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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Calculadoras financeiras e a comunicação

 Post de Reinaldo Polito no Uol Economia onde ele mostra a importância de duas coisas que são muito faladas (uma delas é tema do nosso blog e a outra é eventualmente divulgada aqui também): os métodos quantitativos aplicados aos negócios e a boa comunicação.

Abaixo seguem as partes mais interessantes do post, para ler na íntegra clique na fonte, no final do texto.


Quanto custa um empréstimo? Hoje é muito fácil calcular o custo de uma operação financeira apenas colocando as variáveis em simples programas de computador elaborados para essa finalidade. O que agora se mostra tão elementar, entretanto, nem sempre foi assim.

(...)


Por isso também que os engenheiros de produção tomaram conta do mercado. Todos saíam da faculdade sabendo mexer com números e encontravam as portas abertas nas organizações financeiras. E quem não sabia fazer conta, como conseguia se virar?


A história é bastante curiosa. Tanto nas empresas como nas organizações financeiras, no comecinho dos anos 1970, os profissionais, sem nenhum constrangimento, usaram umas tabelinhas. Todos tinham a bendita tabela na pasta ou na gaveta.


Assim que começavam a discutir a operação, cada um do lado oposto da mesa sacava sua tabelinha. Ali encontravam os diferentes percentuais de reciprocidade em depósitos à vista e arrecadação de impostos, taxa de juros, prazo da operação e pronto, a rentabilidade ou o custo do empréstimo estava calculado.


O problema é que tudo tinha de ser feito com os mesmos números da tabela. Se fosse sugerido um percentual de reciprocidade diferente, uma taxa de juros quebrada em décimos, ou prazo fora dos 30, 60 e 90 dias, a tabela já deixava de ter utilidade. Era comum ajeitar operações só para que se enquadrassem nas variáveis da tabela.


(...)


Da época das tabelinhas até aqui muita coisa mudou. Saber calcular custo ou rentabilidade de operações passou a ser competência essencial para gerentes de banco ou financeiros de empresa. Mesmo que o profissional não tenha tanto domínio, os programas de computador darão o resultado de que precisa.


E a comunicação? Há pouco tempo nosso curso foi contratado para treinar 150 executivos de um grande banco. Na conversa inicial que tive com o presidente da organização ele me disse: "Polito, estou contratando você porque de nada adianta os 'meus meninos de ouro' conhecerem tudo sobre matemática financeira se não souberem falar. Nós não estamos precisando de 'pilotos de HP'. Queremos que os nossos profissionais saibam se comunicar bem para inspirar confiança e credibilidade".


E completou: "qualquer gerente de banco hoje sabe fazer conta, mas nem todos sabem falar de forma clara, objetiva e persuasiva".

 A mesma habilidade que os gerentes de banco e os financeiros das empresas tinham há 40 ou 50 anos é exigida hoje –a insubstituível capacidade de falar bem. É possível deduzir, portanto, que saber falar hoje é tão importante quanto saber calcular.

Fonte: Uol Economia 

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