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segunda-feira, 7 de março de 2011

Exame de Suficiência - Método de Equivalência Patrimonial


Iniciando a "microsserie" de posts de revisão para o exame de suficiência; Aqui serão postadas algumas questões que estão contidas no livro Contabilidade para concursos e exame de suficiência. Foi escolhido o tema de "Participações permanentes em outras Entidades" para dar o ponta pé inicial em nosso blog.

Esta é uma conta do ativo (Investimentos). Esse tipo de investimento é caracterizado pela aquisição de ações ou quotas de capital de empresas, com o objetivo de usufruir de seus benefícios futuros. Não há, sobre hipótese alguma, um caráter meramente especulativo (de curto ou cuttíssimo prazo) ou temporário (IUDÍCIBUS; MARION; PEREIRA, 2003).

Esse tipo de investimento pode ser avaliado à luz de dois métodos: custo ou equivalência patrimonial - MEP (objeto desse post) (SILVA; NIYAMA, 2010).

A lei das S/As define que os investimentos permanentes em coligadas ou controlados deverão ser avaliados pelo MEP (veja o conceito de coligada e controlada no CPC 18 investimentos em coligadas e controladas).

Exemplo:(Analista de Gestão Corporativa de Empresas de Pesquisa Energética, 2007) A cia Padrão adquiriu R$ 900,00 em janeiro de 2005, 90% da participação da Cia. Projetada, cujo patrimônio líquido montava a R$ 1.000,00. A cia Projetada, durante o ano de 2006, apresentou as seguintes mutações em seu patrimônio líquido:
  • Pagamento de dividendos de R$ 40,00 em abril de 2006;
  • Lucro líquido apurado no ano de 2006 de R$ 150,00;
  • Dividendos aprovados em assembléia geral referente ao ano de 2006 de R$ 60,00.
Considerando que a Cia Padrão utilizou o MEP, o saldo de participação na controlada, ao final de 2006, será:
a) 945,00;
b)950,00;
c)981,00;
d) 999,00;
e) 1.035,00.

Resolução:

Para ser avaliado pelo MEP, o investimento precisa de um desses requisitos: a) exercer influência siginificativa; b) representação no conselho de administração ou diretoria; c) fornecer informação técnica para a atividade da empresa; ou d) ter pelo menos 20% do capital votante.

No caso, a investidora comprou 90% das ações, sendo que a questão não especifica se são ações preferenciais ou ordinárias; nem outro tipo de informação relevante. Mas falou que o método era mesmo o MEP.

Primeiro dado para a resolução: pagamento de dividendos em abril de 2006. Quando a Cia Projetada elaborou suas demonstrações, a Padrão pôde atualizar o valor do seu investimento; pois os dividendos a receber, pelo MEP, são registrados contra a conta do investimento MEP - D dividendos a receber a C MEP Cia Projetada.

Ficando assim: D-Bancos a C-MEP (ou dividendos a receber, dependendo do caso; que não é o caso da questão) em R$ 36,00,00 (R$ 40,00 x 90%).

Segundo dado para a resolução foi a divulgação do Lucro em 2006 de R$ 150,00 (90% pertencem à Padrão).

D-MEP a C-Varição em investimento MEP na Cia Projetada, em R$ 135,00 (R$ 150,00 x 90%).

O terceiro e último dado foi a aprovação do pagamento de dividendos no montante de R$ 60,00. Esse dividendo, como no primeiro dado, será pago posteriormente, a crédito da conta ativa do MEP.

D-Dividendos a receber a C-MEP, em R$ 54,00 (R$ 60,00 x 90%)

Finalizando a questão: o saldo inicial do MEP era de R$ 900,00, houve o pagamento do dividendo, afetando o MEP em R$ 36,00. Após isso aconteceu um acréscimo, devido ao lucro da cia, de R$ 135,00. Havendo lucro, há pagamento de dividendos, nesse caso de R$ 54,00.

900 - 36 + 135 - 54 = 945,00 (Letra A).

2 comentários:

  1. A questão está muito mal elaborada, pois relata o dividendos pagos em 2006, mas não fala do lucro de 2005? com isso não teria resposta, pois não deve retirar o div. da conta de investimento.

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