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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Negociações de alta frequência e o enterro da "mão invisível" nos EUA

A utilização de "alta tecnologia" para negociação de ações tem gerado alguns transtornos para os investidores, companhias, órgãos reguladores, bolsas de valores e demais envolvidos. Na minha entrevista para o doutorado, fui questionado quanto à esses problemas e seus impactos no meu futuro trabalho (apesar de que aqui no Brasil esse tipo de negociação em alta frequência representa 10% do volume de negociações, enquanto que nos EUA representa mais de 80%). Então resolvi postar essa imagem com alguns comentários e uma matéria na revista Capital Aberto nº 110, que trata desses problemas nas bolsas norte-americanas.

A imagem abaixo demonstra os principais eventos que aconteceram relacionados a esses problemas:

Retirado da revista Capital Aberto nº 110

Esses problemas, e outros, têm levado os órgãos reguladores e bolsas dos EUA a tomarem algumas medidas, de modo a minimizar os prejuízos. Dentre as quais estão:

1. Criação de mecanismos para evitar negociações de ações fora de um intervalo de preços definido - impedindo que as negociações ocorram quando sairem do intervalo estimado;

2. Alterações no circuit breaker, de modo a interromper todas as negociações do mercado, caso haja necessidade - essas alterações passam a valer em 4 de fevereiro de 2013  (Veja mais clicando aqui);

3. Além disso, haverá uma base de dados consolidada entre as bolsas para averiguar quem deu início ao processo. Com essa base de dados, além de parar as negociações, os reguladores poderão saber quem causou o problema.

Além dessas negociações não serem tão volumosas quanto nos EUA, aqui no Brasil, desde 1991 nós temos o leilão automático. Porém, o mercado brasileiro já começa a se preparar para um aumento no volume desse tipo de negociações. Leia a matéria da Capital Aberto completa clicando aqui.

Será que os EUA irão ter que ser totalmente reguladores (e controladores com medidas corretivas para tudo) para sobreviver como uma das maiores economias do mundo, enterrando de vez uma suposta "mão invisível"?

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