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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

ALUNOS: CONVERSEM COM SEUS PROFESSORES!!

Entendam o porquê desse título lá no final do post. Abaixo eu faço alguns comentários baseados na situação do aluno que foi expulso de uma faculdade, após discutir com Professora e coordenador do curso... por causa de uma prova com materiais em inglês.

Dividi o post em duas partes. A primeira fala da minha experiência na graduação e com o que eu faço com meus alunos e a segunda fala sobre a situação da matéria que citei acima.

PRIMEIRA PARTE: minha experiência na graduação, sem materiais em inglês, com base no que eu sei hoje (sei no sentido de amadurecimento e entendimento do mercado de trabalho).

Quando eu fiz minha graduação, eu não estava apto a conversar com nenhuma pessoa em inglês, porém eu tinha algum nível de leitura e "ouvido" para entender algo - não sei se o suficiente para entender o tal vídeo de 30" e ler os materiais sem o auxílio de um dicionário (não sei se esse foi o caso dessa prova).

Porém, pensando hoje, eu gostaria muito que alguns Professores tivessem me "estimulado" (forçado) a explorar melhor o estudo em uma língua estrangeira, durante a graduação. Isso teria me ajudado muito e talvez algumas outras portas fossem abertas mais facilmente.

Pelos motivos elencados acima, sempre que possível, eu faço com que meus alunos, pelo menos, leiam em inglês (na primeira semana de aula em Finanças I eu envio a eles um artigo sobre a história das Finanças, em inglês). Não coloco as provas em inglês, ou como uma atividade "obrigatória": quem quiser ler o artigo ganha o ponto da atividade, quem não quiser não ganha... mas todos participam da discussão sobre ele, mesmo sem ter lido (no mínimo ouvirão o que os colegas tem a dizer).

É difícil fazer coisas assim mesmo em uma IES pública, em que teoricamente, por não termos finalidade lucrativa, os Professores tem mais independência. Em uma IES privada, eu diria que é muita ousadia e parabenizo a Professora por isso!

SEGUNDA PARTE: minha avaliação, superficial, sobre a situação 

Agora avaliando a situação do site, considerando que o vídeo era de 30" e foi dado um monte de material de apoio:

1) O aluno estava errado: por expor a Professora, por não estar preparado para o ensino superior (não é porque ele não sabe inglês) e por, supostamente, ter agredido o coordenador do curso (verbal ou fisicamente).

Em uma outra matéria, tem-se a seguinte fala do aluno: (...) "eu queria que as pessoas refletissem sobre o estilo elitista da prova".

Pessoal, o mercado cobra isso de vocês! Se é elitista ou não, tanto faz, nesse caso. Se você não quiser, você está fora do mercado.

E ainda complementou, segundo a matéria, dizendo que não conversou com a Professora antes de divulgar o texto no Facebook porque a Professora não o tratava pelo gênero masculino. 

2) A Professora estava errada: ela poderia ter enviado o email explicando a situação a todos da turma (já que o aluno tornou o seu problema pessoal um problema público) sem citar o nome do aluno, e sem dizer que ele foi o único incapaz de fazer o exercício. 

Como Professor, eu entendo um pouco a atitude dela. Nós nos esforçamos tanto para preparar bem os alunos, perdemos finais de semana, feriados, férias etc e, além de não sermos reconhecidos, ainda somos ofendidos em alguns casos... isso dá muita raiva. Mas, sempre que possível, é bom pensar duas vezes antes de responder a alguns alunos, principalmente nesse caso. 

Esse aluno já deve ter sofrido a vida toda com bullying, preconceito etc... é como aquela música do Facção Central: "aqui são teus cães programados pra matar". Não que ele vá matar alguém, mas ele sofreu tanto a vida toda que, talvez, tenha exagerado um pouco por esse motivo.

3) O coordenador estava errado? Não entendi bem o problema dele, na verdade! Será que foi porque o aluno disse que ele o tratou como mulher, no lugar de homem? Não sei. Nesse caso, fica, como na agressão, "supostamente".

4) Resumindo: ninguém precisava ter sido expulso ou demitido, se houvesse conversa. Muitas vezes o aluno discorda de algo que o Professor fez, porém não fala ao Professor... fica falando dele pelos corredores da Faculdade, com o coordenador etc. Quem resolve o problema é o Professor. Ele é soberano na sala de aula!

Eu fico extremamente chateado quando um aluno não vem falar comigo. Muitas vezes eu poderia até mudar algo (não que eu vá fazer isso em todos os casos, deixo claro!), mas como o aluno não falou comigo, eu não tenho como tentar resolver nada.

Então, hashtag #FicaADica: conversem com seus Professores!

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