Azul reportou prejuízo de R$ 1,6 bi com forte aumento de custos operacionais e itens não recorrentes #AZUL4

Trago alguns destaques dos números reportados pela Azul Linhas Aéreas no 3t2022. O resultado negativo foi muito afetado pelo aumento dos custos operacionais, que não foram compensados pelo aumento das passagens aéreas.

Matéria publicada sobre este assunto com dados da Economatica:

• Metropoles: Azul indica prejuízo líquido de R$ 1,6 bilhão no último trimestre

Destaques do resultado trimestral da Azul

Alguns destaques gerais sobre o resultado da Azul no 3t2022:

• Prejuízo ajustado de 527 milhões. No trimestre anterior foi de 497
• A receita foi de 4,38 bi, mas o mercado esperava 4,49
• Empresa teve um forte aumento dos custos operacionais, na base de 54% quando comparado com o ano anterior
• Hoje saiu a inflação aumentando também. Se isso materializar com aumentos para o ano que vem também, com política fiscal mais frouxa do novo governo, a Azul e outras companhias áreas poderão ter trimestres piores mais à frente
• Tarifa média da Azul aumentou 49,3% com relação ao ano anterior, mas mesmo assim não conseguiram segurar o aumento dos custos operacionais, que aumentaram 54%.
• A tarifa média foi de 558,30

No trimestre, a companhia teve itens não recorrentes muito volumosos, maior parte relacionado com questões de derivativos, câmbio e também impairment.

Análise dos principais indicadores financeiros da Azul Linhas Aéreas

Como é possível verificar na lâmina abaixo, extraída da plataforma Economatica, ao longo dos últimos trimestres a Azul vem perdendo bastante valor de mercado e aumentando a dívida, especialmente após o início da pandemia da Covid-19, conforme esperado.

Contudo, apesar dos prejuízos e dificuldades trazidas pela pandemia e depois aumento do petróleo e dólar, a Azul Linhas Aéreas continua aumentando suas receitas e aumentando ou mantendo margens de lucro. 

O que pode preocupar um pouco mais é o nível elevado de endividamento, porém a maior parte é de longo prazo.