Vocês conhecem outros perfis? Se sim, citem nos comentários!
Eu conheço ainda o "Doutorando Bebê Chorão". É uma espécie de irmão gêmeo do Zangão, porém não é daqueles gêmeos que são idênticos. No lugar de ficar zangado, ele simplesmente chora e reclama da vida, queria ser um dos "Doutorandos Maduros", como não consegue... chora. kkk. Geralmente ele não desiste, mas enche o saco do orientador até o final. Às vezes a banca o aprova. Possui autoestima baixa.
OS DIFERENTES PERFIS DOS DOUTORANDOS: ONDE VOCÊ SE ENCAIXA?
Prof. Dr. José Matias-Pereira, da Universidade de Brasília
Ao longo da minha experiência como professor de administração pública, finanças públicas e seminários de pesquisa, e pesquisador nessas áreas, bem como orientador de alunos de pós-graduação, em nível de doutorado, pude constatar que existem três tipos distintos de orientandos:
DOUTORANDO ZANGÃO. Esse aluno, como o próprio nome indica, vive zangado com tudo e com todos. Crítico feroz dos professores, do orientador, da universidade, do programa e do currículo. Em geral procura o orientador para reclamar e transferir os seus problemas. Tem dificuldade para escolher o tema da pesquisa. Superado essa fase, tem dificuldade de manter o foco na pesquisa. Nesses casos o orientador precisa conversar de forma franca com o orientando, e deixar claro que a sua postura não vai ajudá-lo no esforço de concluir o doutorado. Costumam demorar a concluir o curso. Elevado índice de desistência. Possui autoestima baixa.
DOUTORANDO TIETE. Esse doutorando possui uma verdadeira adoração pelo seu orientador. Tende a reagir de maneira agressiva quando ouve alguém fazendo algum tipo de restrição ao seu orientador. Tem tendências, em geral, a fazer fofocas no ambiente acadêmico. Fica esperando que o seu orientador tome todas as decisões por ele, incluindo a escolha do tema, as leituras, referências, dados, etc. Na medida em que vive tietando o orientador, possui dificuldade para manter o foco na pesquisa. O orientador, nesses casos, precisa romper esses laços, pois essa dependência impede o crescimento do aluno. Costumam produzir pesquisas de baixa qualidade. Possui autoestima baixa.
DOUTORANDO MADURO. Esse doutorando possui uma enorme capacidade de se ajustar ao programa, ao curso e ao estilo de trabalho de seu orientador. Mantêm um bom relacionamento com os professores e com os colegas de turma. É colaborativo e generoso com os colegas. É produtivo ao longo do curso, em termos de desempenho nas disciplinas, na elaboração do projeto de pesquisa, de artigos e participação em congressos. Tem facilidade para, além de escolher o tema da pesquisa, manter o foco na mesma. Procura o orientador para apresentar os avanços de sua pesquisa. Costumam produzir pesquisas de boa qualidade, e concluir o doutorado antes do prazo previsto no programa. Elevado índice de sucesso na vida acadêmica e profissional. Possui autoestima elevada.
Prof. Dr. José Matias-Pereira, da Universidade de Brasília
Ao longo da minha experiência como professor de administração pública, finanças públicas e seminários de pesquisa, e pesquisador nessas áreas, bem como orientador de alunos de pós-graduação, em nível de doutorado, pude constatar que existem três tipos distintos de orientandos:
DOUTORANDO ZANGÃO. Esse aluno, como o próprio nome indica, vive zangado com tudo e com todos. Crítico feroz dos professores, do orientador, da universidade, do programa e do currículo. Em geral procura o orientador para reclamar e transferir os seus problemas. Tem dificuldade para escolher o tema da pesquisa. Superado essa fase, tem dificuldade de manter o foco na pesquisa. Nesses casos o orientador precisa conversar de forma franca com o orientando, e deixar claro que a sua postura não vai ajudá-lo no esforço de concluir o doutorado. Costumam demorar a concluir o curso. Elevado índice de desistência. Possui autoestima baixa.
DOUTORANDO TIETE. Esse doutorando possui uma verdadeira adoração pelo seu orientador. Tende a reagir de maneira agressiva quando ouve alguém fazendo algum tipo de restrição ao seu orientador. Tem tendências, em geral, a fazer fofocas no ambiente acadêmico. Fica esperando que o seu orientador tome todas as decisões por ele, incluindo a escolha do tema, as leituras, referências, dados, etc. Na medida em que vive tietando o orientador, possui dificuldade para manter o foco na pesquisa. O orientador, nesses casos, precisa romper esses laços, pois essa dependência impede o crescimento do aluno. Costumam produzir pesquisas de baixa qualidade. Possui autoestima baixa.
DOUTORANDO MADURO. Esse doutorando possui uma enorme capacidade de se ajustar ao programa, ao curso e ao estilo de trabalho de seu orientador. Mantêm um bom relacionamento com os professores e com os colegas de turma. É colaborativo e generoso com os colegas. É produtivo ao longo do curso, em termos de desempenho nas disciplinas, na elaboração do projeto de pesquisa, de artigos e participação em congressos. Tem facilidade para, além de escolher o tema da pesquisa, manter o foco na mesma. Procura o orientador para apresentar os avanços de sua pesquisa. Costumam produzir pesquisas de boa qualidade, e concluir o doutorado antes do prazo previsto no programa. Elevado índice de sucesso na vida acadêmica e profissional. Possui autoestima elevada.
Autor, entre outros, de: J.
Matias-Pereira. Manual de Metodologia da Pesquisa Científica. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2012. E-mail: matias@unb.br
É importante ressaltar que o objetivo do texto não é ofender, mas permitir que o doutorando reflita sobre o desafio instigante e único que é tornar-se doutor. E dessa forma procure evoluir, especialmente nos aspectos comportamentais, na busca de se tornar um doutorando maduro. Abraços, Prof. José Matias-Pereira
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