em vias de ser alterada. Porém nenhuma informação adicional me foi dada.
Agora, com o caso da JBS, assim como foi com o caso do grupo EBX, o Mercado clama por uma melhoria em alguns processos do mercado de capitais. A alteração dos prazos da 358 são mais que urgentes.
Gostaria de mais informações sobre isso. Se vocês têm interesse em alterar esta regulamentação, se ela está em processo de alteração ou alguma outra informação.
A base para o meu questionamento está aqui neste link:  http://contabilidademq.blogspot.com.br/2017/05/operacoes-da-jbs-ate-quando-cvm-vai-permitir-isso.html 
Agradeço antecipadamente pela resposta.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Aos que não conhecem, o FolhaInvest é um simulador da Bolsa de Valores. Lá vocês podem começar a testar as suas estratégias de investimentos. Recomendo que treinem bem lá e sempre pensando no longo prazo.

Todo semestre eu faço uma competição entre os meus alunos e dou alguns prêmios para os que tiverem o melhor desempenho no simulador. Um semestre não é bem um prazo longo, mas serve como uma introdução ao mercado de capitais.

Segue o ranking com o nome do aluno e a sua rentabilidade anual (equivalente):

1º Emanuel Barros: 18,74%
2º Clara Cananeia: 7,64%
3º Ana Laura: 5,12%
4º Cleydiane Oliveira: 4,41%
5º Micael Gadelha: 3,12%

Faço um destaque especial para Jocielen que ficou em 6º lugar no ranking, mesmo num mês conturbado como esse. Este mês ela está com um retorno de 0,68%, quando só ontem a bolsa caiu mais de 10%.

Parabéns a todos por não terem desistido, mesmo tendo alguns resultados ruins. O período que vocês entraram foi bem conturbado, mas, por outro lado, foi bom para os compradores e investidores de valor que pensam no longo prazo.

Espero que continuem pensando em investir no mercado de capitais.

Em breve receberei o relatório final das carteiras de cada aluno, inclusive com alguns outros indicadores de desempenho.

O ranking foi fechado na sexta-feira, dia 19/05/2017.

P.s.: as meninas parecem ter dominado, hein?! Gostei de ver. O mercado de capitais também é coisa de mulher!


domingo, 21 de maio de 2017

Dada a importância do tema, ouso dizer que esse é um dos artigos mais importantes que eu li nos últimos tempos!

Esse tema é importante porque a coleta de dados de alta frequência é muito cara. É cara tanto no sentido de saída de caixa para a compra de acesso aos dados, quanto no sentido de tempo que levamos para baixar e tratar esses dados.

Além do custo da coleta dos dados, nos chama a atenção as inúmeras aplicações para dados de alta frequência. Um exemplo disso é a detecção de negociações anormais (evidência de insider trading).

Semana passada tivemos o caso da JBS que se alguém tivesse acompanhado os dados de negociações com ações da empresa em alta frequência poderia ter percebido que uma notícia ruim estava por vir, porque vendas anormais podem indicar notícias ruins.

Agradeço a Marcos Nagamura por compartilhar esse artigo no grupo Econometria Aplicada do LinkeIn e aos autores por terem feito este trabalho. Ainda não o testei, mas o farei em breve!

Já falei tanto, então vamos ao ponto: acesse o artigo "GetHFData: a R package for downloading and aggregating high frequency trading data from Bovespa" para maiores informações.

Aqui estão dois artigos meus em que usei esse tipo de dado:
Avaliação de empresas e a probabilidade de negociação com informações privilegiadas
Preço da Ação, Disclosure e Assimetria de Informação: o Caso OGX

sábado, 20 de maio de 2017

O primeiro artigo da última edição da RECFin, de autoria de Samuel de Paiva Naves Mamede, Wilson Toshiro Nakamura, Elaine Aparecida Maruyama Vieira Nakamura, Graciela Dias Coelho Jones e José Renato de Paula Souza Jardim, tem o título de “Empresas brasileiras estatais e não estatais: uma análise das relações de endividamento”. 


Os autores analisaram as relações do endividamento das empresas brasileiras estatais e não estatais listadas na BM&FBovespa (agora B3, após a fusão com a CETIP). Os resultados do artigo apontaram que quanto maior o tamanho da empresa, menor é o nível de endividamento; que o endividamento das empresas privadas é menor do que as empresas estatais e que não houve qualquer tipo de constatação e/ou inferência de que a variável concentração de capital pode trazer implicações para a possível relação significativa do endividamento contábil e de mercado nas empresas brasileiras estatais e não estatais. 

O artigo poderá ser acessado no seguinte link: http://periodicos.ufpb.br/index.php/recfin/article/view/31972

A RECFin atualmente está classificada como B3 no Qualis de Administração, Ciências Contábeis e Turismo e aceita novas submissões de artigos continuamente.

#RECFin #PPGCC #UFPB #EstruturaDeCapital

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Quem acompanha o blog com frequência sabe que uma das linhas de pesquisa em que eu mais trabalhei nos últimos anos foi com relação a insider trading (legal ou ilegal) e informatividade das operações dos insiders (no final do post colocarei os links de alguns artigos meus e de meus colegas coautores). Eu fico muito irritado em ver os problemas de sempre se repetindo, se repetindo e se repetindo de novo.

Como não há provas efetivas de que os insiders da JBS tenham de fato operado com informações privadas (insider trading ilegal), chamo atenção ao fato de que é importantíssimo que saibamos de forma tempestiva quando os insiders das empresas em que investimentos fazem negociações.

Pela regra atual da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) (Instrução CVM 358/2002), os insiders têm até o dia 10 do mês subsequente à operação para divulgar ao mercado que compraram ou venderam ações da sua empresa. 

Eu sempre enfatizo isso: se o insider negociou no dia 1º de um mês X, ele pode divulgar ao mercado apenas no dia 10 do mês X+1. Perdemos 40 dias de tempestividade da informação. Até lá, nós, pequenos investidores, já fomos duramente expropriados.

Geralmente eles usam esse prazo bem direitinho. Vejam, o caso da JBS um pouco mais a frente.

Além disso, não sabemos exatamente quem foi que negociou com as ações.  

No caso da JBS, foi noticiado que o grupo controlador fez algumas operações de venda (Fonte: Suno Research - são os únicos que eu conheço, aqui no Brasil, que divulgam esse acompanhamento pros seus clientes/leitores) após o início das negociações secretas do acordo de delação premiada (Fonte: Exame)

O CASO DA JBS: venda de ações


Ontem, as ações da empresa (#JBSS3) fecharam cotadas a R$ 8,58 (- 9,68%). Para facilitar as contas e ser conservador, pegarei o preço mínimo do relatório dos insiders de abril (artigo 11 da 358), que foi R$ 10,11 (venda realizada em 20/04/2017). Com isso, quem comprou as ações dos controladores ao preço das vendas de abril, ontem teve uma perda de capital (caso tenha realizado) de 15,13%.

Os controladores evitaram uma perda - considerando que realizaram ontem e que venderam 31.777.500 ações em abril - de (R$ 10,11 - R$ 8,58)*(31.777.500) = R$ 48.619.575

Bom, né? Mas quem, efetivamente, perdeu com isso?

Minoritários e contribuintes perdem direta e indiretamente

Segundo apurou o Valor, durante os dias em que os controladores venderam as ações da JBS, a tesouraria da empresa comprou aproximadamente 60% das ações que foram vendidas. 

Sobrou para os minoritários duas vezes, porque eles são minoritários, mas antes de tudo são também contribuintes com os seus altos tributos que são pagos. 

Vejamos as participações de empresas estatais na JBS: Caixa Econômica Federal = 4,92% e BNDES Participações = 21,32%. A fonte disso é o último formulário de referência da empresa, que foi entregue no dia 11/05/2017.

Para quem não lembra, o BNDES detinha, em 2011, R$ 4 bilhões em debêntures da JBS. Como a empresa não cumpriu uma das cláusulas contratuais, que tratava da abertura de capital nos EUA, a JBS teve que aumentar o capital aqui no Brasil para acomodar a conversão das debêntures em ações. 600 milhões de ações foram emitidas, com valor justo de R$ 7,04.



Será que os controladores fazem operações de compra/venda de ações com frequência? 

Vamos ver os últimos relatórios do artigo 11 da 358, especificamente do acionista controlador:

     Mês/Ano        ---                        Venda/Compra                 ---   Data da divulgação 
Dezembro/2016   ---   Não houve operação                               ---   09/01/2017
Janeiro/2017        ---   Não houve operação                               ---   09/02/2017
Fevereiro/2017    ---   Não houve operação                               ---   08/03/2017
Março/2017         ---   Não houve operação                               ---   07/04/2017
Abril/2017           ---   Venda com volume de R$ 328.521.708  ---   10/05/2017

No artigo "O lado B do insider trading: relevância, tempestividade e a influência do cargo", nós comentamos que os insiders vendem ações por diversos motivos (liquidez, rebalancear a carteira... viajar pros EUA etc), então isso não quer dizer, necessariamente que houve insider trading ilegal. 

Pode ter sido apenas coincidência...

No caso da JBS, é possível que eles tenham realizado essa venda para ajudar a pagar a multa de R$ 225 milhões, pelo acordo de delação premiada.

Só para constar, em dezembro de 2016, a Diretoria da JBS vendeu 10 mil ações (volume de R$ 112.800), em fevereiro de 2017 a Diretoria vendeu 254,5 mil ações (aproximadamente) (volume de 3.145.364) e só foram essas as movimentações deste período para os insiders não controladores.

Caso não tenha havido má fé, a culpa do problema é exclusivamente da Instrução CVM 358/2002 que é totalmente ineficiente e ineficaz. Ela não nos ajuda em muita coisa e isso, como eu disse citando o "Lado B do insider trading", é uma crítica antiga.

Até quando a CVM continuará com essa Instrução sem sentido?! Me pergunto isso há muito tempo. 


O CASO DA JBS: compra de dólares

Com relação à compra de dólares, lembro que no dia de sair a delação, em um grupo de investidores que eu participo, várias pessoas comentaram sobre um movimento estranho nos contratos de dólar. À noite saiu a bomba!

Segundo apurou o Valor, a JBS teria montado uma forte posição comprada em dólar, que poderia ser superior a US$ 1 bilhão. E isso ocorreu entre as 17h00 e 18h00 do dia 17/05/2017.

Só para constar, no dia seguinte à delação, o dólar teve uma valorização de 8,06%. A maior desde 1999 com a maxidesvalorização do real.

A CVM também está apurando isso. Vamos ver no que vai dar, porque tem muita gente chateada com o nosso Xerife. Isso não é nada bom para o desenvolvimento do mercado de capitais e consequentemente do país.

Para finalizar, abaixo estão alguns artigos e outros posts relacionados ao tema. 

Boa leitura e cuidado com a volatilidade dos próximos meses!

Artigos meus sobre o tema do post:
O lado B do insider trading: relevância, tempestividade e a influência do cargo
Avaliação de empresas e a probabilidade de negociação com informações privilegiadas
Preço da Ação, Disclosure e Assimetria de Informação: o Caso OGX

Outros posts do blog sobre o tema deste post:
Tag com todos os posts sobre insider trading daqui do blog
Quanto mais insider trading melhor?
Preço da ação, disclosure e assimetria de informação: o caso da OGX
Eike Batista é acusado de insider trading por Rafael Ferri: falhas na 358?
Rafel Ferri e uma nova (possível) venda de ações da OGX por Eike Batista: falhas na 358?
De novo, Eike? Falhas na Instrução CVM 358
O Lado B do insider trading

terça-feira, 16 de maio de 2017

As inscrições para o Hackfest - Contra a Corrupção podem ser realizadas gratuitamente no site do evento.

Não percam essa oportunidade!

hackfest.com.br

quinta-feira, 11 de maio de 2017

O CCSA está com diversas bolsas para projetos de extensão. Fiquem atentos porque as inscrições poderão ser realizadas até amanhã!

Aproveitem para curtir a fanpage da Assessoria de Extensão do CCSA para ter acesso às informações que divulgamos por lá:

Um (ex-)aluno me questionou sobre como poderia fazer as estatísticas descritivas do seu artigo separadas por grupos.

A forma mais simples que eu conheço de fazer é conforme os comandos abaixo:

Não é possível trabalhar com os dados assim

** Para transformar essas variáveis não numéricas em uma forma que o Stata entenda e que consiga trabalhar, siga o seguinte procedimento:
encode setor, gen(setor2)

** Agora percebam que a variável está azul:


** O próximo passo é solicitar as estatísticas descritivas. Essa ideia pode ser usada para outros comandos, como o da regressão (com as devidas adaptações):
tabulate setor2, summarize(media_eps)


terça-feira, 9 de maio de 2017

Finalmente, depois de 5 anos, temos acesso aos resultados do Exame de (in?)Suficiência em Contabilidade divulgados por IES.

Esse é um passo muito importante, para podermos avaliar melhor a nós mesmos (como IES) e para que os alunos possam verificar mais essa medida de desempenho para a escolha do seu curso de graduação.

Ainda há muito o que se fazer, mas esse é um primeiro grande passo, apesar de atrasado.

Clique aqui para acessar a lista.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Nesta sexta-feira, o projeto de Extensão Sala de Ações, com o apoio do Programa de Pós-graduação em Contabilidade da UFPB, trará o Assessor de Investimentos Maurício Leila, da Hall Investimentos (São paulo).

A palestra tratará desde assuntos básicos sobre investimentos, até as perspectivas para a economia e o mercado de capitais a partir das reformas que vêm sendo discutidas no Brasil.

Ao término, será aberta a sessão de perguntas, em que os participantes poderão questionar o palestrante sobre temas diversos, relacionados a investimentos e ao
trabalho na área de finanças.

As inscrições poderão ser realizadas no local, a partir das 13h30.

Não percam o horário, pois as vagas são limitadas!

O site para inscrições é o seguinte: torneiogerencial.com.br 

O Torneio Gerencial distribuirá prêmios em dinheiro, kits do TG e placas para equipes classificadas na Etapa Final. Os prêmios são:

1º Lugar: R$ 5.000,00 (cinco mil reais) e uma placa para a equipe + 1 kit do TG por participante;

2º Lugar: R$ 3.000,00 (três mil reais) e uma placa para a equipe + 1 kit do TG por participante;

3º Lugar: R$ 2.000,00 (dois mil reais) e uma placa para a equipe + 1 kit do TG por participante;

4º Lugar: R$ 1.000,00 (mil reais) e uma placa para a equipe + 1 kit do TG por participante;

5º Lugar: R$ 500,00 (quinhentos reais) e uma placa para a equipe + 1 kit do TG por participante;

6º Lugar: R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) e uma placa para a equipe + 1 kit do TG por participante; e

7º e 8º Lugar: Uma placa para a equipe + 1 kit do TG por participante.

Semana passada, a RECFin divulgou seu último número.

Abaixo está um quadro com a descrição detalhada dos prazos de cada artigo (que podem ser obtidos nos rodapés dos artigos).

Para conhecer a RECFin, B3 na área de Adm, Contabilidade e Turismo, clique aqui: http://periodicos.ufpb.br/index.php/recfin/index


quarta-feira, 3 de maio de 2017

Recentemente o Professor Wooldridge postou a seguinte mensagem no seu Facebook:


Para nós, em português, não tem muito problema. É heterocedasticidade e pronto.

Mas em inglês, quando estamos lendo artigos ou livros, costumamos ver esse termo sendo escrito de duas formas: heteroscedasticity (686.000 resultados no Google e 121.000 no Google Acadêmico) e heteroskedasticity (815.000 resultados no Google e 129.000 no Google Acadêmico). 

Ainda poderia haver a possibilidade de se escrever "heterossedasticity" (McCulloch, 1985). Essa forma tem bem menos resultados no Google (6) e no Google Acadêmico (2).

Qual é o correto?

Nos comentários da postagem, um dos participantes da conversa recomendou este "artigo" (apenas de 1 página): On Heteros*edasticity (McCulloch, 1985).

Segundo McCulloch, analisando a raiz da língua inglesa e alguns outros fatos históricos, heteroskedasticity é a forma mais correta - porém eu vejo com bastante frequência o uso de heteroscedasticity - e pelas pesquisas do Google, vemos que ela é muito usada.

A língua é uma coisa viva, em movimento - e muito interessante. Dessa maneira, usem a forma que quiserem, sem preconceito linguístico.

Gujarati e Porter (2010, p.301) comentam sobre isso: heteroskedasticity é o mais correto, mas a outra forma é tão bem estabelecida na literatura, que nós apenas vemos ocasionalmente a palavra sendo escrita com k.

Para finalizar, aqui estão alguns dos livros que eu mais uso e como eles escrevem heterocedasticidade em inglês:

heteroscedasticity: Gujarati e Porter (2010) e Greene (2012).
heteroskedasticity: Wooldridge (2002), Maddala (1992), Cameron e Triverdi (2005), Brooks (2012), Baltagi (2005) e Arellano (2003).

terça-feira, 2 de maio de 2017

Na última aula, sobre dificuldades financeiras, discutimos sobre o caso da OGX.

Na aula de hoje continuaremos a tratar sobre dificuldades financeiras, onde apresentarei algumas questões "teóricas", apresentarei o caso da Oi e finalizaremos com alguns modelos de credit scoring.

As bases de dados utilizadas podem ser baixadas clicando aqui e aqui.


Resultado de imagem para conucic

É aluno de mestrado ou doutorado e está na fase da pesquisa? O XI CONUCiC oferece uma excelente oportunidade de amadurecer a sua proposta. Submeta seu projeto de dissertação ou tese para os consórcios do evento.

O Consórcio Doutoral e Mestral do XI CONUCIC é uma das atividades oferecidas pelo XI CONUCIC que consistirá em uma seção destinada para a discussão de projetos de tese de doutorado e de dissertações de mestrado de alunos de Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, onde o objetivo é contribuir para o aprimoramento dos projetos e melhorar a qualidade das teses e dissertações produzidas.

O período para submissão dos projetos é de 22/05 a 30/07.

Para mais informações, Clique aqui!

O evento ocorrerá na UFPB.

As inscrições poderão ser realizadas gratuitamente por meio deste link.

Planejamento financeiro e você
A palestra visa apresentar a importância do planejamento financeiro pessoal e familiar.

9 de maio
19h30 às 20h30

Palestrante:
Diego Nunes Lira Barbosa, CFP®
Planejador financeira pessoal

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Antes de apresentá-las, será que a 1ª, por exemplo, tem mais VALOR do a 8ª? 

Para isso, precisaríamos estimar seus valores intrínsecos e não olhar para o valor de mercado (preço da ação * quantidade de ações).

Alguém com curiosidade o suficiente para fazer isso?

Outro comentário adicional é que a matéria fala sobre o valor de mercado da empresa toda e não apenas da divisão de games. Assim, é sacanagem comparar a Apple e Microsoft com as demais. Outro desafio para alguém mais curioso!

Vamos ao ranking (veja a matéria completa no Uol Jogos), da 8ª à 1ª:

Take-Two Interactive (US$ 2,59 bilhões)
Electronic Arts (US$ 7 bilhões)
Nintendo (US$ 11,63 bilhões)
Activision Blizzard (US$ 15,25 bilhões)
Tencent (US$ 57,3 bilhões)
Sony (US$ 149,49 bilhões)
Microsoft (US$ 193,69 bilhões)
Apple (US$ 321,68 bilhões)
A Take-Two é a dona de dois dos maiores jogos de mundo aberto: GTA e Red Dead. Eu nunca joguei o segundo, mas o primeiro eu acredito que qualquer que tenha menos de 40 anos e goste de video games tenha jogado. Porém não é um jogo que eu sou fan, nem tente terminar. Enjoo rápido desse tipo de jogo. Além disso, eles têm o Borderlands, que eu também não gostei muito - nem terminei.

A EA dispensa comentários com jogos como Fifa (não jogo jogos de futebol há uns 10 anos), BF (adoro jogos de guerra) e Plants versus Zombies, que é muito divertido.

A Nintendo também dispensa comentários e até já postei aqui no blog sobre ela. Veja esse post sobre o Pokemon Go.

Activision fez parte da minha adolescência! Eu passava maior parte das minhas tarde jogando Tony Hawk's (melhor trilha sonora de jogos - para quem gosta de rock).

As demais não têm jogos que me chamam a atenção.