"Você   não precisa ser um contador forense para ser um contador forense",   disse o professor da Louisiana State University, Donald Larry Crumbley,   na palestra internacional "Forensic Accounting: Challenges and   Perspectives". O evento contou também com outros especialistas no   assunto, como os auditores Philip Ostwalt e Werner Scharrer, da KPMG, e o   professor da FEA Alexsandro Broedel.
O  especialista em contabilidade Forense busca evidências e  provas de  atos fraudulentos praticados contra o patrimônio de empresas  públicas e  privadas, além de pessoas físicas, como investidores. “Existe  fraude  em qualquer organização. A qualquer país que você vá, vai  encontrar  fraude”, diz Crumbley.
Assim,   o contador forense se mostra de suma importância numa empresa e  precisa  de qualidades específicas para tal trabalho. Crumbley acredita  que este  especialista precisa “ter uma mente, que duvide que aqueles  documentos  que está vendo sejam os verdadeiros”. O trabalho deste  profissional é  então coletar evidências. “Isso é o que nós fazemos. Nós  olhamos para o  incomum, para o que está diferente”, diz o professor.
Um   conselho dado por Crumbley é: “leia romances policiais. Precisamos   pensar como os criminosos”. O contador Werner Scharrer também atenta   para outra qualidade necessária: saber perguntar. “Ter habilidade para   entrevistar pessoas é essencial para conseguir informações”, diz ele.
Na   verdade, as habilidades necessárias ao contador forense não param por   aí, já que o campo é bem abrangente. Segundo Crumbley, ele reúne   direito, contabilidade, auditoria investigativa e criminologia. É   necessário estar atento ao padrão de vida dos suspeitos, aos seus   gastos, ao fluxo de caixa e até mesmo suas movimentações virtuais.
No   Brasil, o campo ainda é pouco divulgado e estudado. A maior parte das   faculdades que oferecem o curso de Contabilidade Forense se encontra  nos  Estados Unidos, fato importantíssimo para o país, já que as  empresas  nos EUA perdem em média 5% dos lucros por causa das fraudes,  isto quer  dizer que todo ano as organizações perdem 994 bilhões de  dólares devido a  atos fraudulentos.
Fonte: FEA 

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