O objetivo desta pesquisa foi analisar se as informações contábeis, referentes a ativos
financeiros mensurados a valor justo, são valores relevantes e apresentam evidências de
mensuração confiável. Foram utilizados os títulos financeiros disponíveis para negociação de
curto e longo prazo e os títulos financeiros mantidos para venda de curto e longo prazo. Para
os testes empíricos dos atributos da informação analisados, utilizou-se o modelo de Feltham e Ohlson (1995). Os resultados evidenciaram que ambos os títulos de curto prazo, mensurados a valor justo, apresentaram value relevance. As evidências indicaram também que a mensuração desses títulos, mesmo sendo vista pelo mercado como conservadora, não
interferiu na confiabilidade da informação referente aos mesmos. Por outro lado, os títulos de
longo prazo mensurados a valor justo não apresentaram evidência de value relevance. Tais
resultados convergem com alguns achados do estudo de Khurana e Kim (2003) e Jing e Li
(2011), onde verificaram que alguns títulos financeiros de longo prazo, por não serem
negociados ativamente, muitas vezes, envolve mais subjetividade em relação aos métodos e
pressupostos usados na estimativa de seus valores justos e, por isso, compromete a relevância de tais informações. Outra explicação essas evidências é a de que a mensuração dos títulos de longo prazo pode ser vista pelo mercado como não confiável ou o montante dessas informações são pouco representativas. Por fim, ressalta-se que a presente pesquisa não teve a intenção de avaliar qual o melhor critério de mensuração, se valor justo ou custo histórico, mas o de avaliar se a mensuração a valor justo de ativos financeiros fornece informações relevantes e livres de vieses contábeis.
Este é o resumo de nossa pesquisa, selecionada para apresentação e publicação no Congresso da USP.
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