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Agora vamos ao texto específico desse post:
Dando continuidade aos “investimentos permanentes”, nesse post haverá uma questão “mista”: envolvendo os doois métodos.
No método de custo, o investimento na empresa investida tem que ser menor que 20% do capital votante, ou a investidora não tem influência significativa na investida.
Diferente do MEP, os dividendos são tratados como receita operacional. Segundo Silva e Niyama (2010), quando o investimento tem menos de 6 meses e há o pagamento de dividendos, esses são considerados recuperação do capital aplicado e deduzem a conta de investimento.
No MEP, havendo variação no PL da investida, há variação no saldo da conta de investimentos permanentes. No de custo essa variação na conta de investimento só ocorre se a investida permanecer trabalhando com prejuízo por exercícios sucessivos. Nesse caso há a constituição de uma provisão para perdas.
Questão: (ENADE, 2009) A empresa Floresta S.A. possui 5% do capital social da empresa Araucária, cujo investimento é avaliado pelo método de custo, e 100% do capital social da empresa Ipê. Observe as informações das empresas investidas:
Araucária | Ipê | |
PL inicial
| 100.000,00 | 60.000,00 |
Lucro Líquido do período
| 9.000,00 | 5.000,00 |
Dividendos distribuídos
| 4.000,00 | 2.000,00 |
No período não ocorreram outras alterações no PL das empresas investidas.
Em relação à variação nos saldos dos investimentos na investidora Floresta S.A., o que é CORRETO afirmar?
a) Houve um aumento de $ 250,00 e R$ 3.000,00, respectivamente no saldo de Araucária e Ipê;
b) Houve um aumento de $ 250,00 no saldo de Araucária;
c) Houve um aumento de R$ 3.000,00 no saldo de Ipê;
d) Houve um aumento de $ 450,00 e R$ 5.000,00, respectivamente no saldo de Araucária e Ipê;
e) Houve um aumento de $ 200,00 no saldo de Araucária.
Resolução:
Como a investidora possui apenas 5% do capital da Araucária, o investimento é avaliado pelo método de custo. A Ipê, por ter seu capital todo pertencente à investidora Floresta, será avaliada pelo MEP.
Iniciando pela Araucária. Como ela não vem tendo prejuízos sucessivos, não há a necessidade de modificar o saldo da conta de investimentos permanentes nessa empresa. Só ocorre a contabilização do pagamento de dividendos.
D – Dividendos a receber a C – Receita com dividendos da Araucária, em R$ 200,00 (5% de R$ 4.000,00)
Já a empresa Ipê, que é avaliada pelo MEP, terá que se modificar o saldo do investimento – MEP = modifica o PL, modifica a conta do investimento.
D-MEP a C-Varição em investimento MEP na Ipê, em R$ 5.000,00
Pela contabilização dos dividendos:
D – Dividendos a receber a C – MEP, em R$ 2.000,00
Como o saldo inicial da Conta de Investimentos em MEP era de R$ 60.000,00 e houve lucro no período, a conta investimento ficará acrescentada em R$ 5.000,00 (lucro do período). Logo após a divulgação do lucro, há a distribuição dos dividendos, em R$ 2.000,00 (redutora do MEP).
Ficando o saldo dessa maneira: 60.000 + 5.000 – 2.000 = R$ 63.000,00. Havendo, então, variação de R$ 3.000,00 no saldo do investimento em Ipê.
No gabarito da prova do Enade 2009 consta que a resposta dessa questão é a alternativa "B". Mas concordo com a sua resolução, que coincide com o que meu professor me ensinou.
ResponderExcluirNo Enade 2009 o gabarito coincide com a resposta acima do Luiz Felipe.
ResponderExcluirA resposta é: R$3.000,00 no saldo do investimento do Ipê
Grata.