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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Aportes periódicos podem potencializar ou prejudicar os retornos dos investidores?

Continuando a série de posts sobre a viabilidade do investimento em ações no país da renda fixa (e da poupança!), hoje vamos verificar se os aportes periódicos são benéficos e o quão bom ou ruim eles são para a criação de um patrimônio, sempre pensando em investimentos para o longo prazo - de preferência para a aposentadoria.

Mas antes de entrar no assunto do dia, vamos relembrar o que nós já vimos aqui nessa série de postagens sobre investimentos em ações versus CDI. Recomendo sempre que leiam o primeiro post da série, pois é lá que estão as respostas para a grande maioria das perguntas que as pessoas me fazem sobre os resultados apresentados:

  1. Vale à pena investir em ações? Comparativo com o CDI de 1998 a 2015.
  2. Vale à pena seguir as recomendações dos analistas? Comparativo com o CDI de 2001 a 2017.
  3. Aqui tem um vídeo explicando os dois posts acima, para quem não quiser ler.
  4. O investimento em ações tem capacidade de ganhar de 130% do CDI?

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ATUALIZAÇÕES DOS POSTS (1) "VALE À PENA INVESTIR EM AÇÕES?" E (4) "O INVESTIMENTO EM AÇÕES GANHA DE 130% DO CDI?"

Como as metodologias de escolha das carteiras de ações com base em fundamentos e capacidade de pagamento de dividendos está explicada no post (1) e a metodologia para a escolha das carteiras de ações baseadas no consenso dos analistas está explicada no post (2) e os links estão aí em cima, eu apresentarei apenas os gráficos com uma breve análise de atualização daqueles posts que fiz anteriormente.

Lembro que boa parte dessas análises e atualizações que estou fazendo foram baseadas em críticas e sugestões que tenho recebido.

Gostaria de receber mais críticas e sugestões aqui nos comentários para fazer novos posts - minha criatividade está acabando. Fiquem à vontade!




FAZER APORTES PERIÓDICOS EM AÇÕES PODE AUMENTAR CONSIDERAVELMENTE O MEU PATRIMÔNIO NO LONGO PRAZO?

Analisando o gráfico, é possível ver que a educação financeira, paciência e persistência, aliados à escolha de boas empresas para se investir fazem uma grande diferença na criação de patrimônio do investidor.

No caso do backtest apresentado, baseado na metodologia do post "Vale à pena investir em ações?" - cujo link está no início desse texto - é possível notar que o investidor que consegue aplicar R$ 10.000,00 (R$ 10 mil!) anualmente nas 10 melhores empresas de cada ano (não foram as 10 que mais valorizaram, foram as 10 com melhores fundamentos), pode formar um patrimônio muito grande.

E aí, se você optou por ficar preso ao CDI (130% dele, na verdade), perdeu uma ótima oportunidade de se aposentar mais cedo, ou até mesmo realizar um grande sonho.

Não digam que foi por falta de aviso. Mas vá com cuidado e muito estudo.

E vamos ser sinceros. Uma pessoa com um salário razoável, sendo bem equilibrada financeiramente, consegue juntar R$ 10.000 em um ano com certa tranquilidade.

Se considerarmos até mesmo as pessoas que ganham bem pouco (média nacional), ainda é possível investir e montar um bom patrimônio. Mas isso é assunto para outro post que já está engatilhado.






Veja clicando aqui algumas pequenas dicas que eu dei para economizar dinheiro e começar a investir.



FAZER APORTES PERIÓDICOS EM AÇÕES, MESMO SEM TEMPO PARA ANALISAR AS EMPRESAS, MAS SEGUINDO OS ANALISTAS, PODE AUMENTAR CONSIDERAVELMENTE O MEU PATRIMÔNIO NO LONGO PRAZO?

Lembro, antes de mais nada, que aqui eu usei o consenso dos analistas, que está explicado no post (2) da série: "Vale à pena seguir as recomendações dos analistas?".

O link está no início desse texto. Existem analistas melhores e outros piores. Eu fui na "média", que chamamos de consenso.

O gráfico abaixo mostra o investimento em ações escolhendo as 10 melhores empresas de cada ano é superior a qualquer outra estratégia apresentada no gráfico: 130%*CDI, consenso dos analistas etc.

Contudo, como os analistas trabalham para quem não tem tempo, experiência e conhecimento do assunto, podemos ver que a estratégia de seguir o consenso dos analistas ainda gerou um patrimônio 11% maior do que o investimento no CDI pagando 130%.

É claro que há volatilidade no investimento em ações, porém, para investidores de longo prazo, a volatilidade é pouco importante.

O montante investido ao longo desses 15 anos do gráfico foi de R$ 150.000,00, equivalente a R$ 10.000,00 por ano.

Isso geraria um patrimônio 9,64x maior, se o investidor tivesse escolhido com base nos fundamentos as 10 melhores empresas de cada ano, enquanto que geraria um patrimônio 4,43x maior do que o montante investido, caso seguisse o consenso dos analistas e 4x maior caso tivesse investido a 130% do CDI.

O Ibovespa, como sempre, passando vergonha: 1,47x o montante investido.

Pensem nisso!


P.s.: veja que o gráfico aqui começa em 2001, enquanto que o gráfico anterior começa em 1995. No post 2 isso é explicado. O motivo é que só temos informações de analistas aqui na UFPB desde 2002.



Considerações Finais



Mais uma vez são apresentadas evidências de que vale à pena investir em ações, desde que a mentalidade do investidor seja o longo prazo.

Todavia, gostaria de reiterar alguns pontos que apresentei nas considerações finais do último texto que fiz antes desse sobre este assunto:

  1. Antes de investir em ações, é preciso que as pessoas sejam educadas financeiramente, gastem menos do que ganhem e estudem sobre os riscos do mercado. Vejam um post que fiz sobre isso aqui no blog no final do ano passado: final do ano é é poca de pensar no futuro.
  2. É importante que as pessoas saibam que os retornos passados não são garantias de retornos futuros, porém essa é, talvez, a melhor forma de testarmos estratégias. Cuidado com isso.
  3. Tenho outro post que deverá sair nas próximas semanas sobre aportes anuais menores do que R$ 10.000,00 e duas outras análises sobre as ações menos recomendadas (que estão fora do radar da maioria) e ações com mais recomendações de venda.

Vídeo


5 comentários:

  1. Especialmente curioso pra ver esse aqui: as ações menos recomendadas (que estão fora do radar da maioria).
    Gostaria também de ver um backtest que considere os menores EV/EBITDA como indicador base. Nos EUA, há críticas a respeito, mas também há quem diga que funciona melhor do que utilizar a conjunção de menor EV/EBITDA com maior ROE, em termos de rentabilidade da carteira. Gostaria de ver esse raciocínio aplicado a ações da nossa bolsa.
    No mais, como sempre, parabéns pelo conteúdo.

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    Respostas
    1. Mazinho, as ações menos recomendadas deverá sair após o canarval. A outra sugestão eu vou anotar e colocar na fila, mas deverá demorar mais.

      Obrigado pelo comentário!

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    2. Tranquilo, Felipe. Sigo acompanhando.

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  2. Muito bom!!!
    Continue assim.
    Tem poucos estudos com mercado brasileiro.
    Acredito que aplicando "Greenblatt" chegue as mesmas conclusões que o mercado Americano.
    Obrigado.

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