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terça-feira, 13 de agosto de 2019

Modelagem Financeira e Informações Pro Forma




Aqui estão os slides usados na segunda aula de introdução a Valuation, na disciplina de Finanças 2, sobre modelagem financeira. Após os slides eu também apresento algumas informações adicionais sobre cuidados que é preciso que as pessoas tomem quando analisarem informações pro forma.









Como eu disse no início, abaixo apresento algumas informações sobre cuidados que devemos ter com o uso de informações pro forma:

Me perguntaram no Twitter o que são "informações pro forma" na teoria e na prática. Primeiro: para mim, não há distinção entre teoria e prática. Tudo o que eu pesquiso, estudo e ensino é o que eu pratico (exceto a otimização de carteiras kkk)

Antes de entenderem o conceito de informação pro forma, deem uma busca na palavra pro forma. O que ela quer dizer? Depois de pesquisar o que "pro forma" quer dizer... tenham cuidado com divulgações pro forma.

A informação pro forma é uma informação "fora da norma" (non-GAAP) para apresentar os efeitos de alguma coisa nova (como a IFRS 16), ou de modo a "melhor representar" a realidade econômica da empresa. Vejam essa aula dos slides acima, feita pelo meu ex-orientado de mestrado Souza Neto.

Na prática, vejam como a Magalu usou para apresentar o efeito comparativo da IFRS 16 e outros ajustes não recorrentes:



Como eu disse antes da imagem, é preciso ter cuidado com esse tipo de informação. Às vezes ela pode tentar manipular os investidores. Principalmente investidores menos experientes precisam ter cuidado com isso. 

Vejam esse artigo publicado na The Accounting Review (principal revista científica de contabilidade do mundo): The Effects of Pro Forma Earnings Disclosures on Analysts' and Nonprofessional Investors' Equity Valuation Judgments

Aqui tem mais um da Accounting Review que mostra o efeito da informação pro forma nos menos experientes... focando na ênfase que é dada à informação pro forma pela gestão da empresa. Todavia, a reconciliação da informação pro forma e da norma mitiga esse efeito (foi o que a Magalu fez!): Are Investors Influenced by Pro Forma Emphasis and Reconciliations in Earnings Announcements?

Esse outro artigo que conta com uma equipe muito pesada de autores também chama atenção para essa questão dos investidores menos experientes... a galera se preocupa demais com press-release e corre um risco enorme de ser enganado pelo uso indiscriminado das informações pro forma: Pro forma disclosure and investor sophistication: External validation of experimental evidence using archival data

2 comentários:

  1. Olá professor; sou eu, o matemático anônimo, novamente; Assisti a entrevista do gestor do fundo alaska, percebi que ele comenta sobre os picos de índices representativos do mercado(bovespa), entretanto ele trata esses índices em relação a uma moeda(dólar). também em alguns pots e entrevistas que vi ele(bredda) comenta novamente sobre essa relação: "imagine que o brasil está fazendo recorde de balança comercial com o preço das commodities la em baixo". entretanto me parece que, se o preço das comodities está barato então o "giro das comodities aumenta", ou seja, me parece que não é algo incomum. em outra ele diz:"a desvalorização cambial por si só ampliou o valor da braskem nos últimos meses". Gostaria, se possivel, que você me recomendasse algum livro que trata sobre os benefícios(malefícios) que a valorização de uma moeda pode ter em uma empresa nacional ou internacional no ramo de comodities. por exemplo a braskem que tem receita em dólar poderia comprar nafta(materiaprima) de alguma produtora brasileira que não exporte fazendo sua margem bruta aumentar mesmo que minha intuição me diga q isso não cria valor pra braskem (não muito). Não se fala muito que o preço das comodities sao todos uniformes porque não importa o produtor? não se fala muito em avaliar empresas desse ramo como a melhor sendo a que tem custos menores? não entendo como a braskem poderia criar valor desse jeito(aumentos expressivos de margem), pra mim o valor seria criado por uma maior demanda da mercadoria dela. Se puder me recomendar algum livro ou assunto. Obrigado.

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  2. Seja uma empresa brasileira que vende um produto A por x pra um pais de nome gauss. Suponha ainda que uma empresa no pais de gauss esteja planejando verticalizar suas operações e avalia qual o custo de produção sem margem de lucro de um equivalente ao produto A. Seja euler a moeda desse pais então se 1eu=b(reais) e o custo de produção de um produto equivalente A no pais de gauss é orçado em y então vale a pena fazer no pais de gauss se x/b>y. suponha que y e x não se alterem mt durante o tempo(ou se alterem nas mesmas proporções). Se b diminui, ou seja, a moeda real se valoriza em relação ao euler. logo o projeto de produzir o produto A no pais de euler pode vir a ficar viável. Analogamente se, b aumenta mt, o euler se valoriza muito em relação ao real e logo é bem provável que o projeto de produzir o produto A no pais de gauss não seja viável, porque é mais barato importar do brasil. Parece que a valorização(desvalorização) de uma moeda em relação a outra diz muito da capacidade de exportação(importação) entre esses dois países. obviamente a viabilidade do projeto de produção A no caso real vai depender de muito mais coisas(seria desse jeitos somente se existissem apenas esses dois países e nenhuma empresa binacional e talvez mais algumas suposições que ainda não me dei conta). A braskem como uma empresa multinacional com receitas e financiamentos em dolar e real e com comercialização de um produto com fornecimento e produção em varias moedas mães não consigo ver nem como a desvalorização ou valorização do real em relação ao dolar pode beneficiar ela grandemente. Quase todas essa "afirmações" tem caráter de duvida mais do que de afirmação hahahaha

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