Post de Reinaldo Polito no Uol Economia onde ele mostra a importância de duas coisas que são muito faladas (uma delas é tema do nosso blog e a outra é eventualmente divulgada aqui também): os métodos quantitativos aplicados aos negócios e a boa comunicação.
Abaixo seguem as partes mais interessantes do post, para ler na íntegra clique na fonte, no final do texto.
Quanto custa um empréstimo? Hoje é muito fácil calcular o custo de uma  operação financeira apenas colocando as variáveis em simples programas  de computador elaborados para essa finalidade. O que agora se mostra tão  elementar, entretanto, nem sempre foi assim.
(...)  
Por isso também que os engenheiros de produção tomaram conta do  mercado. Todos saíam da faculdade sabendo mexer com números e  encontravam as portas abertas nas organizações financeiras. E quem não  sabia fazer conta, como conseguia se virar?  
A história é bastante curiosa. Tanto nas empresas como nas organizações  financeiras, no comecinho dos anos 1970, os profissionais, sem nenhum  constrangimento, usaram umas tabelinhas. Todos tinham a bendita tabela  na pasta ou na gaveta.  
Assim que começavam a discutir a operação, cada um do lado oposto da  mesa sacava sua tabelinha. Ali encontravam os diferentes percentuais de  reciprocidade em depósitos à vista e arrecadação de impostos, taxa de  juros, prazo da operação e pronto, a rentabilidade ou o custo do  empréstimo estava calculado.  
O problema é que tudo tinha de ser feito com os mesmos números da  tabela. Se fosse sugerido um percentual de reciprocidade diferente, uma  taxa de juros quebrada em décimos, ou prazo fora dos 30, 60 e 90 dias, a  tabela já deixava de ter utilidade. Era comum ajeitar operações só para  que se enquadrassem nas variáveis da tabela.  
(...)  
Da época das tabelinhas até aqui muita coisa mudou. Saber calcular  custo ou rentabilidade de operações passou a ser competência essencial  para gerentes de banco ou financeiros de empresa. Mesmo que o  profissional não tenha tanto domínio, os programas de computador darão o  resultado de que precisa.  
E a comunicação? Há pouco tempo nosso curso foi contratado para treinar  150 executivos de um grande banco. Na conversa inicial que tive com o  presidente da organização ele me disse: "Polito, estou contratando você  porque de nada adianta os 'meus meninos de ouro' conhecerem tudo sobre  matemática financeira se não souberem falar. Nós não estamos precisando  de 'pilotos de HP'. Queremos que os nossos profissionais saibam se  comunicar bem para inspirar confiança e credibilidade".  
E completou: "qualquer gerente de banco hoje sabe fazer conta, mas nem  todos sabem falar de forma clara, objetiva e persuasiva".  
   A mesma habilidade que os gerentes de banco e os  financeiros das empresas tinham há 40 ou 50 anos é exigida hoje –a  insubstituível capacidade de falar bem. É possível deduzir, portanto,  que saber falar hoje é tão importante quanto saber calcular.
Fonte: Uol Economia 
Nenhum comentário:
Postar um comentário